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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Datafolha: 48% reprovam governo Bolsonaro; aprovação é de 25%

No último levantamento, em março, índice negativo tinha sido de 46%. A aprovação era a mesma do atual levantamento: 25%.

 As pesquisas de intenção de voto: Matemática e realidade | IMPA - Instituto  de Matemática Pura e Aplicada

Levantamento do Instituto Datafolha divulgado no final da noite desta quinta-feira (26) pelo site do jornal "Folha de S.Paulo" mostrou que 48% dos entrevistados consideram o governo de Jair Bolsonaro ruim ou péssimo. Na pesquisa anterior, em março, o índice de reprovação era de 46%. A oscilação está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2% para mais ou para menos. 25% aprovam a gestão.  

Veja os resultados da pesquisa:

  • Ótimo/bom: 25% (25% no levantamento de março; 22% em dezembro)
  • Regular: 27% (28% no levantamento de março; 24% em dezembro)
  • Ruim/péssimo: 48% (46% no levantamento de março; 53% em dezembro)
  • Não sabe: 1% (1% no levantamento de março; 1% em dezembro)
  • A pesquisa ouviu 2.556 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 25 e 26 de maio em 181 cidades brasileiras. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

    Bolsonaro segue como presidente com a pior avaliação em igual tempo de mandato entre todos os presidentes eleitos após a redemocratização do país. Veja a comparação:

    José Sarney (Março de 1989) *

    • Ótimo/bom: 7%
    • Regular: 28%
    • Ruim/péssimo: 62%
    • Não sabe: 3%
    • * Pesquisa realizada em apenas dez capitais

    Fernando Henrique Cardoso (maio de 1998)

    • Ótimo/bom: 31%
    • Regular: 43%
    • Ruim/péssimo: 24%
    • Não sabe: 2%

    Lula (Maio de 2006)

    • Ótimo/bom: 39%
    • Regular: 37%
    • Ruim/péssimo: 22%
    • Não sabe: 1%

    Dilma (Maio de 2014)

  • Ótimo/bom: 35%
  • Regular: 38%
  • Ruim/péssimo: 26%
  • Não sabe: 1%
  • Pesquisa estimulada de intenções de voto no 1º turno

    Outras pesquisa do Datafolha divulgada na tarde desta quinta-feira (26) mostrou os índices de intenção de voto para a eleição presidencial de 2022. Lula lidera a corrida presidencial, segundo o levantamento (veja mais detalhes aqui). Veja o resultado: 

    Pesquisa estimulada de intenções de voto no 1º turno

    • Lula (PT): 48%
    • Jair Bolsonaro (PL): 27%
    • Ciro Gomes (PDT): 7%
    • André Janones (Avante): 2%
    • Simone Tebet (MDB): 2%
    • Pablo Marçal (Pros): 1%
    • Vera Lúcia (PSTU): 1%
    • Em branco/nulo/nenhum: 7%
    • Não sabe: 4%

    Felipe d’Avila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP), Eymael (DC), Luciano Bivar (UB) e General Santos Cruz (Podemos) não pontuaram.

    O instituto também pesquisou os votos válidos no primeiro turno - excluídos os brancos e nulos. Pelo percentual, Lula venceria no primeiro turno se a disputa fosse hoje.

    Votos válidos

    • Lula (PT): 54%
    • Bolsonaro (PL): 30%

    As mulheres (51%) reprovam o governo de Bolsonaro mais do que os homens (45%). Outros índices elevados de reprovação: funcionários públicos (61%), moradores do nordeste (55%) e brasileiros com ensino superior (54).

    Evangélicos (35%), empresários (48%), entre os que ganham de 5 a 10 salários (35%) e entre os que ganham mais de 10 salário (45%) são as faixas que mais aprovam o atual presidente.

    Entre pessoas que recebem o auxílio ou moram com beneficiários do programa, a aprovação do governo fica em 19%. Neste recorte, a reprovação é de 45%.

