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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

STF decide que imprensa pode ser punida por entrevistas com indícios de falsidade


O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou nesta quarta-feira (29) uma tese que trata da possibilidade de responsabilização civil de empresas jornalísticas que publicarem entrevistas que imputem de forma falsa crime a terceiros, quando há indícios concretos de que as declarações são mentirosas.

A tese foi elaborada pelo ministro Alexandre de Moraes, com mudanças propostas por Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O texto diz que "a plena proteção constitucional à liberdade de imprensa é consagrada pelo binômio liberdade com responsabilidade, vedada qualquer espécie de censura prévia, porém admitindo a possibilidade posterior de análise e responsabilização".

Essa responsabilização, que pode incluir remoção de conteúdo, seria por "informações comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas, e em relação a eventuais danos materiais e morais".

"Na hipótese de publicação de entrevista em que o entrevistado imputa falsamente prática de crime a terceiro, a empresa jornalística somente poderá ser responsabilizada civilmente se: (i) à época da divulgação, havia indícios concretos da falsidade da imputação; e (ii) o veículo deixou de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos e na divulgação da existência de tais indícios", diz a tese aprovada pelo Supremo.

O julgamento desta quarta vinha provocando reações de entidades que defendem a liberdade de imprensa e de expressão no país.

Nove organizações, incluindo a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e a ONG Repórteres Sem Fronteiras, afirmaram em manifestação que havia risco de "verdadeira e indesejável autocensura" nos veículos de comunicação brasileiros, a depender da decisão que os ministros tomariam.

Após o julgamento, o presidente-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Marcelo Rech, afirmou que a decisão é um avanço em relação à tese original de Moraes, que ele considera "uma grave ameaça à liberdade de imprensa".

Ainda assim, aponta que se mantém uma insegurança a respeito de como a imprensa poderá atuar, sobretudo por não definir o que são "indícios concretos de falsidade de imputação" e também por não informar o que aconteceria no caso de entrevistas ao vivo.

A entidade aguarda a publicação do acórdão (a decisão completa do caso) para que essas dúvidas sejam dirimidas.

A presidente da Fenaj, Samira de Castro, também após a sessão da corte, disse que a tese elaborada agora cria "um grau de responsabilização minimamente condizente com nossas preocupações da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão".

"Esse dever de cuidado que os ministros citam é, na verdade, o fato de você ouvir o outro lado e dar espaço para o contraditório na medida em que o seu entrevistado impute o que posteriormente for chamado de falso crime, [como] calúnia, injúria e difamação", diz Samira.

Segundo ela, isso "abre espaço para um jornalismo responsável, que pratique de forma ética o direito ao contraditório."

O caso concreto que deu origem a essa ação já foi julgado em sessão do plenário virtual (no qual os votos são publicados em um sistema eletrônico da corte) que começou em 2020 e, devido a interrupções, só se encerrou em agosto deste ano.

Esse caso concreto é um pedido de indenização contra o jornal Diário de Pernambuco por uma entrevista publicada em 1995. O STF manteve por 9 votos a 2 uma condenação do STJ (Superior Tribunal e Justiça) contra o veículo.

O processo que chegou ao Supremo trata da disputa do ex-deputado Ricardo Zarattini Filho, que já morreu, contra o Diário de Pernambuco.

O ex-parlamentar foi à Justiça contra o jornal devido a uma entrevista na qual o delegado Wandenkolk Wanderley, também já falecido, dizia que Zarattini tinha participado do atentado a bomba no Aeroporto dos Guararapes, do Recife, em 1966.

A defesa de Zarattini sustentou que a informação não é verdadeira, que ele não foi indiciado ou acusado pela sua prática e que não foi concedido espaço para que ele exercesse seu direito de resposta.

O ex-deputado foi derrotado no Tribunal de Justiça de Pernambuco, mas ganhou o processo no STJ, com indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil.

O jornal recorreu ao Supremo. A defesa do Diário de Pernambuco afirmou que a decisão do STJ contraria a liberdade de imprensa e que a condenação se deu pela mera publicação da entrevista, sem qualquer juízo de valor.

Ressaltou a relevância do caso sob os pontos de vista jurídico e social e que fica em jogo a atuação dos veículos de comunicação, dado o risco de limitar o exercício constitucional da liberdade de imprensa.

Apesar de terem mantido a condenação do jornal, os ministros ainda não haviam decidido a respeito da tese que seria válida para outros casos similares. Essa discussão foi pautada para a sessão desta quarta, com a aprovação da tese.

