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quarta-feira, 20 de março de 2024

Conselheiro da Vale deixa empresa e denuncia “nefasta influência política”

Circula pelas mesas do mercado financeiro carta-renúncia endereçada ao presidente do Conselho de Administração da mineradora Vale, o conselheiro independente José Luciano Duarte Penido alega que o processo de sucessão da empresa tem sido “conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política 


Penido, que era conselheiro da empresa desde 2019, alega ainda que “não acredita mais na honestidade de propósitos de acionista relevantes da empresa” e diz que “neste contexto, minha atuação como conselheiro independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustante“.

Procurada por O Antagonista para confirmar a autenticidade da correspondência, a Vale, por meio da Assessoria de Imprensa, disse apenas que não vai comentar o caso, o que, por si só, demonstra subserviência ao governo.

A mineradora tem estado no centro de um recente ataque do governo contra a empresa, quando o Planalto tentou emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo de CEO no lugar de Eduardo Bartolomeu.

A renúncia de Penido veio após o conselho de administração da Vale ter decidido prorrogar o mandato de Bartolomeu de maio para dezembro deste ano. A movimentação alongou o prazo para a negociação de uma solução que agradasse acionistas e governo e envolve a contratação de uma empresa para a seleção de candidatos para o posto.

Penido teria sido um dos dois conselheiro que se posicionar contra essa solução para a questão. O conselheiro possui experiência no ramo de commodities, e foi CEO da Samarco por 13 anos e presidente do conselho da Fibria, por mais de 10 anos.

A insistência do Planalto por uma pessoa alinhada ao governo no comando da mineradora chegou a derrubar o valor das ações da companhia à época, o que teria levado Lula a retroceder na indicação de Mantega.

Como O Antagonista tem mostrado em diversas oportunidades, o Planalto não desiste de colocar o Estado Brasileiro como ferramenta de achaque contra empresas privadas.

Vale lembrar que o governo não tem mais assento na Vale, porém, a maior acionista individual na companhia é a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), que embora seja dos funcionários do banco é tratada por Lula como se do Executivo fosse.

fonte: https://oantagonista.com.br/

Governo eleva taxa de importação de 5 tipos de produtos de aço

 Decisão da Câmara de Comércio Exterior atende parcialmente pedido das siderúrgicas; novas alíquotas ficam longe dos 25% desejados

O Gecex-Camex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior) aprovou na 5ª feira (9.fev.2024) o aumento do percentual da alíquota do imposto de importação de 5 tipos de produtos do aço. Com a decisão, as alíquotas de importação dos produtos subiram de 1,2 a 1,6 pontos percentuais. O vergalhão da construção civil foi de 10,8% para 12%

A medida atendeu parcialmente uma demanda das siderúrgicas. As fabricantes de aço enviaram ao órgão ligado ao Mdic (Ministério da Indústria, Comércio e Serviços) 18 pedidos de análise para aumento das tarifas para 25%. As siderúrgicas não ficaram satisfeitas com a decisão do Gecex-Camex.

Enquanto as siderúrgicas pressionavam pelo aumento, a indústria se organizou para tentar barrar o aumento. Encabeçados pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), os compradores de aço enviaram um dossiê ao Mdic onde argumentam que o preço do aço no Brasil é um dos mais caros do mundo.

Segundo a Abimaq, uma alíquota de 25% nas importações seria catastrófica para o parque industrial nacional. Leia a íntegra do documento enviado ao ministério (PDF – 802 kB

O presidente da Abimaq, José Velloso, disse que “a Camex analisou vários dados disponíveis e que tomou sua decisão de forma equilibrada e técnica”. Contudo, a decisão do comitê não coloca fim na disputa entre as siderúrgicas e a indústria

A Camex informou que os demais pedidos das fabricantes continuam em análise e que a decisão do colegiado foi uma recomposição de alíquotas que haviam sido reduzidas em 2022

Veja abaixo 

os 5 produtos: barras de ferro ou aço não ligado, a quente, dentadas, com nervuras, sulcos ou relevos, obtidos durante a laminagem, ou torcidas após laminagem – 10,8% para 12%

tubos e perfis ocos, sem costura, de ferro ou aço, dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos – 14,4% para 16%

tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços – 14,4% para 16%

tubos soldados, de seção circular, de ferro ou aço não ligado – 12,6% para 14%; e tubos soldados, de seção quadrada ou retangular – 12,6% para 14%

LUVAS NÃO CIRÚRGICAS Na mesma reunião, o Gecex aprovou a aplicação de antidumping provisório para importação de luvas não cirúrgicas importadas de empresas da China, Malásia e Tailândia. Esses produtos são usados em procedimentos de odontologia, veterinária e medicina.