    A comparação entre as pesquisas de maio e março demonstra variação na taxa de reprovação entre pessoas de 45 a 59 anos, com um salto de 43% para 50%, e na faixa dos que têm renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, de 40% para 49%.

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Guedes: "Todos os bancos centrais dormiram no ponto, menos o do Brasil"

Ministro da Economia, Paulo Guedes, tira risos da plateia de executivos no Fórum Econômico Mundial ao afirmar que só o Brasil não dormiu no ponto no ajuste monetário e fiscal.

 (crédito: Reprodução)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tirou risos da plateia do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, diante do excesso de confiança habitual. Após ele afirmar que o Brasil está em melhor situação do que os demais países e que apenas o Banco Central brasileiro "não dormiu no ponto" no ajuste monetário e fiscal, houve risos, mas ele não se abalou. 

Na avaliação do ministro brasileiro, o Brasil está adiantado no processo de aumento dos juros e no ajuste fiscal pós-pandemia. Ele repetiu também que todos os bancos centrais "dormiram no ponto". "Sinto muito", disse Guedes, após os risos da sua confirmação à questão de que apenas o Brasil está mais adiantado do que os demais, durante o painel de debate sobre a dívida soberana global. “Todos os bancos centrais dormiram no ponto. Menos o do Brasil, no front monetário e fiscal.”

Além de Guedes, participaram do debate sobre o panorama da dívida pública global, em Davos, a primeira vice-diretora gerente do Fundo Monetário Nacional (FMI), Gita Gopinath; o ministro da Economia da Itália, Daniele Franco; e o principal executivo (CEO) do Banco de Desenvolvimento do Sul da África, Patrick Khulekani Dlamini.

Durante suas intervenções, o ministro brasileiro não poupou críticas ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), afirmando que o Fed também dormiu diante dos choques negativos combinados atuais: o aumento salarial por conta da arbitragem global do mercado de trabalho, a disrupção das cadeias produtivas globais e a guerra na Ucrânia, que afetou os preços dos alimentos e de energia. 

Em relação ao aumento do endividamento durante a pandemia, na avaliação de Guedes, o Brasil está em uma “posição muito confortável”, mais do que os demais países em relação à dívida externa, e registrou surpresas positivas na dívida interna.

Ele reconheceu que, em parte, a queda na dívida pública bruta ocorreu por conta da inflação, mas afirmou novamente que o congelamento dos salários do funcionalismo durante a pandemia ajudou no processo de redução do deficit primário das contas do governo federal. Nesse sentido, o ministro defendeu que o Brasil se saiu melhor que todos os outros países e vai conseguir crescer antes do que os demais e, novamente, os economistas vão errar as projeções sobre o país neste ano.

“Nós gastamos muito com a saúde (durante a pandemia). Vacinamos mais de 80% da população. Mas não tornamos esses gastos permanentes”, disse ao justificar a queda da dívida pública bruta de quase 90% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2020, para os atuais 78,5% do PIB. “O Brasil caiu 3,9%, em 2020. Caiu menos e se recuperou mais rápido”, frisou, lembrando que o FMI chegou a prever queda de 9,1% do PIB brasileiro naquele ano.

 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Sem remédios nem comida, norte-coreanos sofrem com Covid-19

Mesmo depois de o regime ter admitido que o coronavírus se espalhou pelo país, ajuda internacional segue sendo tabu. Plano de Kim Jong-un parece ser mais confinamento, apertar os cintos e propaganda interna.



Da última vez que Ken Eom conseguiu falar com seus familiares na Coreia do Norte, eles não pareciam especialmente preocupados em contrair o novo coronavírus. Uma apreensão bem mais imediata era conseguir comida suficiente ou dinheiro para comprá-la. Contudo a situação pode ter mudado nas últimas semanas.

Depois de escapar do Norte em 2010, Eom agora vive na Coreia do Sul, onde ajuda desertores de seu país, além de ser orador da organização Freedom Speakers International (FSI), sediada em Seul. Sempre foi perigoso tentar ligar para alguém do Norte, por isso ele não conversava regularmente com a família.