Daniel Alves: suposta vítima de crime sexual volta atrás e decide não abrir mão da indenização



Preso em Barcelona desde o dia 20 de janeiro deste ano, Daniel Alves está próximo de ser julgado pelo crime sexual que teria cometido em dezembro de 2022, na boate Sutton. Em agosto, segundo documentos obtidos pelo jornal espanhol La Vanguardia, a vítima do jogador voltou atrás em sua decisão e decidiu não abrir mão da indenização. Em janeiro, ela havia optado pelo contrário. O lateral-direito nega as acusações.

Segundo a publicação, a mulher que acusa Daniel Alves de crime sexual não tinha conhecimento de todas as proporções que o caso teria. Ester García, advogada da vítima de 23 anos, apresentou uma carta formal em agosto, no qual informa a decisão da jovem de revogar a renúncia à indenização do jogador por danos.

“Ela me disse ‘tenho a sorte de ter boas condições e não quero indenização, quero prisão’”, contou a advogada em janeiro. Ester disse ainda que ela tinha direito ao dinheiro, mesmo não querendo, mas a vítima permaneceu irredutível. “‘Se tiver dinheiro envolvido, não vou contratar você'”, afirmou.

A legislação espanhola prevê que a vítima possa revogar a renúncia à ação civil se as consequências do crime forem mais graves do que as previstas no momento da denúncia. Isso, no entanto, deve ocorrer antes das manifestações das partes. Ainda não há uma data definida para o julgamento do lateral-direito.

“Ela (vítima) não tinha conhecimento de todas as consequências do crime nem das circunstâncias supervenientes que impediriam, conforme descrito no relatório médico forense, o desenvolvimento de sintomas de ansiedade e depressão, de intensidade geral moderada e, portanto, uma deterioração significativa em várias áreas do funcionamento diário. O documento foi apresentado no verão e hoje a vítima continua em licença médica e em tratamento psicológico”, afirma a advogada, em documento enviado à corte espanhola.

A denúncia do MP pede nove anos de prisão para Daniel Alves e defende que 150 mil euros de indenização sejam pagos para a mulher que acusa o jogador de estuprá-la no banheiro de uma casa noturna de Barcelona. Além disso, o Ministério Público solicita dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período. Em dez anos, Daniel teria 50 anos.

RELEMBRE O CASO

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na boate Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro, que, por muitos anos, defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão no dia 20 de janeiro, uma sexta-feira, após depoimento

Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não sendo levado adiante. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava; depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.

FIQUE ATENTO! INSS muda os critérios para autorizar auxílio-doença


Uma recente Portaria conjunta do Ministério da Previdência Social (MPS) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de número 38, estabeleceu novas regras para a concessão de benefícios relacionados à incapacidade temporária, abrangendo tanto o auxílio-doença quanto o auxílio-acidentário.

Créditos: Agência Brasil

Essa regulamentação modificou as condições relacionadas à “dispensa da emissão de parecer conclusivo da Perícia Médica Federal quanto à incapacidade para o trabalho e a concessão de benefício após análise documental do INSS”.

Na prática, a portaria elimina a necessidade de perícia presencial para os trabalhadores que solicitam o benefício por incapacidade temporária, introduzindo a perícia documental, onde a concessão do benefício pode ser baseada na apresentação de documentos. Para essa finalidade, foi implementada a plataforma ATESTMED pelo Ministério da Previdência Social.

O prazo máximo para concessão sem a exigência de perícia presencial foi estipulado em 180 dias (seis meses). Caso o benefício seja concedido por um período superior, será necessário agendar uma perícia médica.

Em setembro deste ano outra alteração nas regras foi implementada. Essa mudança refere-se à Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) no caso de solicitação de afastamento por motivos acidentários, ou seja, o auxílio-acidentário. A Portaria Conjunta MPS/INSS nº 6 retirou a expressão “emitida pelo empregador” do texto anterior.

A razão para essa modificação é a resistência por parte dos empregadores em emitir a CAT.

De acordo com o portal JusBrasil, com base em processos judiciais, os motivos principais para a recusa das empresas em emitir a CAT são a obrigação de continuar depositando o FGTS enquanto o contrato estiver suspenso e a garantia de estabilidade no emprego por até um ano após a suspensão do benefício.

A Portaria nº 6 retirou a expressão “pelo empregador” do texto, tornando o documento obrigatório para o auxílio-acidentário, mas possibilitando sua obtenção por meio de outros canais, como sindicatos ou autoridades públicas, como os Centros de Referência do Trabalhador (Cerest’s) ou o próprio Ministério do Trabalho.

Com a nova portaria, o trabalhador pode solicitar o benefício pela plataforma Atestmed, desde que o laudo médico indique um afastamento de até 180 dias.

Esse processo simplificado para a solicitação deve agilizar a concessão do benefício, uma vez que as perícias presenciais não são mais obrigatórias.