As investigações de defesa comercial em relação a essas luvas foram iniciadas no ano passado, e as análises preliminares constataram a prática de dumping – exportação de produto a preço inferior ao realizado no mercado interno do fabricante – e a existência de dano à indústria doméstica, que teve de paralisar a produção em 90% de sua capacidade instalada

As sobretaxas às exportações alcançadas pela medida vão de 6,2% a 119,3%, de acordo com o exportador estrangeiro


Como a AVB - Aço Verde do Brasil se tornou a primeira siderúrgica carbono neutro do mundo

 Localizada em Açailândia, no Maranhão, a Aço Verde do Brasil foi concebida para produzir aço verde, reduzindo as emissões de CO2


Aço Verde do Brasil (AVB) ganhou notoriedade por ser certificada no ano passado como a primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo, segundo os critérios do GreenHouse Gases Protocol — a certificação foi concedida pela Société Générale de Surveillance (SGS). A empresa utiliza 100% de carvão vegetal em suas operações industriais, produzido de suas florestas de eucaliptos que absorvem muito mais CO2 do que emitem ao longo do processo industrial de produção de seu aço.

“Essa conquista é fruto de muito trabalho e planejamento durante toda a fase de engenharia da usina de aços longos, quando se vislumbrou, há mais de dez anos, a importância do tema da sustentabilidade para os nossos produtos”, afirma Ricardo Carvalho Nascimento, diretor-presidente da companhia.

Aço verde equivale a zero emissões de CO2 na atmosfera. Portanto, a companhia maranhense não contribui com o aquecimento global. Trata-se de um aço de alta qualidade obtido do emprego de gusa líquido produzido à base de carvão vegetal, o que permite a obtenção de produtos com baixo nível de elementos químicos contaminantes, principalmente enxofre, fósforo e outros metais e a manutenção dos baixos teores desses elementos é fundamental para a produção de aços de elevado grau de exigência.

Enquanto muitas empresas siderúrgicas estão iniciando o planejamento de descarbonização, com objetivos para 2050 ou 2060, a AVB atingiu este marco fundamental e histórico já no ano de 2020.

“Coroa um longo e árduo trabalho de engenharia e construção de toda a equipe da AVB, que mostrou que a rota de produção de aço à base de carvão vegetal é, atualmente, viável e confiável para a produção do aço verde”, destaca o diretor-presidente da companhia, que pertence ao Grupo Ferroeste.

A AVB atende todos os estados do Brasil. Entre os principais produtos fabricados estão fio máquina e vergalhão (CA-50 e CA-60). O baixo custo da produção se explica pela produção interna das principais matérias-primas utilizadas, como o carvão vegetal, os gases do ar e os gases combustíveis, em substituição às alternativas fósseis, como o gás natural.

A companhia possui uma capacidade instalada de 600.000 toneladas por ano. “Com dois altos-fornos garantimos produtividade contínua, oferecendo segurança aos colaboradores e produtos de qualidade aos nossos parceiros e clientes”, explica Ricardo Nascimento.

Sustentabilidade que gera valor

A companhia vem apresentando crescimento contínuo de resultados. Nos nove primeiros meses de 2021, alcançou crescimento da receita líquida de vendas de 105% e lucro bruto de 274%, em comparação ao mesmo período de 2020. Foram 431 milhões de reais nesse intervalo, ante 318 milhões de reais no mesmo ciclo de 2020. O crescimento se deve, principalmente, ao aumento do preço do aço e à venda de produtos com maior valor agregado.

E a AVB foi a única empresa brasileira a estar entre as premiadas no Global Metals Awards 2021, vencendo na categoria Revelação ESGA premiação reconhece as melhores ações e investimentos na indústria de metais em 16 categorias, em iniciativas individuais e empresariais.

Com o aumento da fabricação de aços longos, a companhia espera aumentar a presença no mercado interno. O excedente da planta que separa gases do ar, cuja finalidade é produzir oxigênio, nitrogênio e argônio para consumo interno, também é vendido. Para 2030, a meta é dobrar a capacidade produtiva de aço, atingindo o total de 1,2 milhão de toneladas a cada ano.

Suzano vai substituir Walter Schalka no comando da companhia em julho. Sucessor é o ex-CEO da Rumo

Em comunicado ao mercado, companhia de celulose informou que atual líder da empresa e o futuro, João Alberto Fernandez de Abreu, trabalharão juntos durante três meses para completar transição

Walter Schalka, presidente da Suzano — Foto: Claudio Belli/VAlor

Suzano informou hoje que o seu CEO, Walter Schalka, deixará a liderança da empresa em 1º de julho deste ano. Em fato relevante divulgado ao mercado, a gigante brasileira de celulose informou que o executivo — que está frente da empresa há mais de uma década — será substituído por João Alberto Fernandez de Abreu, que deixa o comando da companhia de logística Rumo.

Entre 2 de abril e 1º de julho, Schalka e Abreu trabalharão juntos na condução da Suzano para consolidar o processo de sucessão. Ainda segundo a companhia, Schalka será indicado para o Conselho de Administração e alguns dos principais comitês de assessoramento do colegiado. Conhecido no meio empresarial como Beto Abreu, o substituto tem 30 anos de carreira, com passagens por outras grandes companhias, como Shell e Raízen. Ele deixará o comando da Rumo em 29 de março para assumir a Suzano, informou a companhia de logística. Ele é engenheiro formado pela PUC-Rio e tem MBA pela Fundação Dom Cabral.