"Da última vez que consegui contato, eles nem mencionaram o vírus. O governo lhes disse que não havia coronavírus na Coreia do Norte, então eles acreditaram. Só me pediram para enviar dinheiro para comprar alguma comida. Mas agora eu tenho certeza de que também estão com medo do vírus."

Desde que, em 12 de maio, Pyongyang finalmente admitiu que a covid-19 estava se alastrando praticamente sem controle entre a população, Eom não pôde mais falar com seus familiares, e teme que o vírus tenha se disseminado em sua cidade natal.

Única solução para Kim: isolamento total

A doença em si e o confinamento estrito imposto aos 25,78 milhões de habitantes tende a agravar as vicissitudes por que passam muitos norte-coreanos. Os familiares de Eom se mantinham precariamente, atuando como intermediários para contrabandistas que atravessavam a fronteira entre a Coreia do Norte e a China com cargas de gente, dinheiro em espécie ou bens de consumo passíveis de serem vendidos no Norte.

O governo fechou as fronteiras nacionais no começo de 2020, com o fim de conter o vírus, mas assim também impediu muitos de obterem qualquer tipo de renda. Com acesso limitado a medicamentos, poucos médicos nos hospitais e uma população majoritariamente mal nutrida e pouco saudável, cortar todas as ligações com o mundo exterior pareceu para o ditador Kim Jong-un ser a melhor solução.

Até 12 de maio, o governo relatou insistentemente que suas contramedidas haviam sido um sucesso total, não sendo registrado nenhum caso de covid-19 no país. Peritos médicos consideravam a alegação extremamente improvável, mas todas as organizações humanitárias estrangeiras já haviam sido expulsas do país, e não havia meio de verificar as notícias da mídia dissidente sobre cidadãos com febres não especificadas e mortos sendo sepultados às pressas.

Segundo analistas, a situação deve ser desesperadora, se o regime tem que admitir que seus esforços para isolar a nação falharam. E os números parecem confirmar a teoria: apenas no último domingo (22), a mídia estatal registrou 186.090 casos de "febre" por toda a Coreia no Norte, elevando a 2,65 milhões o número total de contágios – mais de 9% da população, apenas poucos dias após a admissão do problema.

As estatísticas governamentais alegam que 2,01 milhões já se recuperaram, mas o temor é que eles tenham simplesmente recebido alta dos hospitais ou clínicas mal-equipados para tratá-los e estejam disseminando ainda mais o vírus Sars-Cov-2.

Além disso, o número real de infectados é quase seguramente muito maior do que as cifras oficiais, já que o país não tem praticamente nenhuma capacidade para realizar testes. As experiências de outras nações também mostram que muitos portadores espalham o vírus mesmo sem apresentar sintomas.

Preservar prestígio antes de salvar vidas

"Talvez antes o povo acreditasse no governo quanto ao vírus, mas ele não acredita mais", afirma Eom. "E estou muito apreensivo com a minha família. Não há efetivamente nenhum sistema médico para cuidar dos doentes, em especial sendo uma doença contagiosa como a covid, e não há nada para ajudar os mais vulneráveis. E isso tudo vem em cima da escassez de comida, com os cidadãos sob ordens de ficar em casa."

Youngchang Song, da Worldwide Coalition to Stop Genocide in North Korea, com sede em Seul, tem escutado histórias semelhantes: "Lá é como a 'tempestade perfeita', no momento. O povo já está sofrendo com escassez, porque os meses de primavera, antes de as primeiras safras serem colhidas, são bem conhecidos como uma época de fome."

"Agora, eles não podem sair aos campos para cuidar das suas colheitas, não há nada para comer e nenhum remédio nas lojas, não podem ir aos mercados clandestinos, e nada está sendo contrabandeado pela fronteira com a China. Simplesmente não há nada para eles. Os desertores que eu conheço, que conseguiram falar com amigos ou com a família, estão desesperados. Eles não podem fazer nada para ajudar."