Atualmente, mais de 1,1 milhão de trabalhadores com carteira assinada aguardam o auxílio, sendo que mais de 600 mil ainda aguardam o agendamento da perícia.

Para solicitar auxílio-doença e auxílio-acidentário, além do Atestmed, os canais disponíveis são o aplicativo e site Meu INSS, a central de teleatendimento 135, as agências da Previdência Social e entidades conveniadas.

De acordo com a portaria, a concessão do benefício por incapacidade temporária dependerá da apresentação de documentação médica ou odontológica, e afastamentos por acidentes dependerão da apresentação da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).

A análise documental exigirá documentos como nome completo, data de emissão, diagnóstico, assinatura do profissional, identificação do profissional emitente, data de início do afastamento e prazo estimado necessário.

FIQUE ATENTO! INSS muda os critérios para autorizar auxílio-doença (msn.com)

Dino mira indecisos e evangélicos no Senado e diz que mudará roupa política


Indicado a uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), deu início ao périplo pelo Senado com foco em parlamentares indecisos e em busca de uma margem de segurança para evitar reveses na Casa. Aliados do ministro também articulam um encontro com senadores evangélicos.

A estratégia foi definida na noite de terça (28), durante jantar com líderes aliados. A intenção é obter mais votos do que os 47 alcançados por André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Dino se encontrou nesta quarta-feira (29) com o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), o relator de sua indicação, Weverton Rocha (PDT-MA), e brincou estar em busca de votos 24 horas por dia, em uma intensa agenda até a sabatina, marcada para 13 de dezembro.

A lista de possíveis indecisos incluiu a senadora Ivete da Silveira (MDB-SC), que teve uma reunião com Dino nesta quarta. Sob pressão de eleitores de Santa Catarina contrários à indicação, a senadora --que é viúva do ex-governador Luiz Henrique da Silveira-- disse ao ministro que não declararia seu voto neste momento.

Após a reunião, ela afirmou ter gostado da conversa, marcada por elogios de Dino a Luiz Henrique e lembranças da convivência dele com o ex-governador. Os dois foram contemporâneos no Congresso.

Aliada de Dino, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) articula um encontro, na semana que vem, com parlamentares evangélicos. A avaliação é que há potenciais indecisos no grupo --que foi decisivo para a aprovação folgada de Cristiano Zanin em junho.

Eliziane afirma que Dino é conservador e será bem recebido.

Nesta quarta, o ministro da Justiça evitou se posicionar sobre uma das pautas caras para a oposição no Senado, a PEC (proposta de emenda à Constituição) que limita decisões monocráticas do STF, aprovada na semana passada. Perguntado, Dino se esquivou e disse que não gostaria de atropelar sua sabatina.

Em outra frente, o ministro ligou para o líder da União Brasil, Efraim Filho (PB), pedindo uma reunião com os senadores do partido. Já o líder do PSD, Otto Alencar (BA), marcou um encontro entre Dino e a bancada --a maior da Casa-- na semana que vem.

Tanto aliados do ministro como senadores da oposição projetam que ele será aprovado. Mas adversários do ex-governador do Maranhão prometem trabalhar por um placar robusto contra o aliado do presidente Lula (PT).

Para isso, contam com o fato de o voto ser secreto para tentar atrair parlamentares contra o indicado. O cálculo que é feito por líderes da oposição é que dificilmente os senadores vão se posicionar publicamente contra Dino por se tratar de um provável futuro ministro do STF e para não irritar integrantes da corte. Eles ponderam, no entanto, que na hora da votação o sentimento anti-Dino pode se manifestar.

Já os aliados de Dino buscam distensionar o ambiente inclusive com aqueles que votarão contra ele.

Vice de Jair Bolsonaro (PL), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) já foi consultado por apoiadores de Dino sobre sua disposição de recebê-lo. O mesmo aconteceu com o senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Cabos eleitorais do ministro da Justiça afirmam que Dino manifestou intenção de conversar com todos os senadores, sem restrições nem mesmo a Sergio Moro (União Brasil-PR) ou Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

A abordagem a senadores de oposição deve acontecer, no entanto, só depois da apresentação do relatório no plenário da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), previsto para semana que vem.

Flávio Bolsonaro disse nesta quarta que não espera ser demandado. "Ele sabe o meu voto e não vai me procurar", disse o senador. O filho de Bolsonaro é uma das principais vozes contra o indicado.

Em suas conversas, Dino tem afirmado que o cargo de ministro da Justiça exige uma postura diferente da adotada por um membro do STF, argumento que usou publicamente na manhã desta quarta. Ele disse que o perfil combativo é próprio da política e que magistrado da corte não tem ideologia nem lado político.