O comunicado destaca o legado deixado por Schalka, um dos executivos mais respeitados do país e que tem sido uma voz frequente no meio empresarial em defesa de valores como a sustentabilidade e a defesa democracia. Ele está no comando da empresa desde 2013.

Em recente entrevista ao GLOBO, quando a empresa completou 100 anos, Schalka criticou a nova política industrial do governo, afirmando que "subsídios não deram certo no passado". Ele defendeu iniciativas para reduzir o chamado Custo Brasil. Ele também se engajou na defesa da vacinação contra a Covid-19 durante a pandemia e foi indicado ao Prêmio Faz Diferença, do GLOBO, no ano passado.

Mercadante reage ao CEO da Suzano: "É desconhecimento da história da empresa com BNDES"

O texto divulgado pela Suzano hoje, assinado pelo diretor executivo de Finanças e de Relações com Investidores, Marcelo Feriozzi Bacci, lembra que foi sob a gestão dele que a companhia alcançou a posição de líder global na área de celulose, tornando-se uma das principais exportadoras brasileiras. E diz que o executivo, “soube alavancar a eficiência operacional da companhia” e consolidar de forma bem-sucedida a fusão da Suzano com a antiga rival Fibria, que aumentou a escala do grupo.

O comunicado diz que os membros do Conselho de Administração que definiram a sucessão de Schalka “enaltecem a postura ética, o profissionalismo exemplar e o compromisso inabalável” dele à frente da Suzano.

Justiça argentina pede ao Uruguai repatriação de avião usado no Plano Condor

 


(Arquivo) Uma aeronave Hawker Siddeley HS-125 modelo 400B vista no aeroporto internacional Angel S. Adami em Melilla, departamento de Montevidéu, Uruguai, em 19 de junho de 2023© Pablo PORCIUNCULA

A Justiça argentina solicitou a repatriação de um avião que está no Uruguai e foi usado para transportar detidos durante o Plano Condor, uma coordenação entre as ditaduras sul-americanas nas décadas de 1970 e 1980, indicaram nesta terça-feira (19) fontes judiciais.

O pedido foi feito em janeiro pelo juiz Sebastián Casanello, que investiga casos relacionados ao Plano Condor, após perícias ordenadas em 2023 indicarem que se trata do bimotor Hawker Siddeley da Marinha argentina, que foi utilizado para levar cinco pessoas sequestradas no Paraguai em 1977.

A chancelaria argentina, que recebeu o pedido, informou ao tribunal que já encaminhou a solicitação às autoridades uruguaias para que se iniciem os procedimentos necessários, disseram as fontes judiciais à AFP.

A aeronave, que está no aeroporto internacional de Melilla, nos arredores de Montevidéu, teria sido usada no sequestro dos argentinos José Luis Nell, Alejandro Logoluso e Marta Landi, e dos uruguaios Nelson Santana e Gustavo Inzaurralde. Segundo documentos do Arquivo do Terror do Paraguai, divulgados em 1992, eles foram levados a Buenos Aires em 16 de maio de 1977 em um avião da Marinha argentina.

O avião foi encontrado em 2022 pelo ilustrador uruguaio Sebastián Santana, em Melilla, enquanto buscava material para uma produção audiovisual sobre os cinco militantes de esquerda detidos em 1977 em Assunção pelas forças de segurança paraguaias e ainda desaparecidos.

De acordo com relatos do ilustrador, a aeronave, que voou pela primeira vez em 1970, foi vendida pela Marinha em 1987 e desde então esteve nas mãos de civis, inicialmente empresas argentinas "para operações antigranizo" e depois da uruguaia AirWolf "para serviços de táxi aéreo".

Após ouvir Santana, Casanello solicitou ao Uruguai que preservasse o avião e foram ordenadas as devidas perícias, que confirmaram se tratar do Hawker Siddeley HS-125 modelo 400B registrado sob a matrícula 0653.

Mauro Cezar Pereira perde processo milionário que abriu contra a ESPN

 

Imagem da notícia© Lance! Media Group

O comentarista e jornalista Mauro Cezar Pereira, atualmente na Jovem Pan, perdeu parcialmente um processo que movia contra a ESPN, sua ex-emissora. Na ação, pedia um valor estimado em R$ 3,1 milhões.

Segundo informações do UOL, o processo teria sido aberto em 2021. Ele está correndo na 28º Vara do Trabalho de São Paulo. O processo foi aberto porque Mauro Cezar estava com um pedido de reconhecimento de dois vínculos empregatícios - de chefe de reportagem e comentarista.

Outro ponto levantado pelo comentarista é que ele teria perdido alguns ganhos porque se tornou exclusivo da ESPN no período no qual trabalhou lá. Isso motivou sua saída, em 2020. Hoje, além da Jovem Pan, faz participações pontuais em outras emissoras e tem um canal no Youtube.

Em primeira instância, o pedido de Mauro Cezar foi negado. Depois de recorrer, o julgamento em segunda instância também foi aberto. Mas foi reconhecido somente o vínculo de chefe de redação, que equivale a 15% do valor total.