O governo sul-coreano e as agências da ONU têm deixado bem claro que estão prontos e dispostos a auxiliar o Norte, mas Pyongyang ignorou essas ofertas e só apelou por assistência à China e à Rússia, seus aliados tradicionais. Observadores não estão otimistas de que Kim vá colocar as necessidades de sua população à frente da perda de moral associada a aceitar ajuda do Sul ou das Nações Unidas.

"Considerando-se a terrível perda humana e econômica que a covid pode causar na Coreia do Norte, cabe torcer para que Pyongyang finalmente aceite assistência internacional", comenta Leif-Eric Easley, professor associado de estudos internacionais da Universidade Ewha Womans, de Seul. "Mas o mero fato de o país ter admitido as infecções, não significa que ele vá vir de chapéu na mão até a comunidade internacional."

"O roteiro de Kim para a covid é provavelmente confiar em mais confinamentos, aperto de cintos e propaganda interna, enquanto aceita discreta assistência da China", estima Easley. "Mesmo que o governo finalmente priorize as vidas humanas perante temores de segurança em relação à ajuda internacional, os obstáculos políticos e logísticos norte-coreanos podem tornar difícil a distribuição rápida de vacinas."

Falecem em acidente brasileiro e cachorro que viajavam de fusca pela América

 O brasileiro Jesse Koz, 29 anos, e seu cachorro da raça golden retriever, chamado Shurastey (em alusão a música "Should I Stay or Should I Go", do The Clash), desde 2017, estão percorrendo as estradas da América Latina a bordo do fusca 1978 batizado de Dodongo.

Muitos perrengues, aventuras, diversão e companheirismo fizeram parte da rotina dessa dupla que é de Balneário Camboriú, Santa Catarina..

O jovem que é natural de Curitiba, Paraná, mora na cidade catarinense desde os 17 anos, e contou ao GZH que sempre teve vontade de viajar pelo mundo, mas devido ao trabalho e os compromissos, não tinha essa liberdade. Até que entrou em um grupo do Facebook de mochileiros e essa realidade mudou.


Na companhia do seu cão, Jesse percorreu mais de 85 mil quilômetros por 17 países.

Infelizmente o seu último giro na estrada aconteceu na noite desta segunda-feira, 23, em que morreu após se envolver em um acidente no estado de Oregon, nos Estados Unidos.

Segundo o Fox 12 Oregon, o acidente deixou uma pessoa morta e outra ferida. Na investigação da polícia, ao tentar desviar de tráfego lento, o fusca invadiu a pista contrária e bateu contra uma Ford Escape.

Jesse teve ferimentos graves e morreu no local. A motorista do Ford, uma mulher de 62 anos, também ficou ferida e foi levado para o hospital. A criança que acompanhava a mulher no carro não sofreu ferimentos.

Não há informações até o momento sobre o cãozinho.


ATUALIZAÇÃO:

O cão também faleceu no acidente de trânsito. A informação foi confirmada nas redes sociais por familiares e amigos.

"Obrigada por terem cruzado meu caminho, me curado", comentou uma jovem.

19 crianças e professora são assassinadas a tiros em escola nos EUA

 O responsável pelo ataque, um homem de 18 anos, morreu no local.



Um tiroteio em uma escola de ensino fundamental no Texas, Estados Unidos, deixou 19 crianças mortas, além de uma professora e um outro adulto nesta terça-feira (24), informaram as autoridades americanas.

Em entrevista coletiva, o governador Greg Abbott havia dito inicialmente que 14 crianças haviam morrido.

Mais tarde, o senador texano Roland Gutierrez disse em entrevista à TV americana que mais quatro crianças morreram no ataque, elevando a cifra para 18. Além disso, ele disse que o total de adultos mortos chegou a três. Não está claro se o criminoso, morto no local, faz parte desta contagem.

Por fim, um porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Texas informou no final da noite desta terça que o total de crianças mortas é de 19. Mais dois adultos também foram mortos.

