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sábado, 17 de agosto de 2013

Dívida de empresas de Eike vai a R$ 25,1 bi

Apesar do crescimento na comparação com o trimestre anterior, cai total dos vencimentos dentro de um ano
Bancos aceitaram fazer renegociações, a fim de dar mais tempo para que empresas consigam achar compradores
As dívidas das empresas de capital aberto do grupo EBX, de Eike Batista, chegaram a R$ 25,1 bilhões no fim de junho. O valor é R$ 600 milhões superior aos R$ 24,5 bilhões registrados em março.
Os dados incluem dívidas de curto e longo prazo.
O endividamento de curto prazo, que tem um custo maior, no entanto, foi reduzido em R$ 1,1 bilhão. "A mudança no perfil da dívida é obrigatória, não é uma estratégia. Se isso não for feito, vai enforcar as companhias", afirma Elad Revi, analista da Spinelli Corretora.
Os bancos aceitaram rolar parte das dívidas de curto prazo, para permitir que as empresas tenham mais tempo para encontrar um comprador. Dessa maneira, as instituições financeiras evitam registrar prejuízos em seus balanços.
Eike já vendeu o controle da MPX (energia) para a alemã E.ON. Anteontem, acertou a venda do controle da LLX (logística) para o americano EIG. MMX (mineração) e OGX (petróleo) também estão em busca de sócios.
A OSX (estaleiro) pagou cerca de R$ 500 milhões em dívidas de curto prazo no último trimestre. O Itaú BBA, por exemplo, recebeu R$ 206,6 milhões de uma dívida de R$ 515,5 milhões. Para o restante, concedeu mais dois meses de prazo.
O BNDES também deu mais dois meses de prazo para a OSX pagar uma dívida de R$ 548,1 milhões.
O banco estatal, no entanto, não recebeu nenhuma fatia do débito.
A LLX conseguiu rolar uma dívida de R$ 467,6 milhões com o Bradesco. O prazo foi estendido em 18 meses, de abril de 2013 para outubro do próximo ano.
A MPX (termelétrica) foi a única das empresas a conseguir novos empréstimos. Segundo analistas, a aquisição do controle pela alemã E.ON contribuiu para a boa vontade dos bancos.
O BTG emprestou R$ 100 milhões à empresa, com vencimento em outubro de 2013. Com essa operação, a dívida da MPX com o banco de André Esteves subiu para R$ 570,1 milhões. O HSBC também emprestou mais R$ 101 milhões à companhia.
Além disso, Itaú e Bradesco aceitaram rolar empréstimos anteriores, concedendo mais três ou seis meses, dependendo do caso.
Não houve mudanças significativas nas dívidas de curto prazo de OGX (petróleo) e MMX (mineração). A MMX vem enfrentando dificuldade para obter novos empréstimos e rolar suas dívidas no mercado. A empresa aguarda a chegada de um sócio.
"Temos conseguido obter novas linhas de crédito, não na quantidade que desejamos. Dois grandes bancos que nos apoiam vão renovar nossas linhas no segundo semestre. Vamos conseguir rolar a dívida", aposta o diretor financeiro, Ricardo Assef.
A MMX quer se concentrar na mina Serra Azul (MG) e no porto do Sudeste e tenta vender separadamente o projeto Corumbá, em Mato Grosso do Sul, que deixou de interessar pela dificuldade de logística e a baixa produção.
DEMISSÕES
A OGX, ponta do iceberg da crise do grupo, reduziu em 41% de sua força de trabalho em um ano, totalizando em junho 351 empregados e 3.989 terceirizados.
Já a MMX passou de 1.300 para 1.100 funcionários no período, redução de 15% no quadro de trabalhadores. Na OSX, o número de colaboradores caiu de 43.129 pessoas para 23.599 pessoas.

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