O incidente foi registrado na escola Robb Elementary, na cidade de Uvalde, a 130 km de San Antonio. O caso já é considerado como o mais mortal dos EUA desde o massacre na escola Sandy Hook, em Connecticut, que deixou 26 pessoas mortas – 20 crianças entre 6 e 7 anos e seis adultos – em 2012.

Por enquanto, sabe-se que as crianças mortas são do 2º, 3º e 4º ano do colégio. A escola, uma "elementary school", recebe alunos de 5 a 10 anos. O criminoso foi identificado pelas autoridades como Salvador Roma, de 18 anos.


Não há, até a última atualização desta reportagem, informações sobre as motivações do ataque. Informações divulgadas pela imprensa americana dão conta de que o assassino teria atirado contra a sua própria avó antes de se dirigir para a instituição de ensino.

Além das mortes, estudantes deram entrada em um hospital da região com ferimentos e o banco de sangue da cidade fez um pedido para doações. Uma criança e uma mulher de 62 anos precisaram ser transferidas para uma cidade vizinha, para um centro de saúde especializado em traumas.

No começo da tarde, por volta do meio dia, a polícia de Uvalde respondeu a um chamado na escola de ensino fundamental Robb Elementary.

Eles isolaram a área e pediram que os pais dos alunos aguardassem a liberação e entrega organizada dos estudantes em um local seguro.

Nos EUA, o ano letivo termina em junho, quando começam as férias de verão, e a escola Robb Elementary estava em sua última semana de aulas. 

Cada vez mais comum

Tiroteios em massa têm se tornado mais comuns nos EUA e o número de casos como esse tem aumentado nos últimos anos.

Em 2021, foram 34 ataques em escolas, o maior número registrado desde 1999 – quando iniciou a série histórica –, segundo levantamento do jornal "The Washington Post".

Não há um balanço oficial do governo americano que registre o número de ataques com armas em escolas do país.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em um pronunciamento que "é hora de agir" contra o lobby de empresas de armas no país.

"Como uma nação, nós devemos nos perguntar 'quando é que vamos nos opor ao lobby das armas?'", disse em discurso na Casa Branca. "É hora de agir".

 

Desde que assumiu a presidência dos EUA, Joe Biden tem advogado contra a venda de armas e pede maior controle federal sobre o tema.

 

Há duas semanas, um atirador matou 10 e deixou 3 feridos em um supermercado da cidade de Buffalo, no estado de Nova York.

 

No ano passado, Biden chegou a apresentar uma proposta limitando o acesso, mas o assunto no país é bastante polarizado e o direito de portar armas está na 2ª Emenda da Constituição americana.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Aumento de casos de Covid leva cidades do Brasil a retomarem recomendação do uso de máscara

Cidades em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná já emitiram decretos que voltam a obrigar ou recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados; escolas são as mais citadas. Santa Catarina também orientou o uso de máscaras após altas em internações de crianças e bebês.


O aumento de casos de Covid-19 está levando cidades brasileiras a voltarem a obrigar ou recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados.

A lista inclui ao menos uma capital, Curitiba, e mais cidades do interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, como Londrina (PR), Maringá (PR), São Bernardo do Campo (SP), Poços de Caldas (MG) e Canoas (RS).

Em Santa Catarina, órgãos de vigilância epidemiológica emitiram, nesta segunda-feira (23), uma nota reforçando o uso da máscara contra a Covid-19, após alta nas internações de crianças e bebês. Bebês e crianças de menos de 5 anos de idade ainda não podem ser vacinados contra a doença no Brasil. 

Algumas escolas em São Paulo (SP) também voltaram a exigir o uso da máscara (veja vídeo no topo da reportagem).

A maioria dos municípios emitiu decretos que obrigam ou recomendam o uso apenas em escolas; outros incluíram, também, estabelecimentos de saúde, transporte escolar ou público e restaurantes.

Especialistas ouvidos pelo g1 lembram que, apesar do fim da obrigatoriedade das máscaras, em março, a recomendação geral de manter o uso continua, principalmente para os grupos mais frágeis, como idosos e imunossuprimidos.

"Na realidade, a gente nunca abandonou as máscaras – as máscaras deixaram de ser obrigatórias, mas existe uma recomendação, em todos os locais, e a gente nunca deixou de recomendar as máscaras para a população mais frágil", ressalta Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

O médico reforça que essas populações devem manter o uso da máscara – especialmente em locais com risco maior de infecção, como os locais fechados ou com aglomerações.

"O que a gente vai ter é reforço de recomendação, principalmente para esses grupos mais vulneráveis, no momento em que você tem essas ondas, esses aumentos de circulação, para proteger essa população de se infectar. No caso dessa população, quando eles se infectam, o risco de complicação é muito alto", pondera. 

Para o geneticista e pediatra Salmo Raskin, do Laboratório Genetika, em Curitiba, as máscaras podem ser a única ferramenta no momento para evitar uma infecção ou reinfecção pela Covid-19.

Isso porque, por enquanto, as vacinas que temos são melhores em proteger contra um quadro grave da doença do que contra a infecção – e outras vacinas, capazes disso, ainda não foram lançadas.

"Eu acho que as máscaras vão ser uma das poucas coisas que as pessoas vão poder fazer nesse período, até que surja, de novo, uma outra vacina. As pessoas não querem mais usar as máscaras, mas elas não terão outra opção", avalia Raskin.

A epidemiologista Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), reforça a importância do uso das máscaras filtrantes, principalmente porque não sabemos o tempo que dura a imunidade gerada pela vacina – especialmente contra a variante ômicron. 

"Não sabemos o tempo de duração dessa nossa imunidade pela vacina. Nós vamos ficar sabendo quando começarmos a ver um aumento de hospitalização em pessoas que tomaram, por exemplo, três doses da vacina", aponta Maciel.

"Por isso que, enquanto a gente está numa pandemia, ainda é importante falar da necessidade de usarmos máscara, de evitar aglomeração, quando estiver em local fechado utilizar máscaras filtrantes – o que a gente vem falando desde o início", conclui.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Como a AVB se tornou a primeira siderúrgica carbono neutro do mundo

 Localizada em Açailândia, no Maranhão, a Aço Verde do Brasil foi concebida para produzir aço verde, reduzindo as emissões de CO2



A Aço Verde do Brasil (AVB) ganhou notoriedade por ser certificada no ano passado como a primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo, segundo os critérios do GreenHouse Gases Protocol — a certificação foi concedida pela Société Générale de Surveillance (SGS). A empresa utiliza 100% de carvão vegetal em suas operações industriais, produzido de suas florestas de eucaliptos que absorvem muito mais CO2 do que emitem ao longo do processo industrial de produção de seu aço.

“Essa conquista é fruto de muito trabalho e planejamento durante toda a fase de engenharia da usina de aços longos, quando se vislumbrou, há mais de dez anos, a importância do tema da sustentabilidade para os nossos produtos”, afirma Ricardo Carvalho Nascimento, diretor-presidente da companhia.

Aço verde equivale a zero emissões de CO2 na atmosfera. Portanto, a companhia maranhense não contribui com o aquecimento global. Trata-se de um aço de alta qualidade obtido do emprego de gusa líquido produzido à base de carvão vegetal, o que permite a obtenção de produtos com baixo nível de elementos químicos contaminantes, principalmente enxofre, fósforo e outros metais e a manutenção dos baixos teores desses elementos é fundamental para a produção de aços de elevado grau de exigência.

O certificado carbono neutro trará à AVB um diferencial competitivo em preço quando o novo modelo para o mercado de carbono for implementado mundialmente.

Ricardo Carvalho Nascimento, diretor-presidente da AVB: aço verde é resultado de uma preocupação que começou há dez anos na empresa (Maria Tereza Correia/Divulgação)

Enquanto muitas empresas siderúrgicas estão iniciando o planejamento de descarbonização, com objetivos para 2050 ou 2060, a AVB atingiu este marco fundamental e histórico já no ano de 2020.

“Coroa um longo e árduo trabalho de engenharia e construção de toda a equipe da AVB, que mostrou que a rota de produção de aço à base de carvão vegetal é, atualmente, viável e confiável para a produção do aço verde”, destaca o diretor-presidente da companhia, que pertence ao Grupo Ferroeste.

A AVB atende todos os estados do Brasil. Entre os principais produtos fabricados estão fio máquina e vergalhão (CA-50 e CA-60). O baixo custo da produção se explica pela produção interna das principais matérias-primas utilizadas, como o carvão vegetal, os gases do ar e os gases combustíveis, em substituição às alternativas fósseis, como o gás natural.

A companhia possui uma capacidade instalada de 600.000 toneladas por ano. “Com dois altos-fornos garantimos produtividade contínua, oferecendo segurança aos colaboradores e produtos de qualidade aos nossos parceiros e clientes”, explica Ricardo Nascimento.

Sustentabilidade que gera valor

A companhia vem apresentando crescimento contínuo de resultados. Nos nove primeiros meses de 2021, alcançou crescimento da receita líquida de vendas de 105% e lucro bruto de 274%, em comparação ao mesmo período de 2020. Foram 431 milhões de reais nesse intervalo, ante 318 milhões de reais no mesmo ciclo de 2020. O crescimento se deve, principalmente, ao aumento do preço do aço e à venda de produtos com maior valor agregado.

E a AVB foi a única empresa brasileira a estar entre as premiadas no Global Metals Awards 2021, vencendo na categoria Revelação ESGA premiação reconhece as melhores ações e investimentos na indústria de metais em 16 categorias, em iniciativas individuais e empresariais.

Com o aumento da fabricação de aços longos, a companhia espera aumentar a presença no mercado interno. O excedente da planta que separa gases do ar, cuja finalidade é produzir oxigênio, nitrogênio e argônio para consumo interno, também é vendido. Para 2030, a meta é dobrar a capacidade produtiva de aço, atingindo o total de 1,2 milhão de toneladas a cada ano.

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Arma secreta: lasers russos cegam satélites e queimam drones em 5 segundos... - Veja mais

A Rússia testou um novo laser capaz de queimar drones e outros equipamentos a uma distância de cinco quilômetros em apenas cinco segundos. Segundo o vice-primeiro-ministro Yuri Borisov, o veículo não-tripulado "foi simplesmente queimado e deixou de existir". Ele ainda confirmou que o laser está sendo usado no confronto com a Ucrânia, sob o nome de "Zadira" —embora os EUA e a Ucrânia digam que não viram nenhuma evidência disso e tratam como propaganda.



Pouco se sabe sobre as especificidades das novas armas, que é considerada secreta pelo governo russo, mas, segundo Borisov, o novo modelo é mais poderoso que o laser Peresvet, anunciado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 2018. "Se Peresvet cega, então a nova geração de armas a laser leva à destruição física do alvo —destruição térmica, eles queimam", contou, em entrevista à televisão estatal russa.

Os lasers são armas consideradas eficientes e de baixo custo, quando comparadas às outras usadas na guerra. Eles funcionam enviando um feixe de luz infravermelha que aquece seu alvo até que entre em combustão. Ao contrário das armas clássicas, que exigem munição, o laser de combate nunca fica sem "cartuchos" e seus feixes atingem o alvo com incrível precisão na velocidade da luz.

O Peresvet, já usado pelas tropas russas desde 2019, é capaz de retirar satélites de reconhecimento em órbitas de até 1.500 km e pode ser usado com sucesso contra drones, disse o especialista militar Igor Korotchenko, diretor do Centro de Análise do Comércio Mundial de Armas. Isso é especialmente importante para ofuscar os sistemas de reconhecimento. Inutilizar satélites capazes de monitorar mísseis balísticos intercontinentais, que carregam armas nucleares, é uma medida estratégica.

A Rússia também poderia usar lasers no campo de batalha para cegar soldados ucranianos, conforme afirmou o general de brigada aposentado do exército australiano Mick Ryan ao jornal americano Washington Post, embora isso seja proibido de acordo com um protocolo de 1995 adicionado ao tratado da ONU que proíbe armas que causem ferimentos excessivos ou tenham impacto indiscriminado. A eficácia do laser, no entanto, depende das condições ambientais: com bom tempo, funciona perfeitamente, mas nevoeiro, chuva, neve e outros eventos climáticos adversos podem interferir na passagem do feixe de laser.

Nova geração de armas Borisov aproveitou o lançamento dos novos modelos para defender que as armas convencionais serão substituídas por armas a laser e eletromagnéticas nas próximas décadas.

A Rússia, disse ele, está investindo na criação de armamento baseado em novos princípios físicos. Em 2017, a mídia russa afirmou que a Rosatom, agência nuclear estatal, encabeçava essa parte e trabalhava no laser Zadira.

No mês passado, Israel divulgou um vídeo mostrando um sistema de laser parecido, que derrubou foguetes e drones. O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, disse que poderia derrubar drones, morteiros e foguetes por apenas US$ 3,50 por disparo. "Pode parecer ficção científica, mas é real", afirmou.

Putin já revelou uma série de novidades nesse sentido: novo míssil balístico intercontinental, drones nucleares submarinos e uma arma supersônica. Já a Ucrânia anunciou novas aeronaves não tripuladas adquiridas em março. Fabricados na Turquia pela Baykar Technology, os drones são capazes de destruir tanques de guerra.

O modelo Bayraktar TB2 utiliza bombas e mísseis ar-terra a laser, projetados para serem lançados por uma aeronave militar contra objetivos de superfície com ainda mais precisão. Ele foi desenvolvido a pedido do exército turco, após a experiência positiva com o Bayraktar TB1, e o primeiro voo ocorreu em 2014. (Com agências internacionais e BBC Brasil).

noticias.uol.com.br/

NASA diz que 'algo estranho' está acontecendo com o universo

 


  • A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) dos EUA diz que a descoberta sobre a velocidade de expansão do universo contribuiu com a ideia de que ‘algo estranho está acontecendo' o cosmos;

  • Durante os últimos anos, astrônomos usaram telescópios como o Hubble para compreender a velocidade de expansão do universo;

  • Há 30 anos, o Telescópio Hubble coleta informações de ‘marcadores’ no espaço que possam ser utilizados para o rastreamento da taxa de expansão do universo.

O Telescópio Espacial Hubble alcançou um novo marco na história da astronomia ao descobrir a rapidez com que o cosmos se expande.

Contudo, segundo a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) dos EUA, o achado contribuiu com uma ideia de que ‘algo estranho está acontecendo com o universo’.

Durante os últimos anos, astrônomos usaram telescópios como o Hubble para compreender a velocidade da expansão do cosmos

Enquanto essas medidas se apresentaram mais precisas, um aspecto chamou a atenção. Existe uma diferença entre a taxa de expansão do universo quando comparada às observações do pós-Big Bang.

Contudo, cientistas não conseguem explicar essa discrepância. De acordo com a NASA, a diferença sugere que esse ‘algo estranho’ no universo pode ser o resultado de uma nova física desconhecida.

Há 30 anos, o Hubble coleta informações de ‘marcadores’ no espaço que possam ser utilizados para o rastreamento da taxa de expansão do universo enquanto ele se afasta. Já foram calibrados mais de 40 marcadores, segundo a agência espacial.

“Você está obtendo a medida mais precisa da taxa de expansão do universo a partir do padrão-ouro de telescópios e marcadores de milhas cósmicas”, afirma o Prêmio Nobel Adam Riess, do Space Telescope Science Institute (STScI) e da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Maryland.

Ele é o líder do grupo de cientistas que publicou um novo artigo descrevendo em detalhes a última e maior atualização do Hubble.