Ele afirmou ainda que não está preocupado com a orientação política dos senadores e disse que "mudou a roupa" que veste no momento em que foi indicado para o STF, na última segunda-feira (27).

"Para um cargo no Judiciário, isso não é relevante, se a pessoa é ideologicamente de um lado ou de outro, politicamente ou partidariamente de um lado ou de outro. Ministro do Supremo não tem partido, ministro do Supremo não tem ideologia, ministro do Supremo não tem lado político", disse Dino.

"No momento em que o presidente Lula faz a indicação, evidentemente que eu mudo a roupa que eu visto. E essa roupa hoje é em busca desse apoio do Senado. A roupa que, se eu merecer essa aprovação, eu vestirei sempre, que independe de governo e oposição."

Dino afirmou que seguirá em busca de votos com perseverança, humildade, serenidade e tranquilidade. O ministro afirmou que a decisão de deixar a pasta da Justiça para pedir votos "não está em pauta neste momento" porque tem tempo suficiente, além de não ser um "estranho" no Senado.

O ministro de Lula evitou as comparações feitas pelo núcleo bolsonarista entre ele e Zanin. Afirmou que cada um tem suas características e que o importante é seguir a Constituição.

Assim como Dino, Paulo Gonet, indicado para a PGR (Procuradoria-Geral da República), será sabatinado em 13 de dezembro. A expectativa é que a votação no plenário ocorra entre os dias 13 e 14.

Gonet também foi ao Senado nesta quarta em busca de apoio por aprovação para a PGR.

O procurador pretende se reunir com todos os senadores e, num só dia, esteve com pelo menos 11 parlamentares. Nos encontros, ele se classificou como uma pessoa técnica, com longa experiência no MPF (Ministério Público Federal), onde ingressou em 1987, e aberta ao diálogo.

sábado, 25 de novembro de 2023

Importação de aço cresce, ameaça emprego e siderurgia reduz produção no Brasil

Usiminas estuda desligar alto-forno em Ipatinga; concorrência com importados da China pode provocar perdas de R$ 30 bi para setor e ameaça 248.225 mil empregos



A indústria do aço no Brasil está sob forte impacto do aumento das importações do produto e, por isso, já começa a diminuir a produção e a não gerar empregos. Segundo o Instituto Aço Brasil (Iabr), a previsão final para 2023 é de queda de 8% na produção, para 31,4 milhões de toneladas, e recuo de 5,6% nas vendas internas, para 19,2 milhões de toneladas. Por outro lado, houve um salto de 48,6% das importações, para 4,98 milhões de toneladas de aço estrangeiro. “A indústria brasileira do aço enfrenta uma guerra assimétrica, provocada pela avalanche de aço estrangeiro. Não se trata de questão de falta de competitividade da indústria brasileira, mas da submissão do setor a uma concorrência desleal diante um produto colocado no mercado a preço artificialmente baixo, o que torna urgente o reforço das nossas defesas comerciais, sob risco de repetirmos o triste desempenho deste ano em 2024”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Aço Brasil.

Procurada, uma das maiores siderúrgicas do Brasil, a Usiminas, confirma os efeitos da importação em seus negócios, que levou a empresa a deixar de abrir cerca de 600 vagas de emprego. A siderúrgica afirma, ainda, que estuda desligar o alto-forno 1, como forma de adequar a produção a esse cenário. “O setor do aço vem investindo R$ 12 bilhões por ano, em modernização e desenvolvimento tecnológico, patamar que deveria se manter nos próximos anos. A atual crise provocada pelas importações, porém, se não revertida, ameaça não apenas os investimentos como a própria sustentabilidade da indústria brasileira do aço, um setor que gera empregos de qualidade e desenvolvimento econômico e social nas regiões onde atua, com grande contribuição para o crescimento sustentado do país”, disse Jefferson De Paula, presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração Latam, em evento na quarta-feira (24) da Iabr. Com base no desempenho das unidades siderúrgicas e projeções de demanda, o Instituto Aço Brasil vinha alertando desde o início do ano para o fato de não haver no horizonte, até então, sinais que sustentassem otimismo no setor. Por essa razão, promoveu, em abril e julho, duas revisões para baixo no desempenho esperado das empresas, comparado às projeções apresentadas ao fim de 2022. "A enxurrada de aço estrangeiro deteriorou o cenário de forma ainda mais dramática, levando a indústria a reagir ao impacto na demanda, o que se reflete nas atuais projeções", disse a entidade por meio de nota. Em agosto, quando a disparada das importações seguiu sem sinais de inversão da tendência, o setor passou a defender, junto ao governo brasileiro, a necessidade de elevação temporária e emergencial da alíquota de importação de aço para 25%, a mesma alíquota praticada em países como Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e México. Atualmente a alíquota em vigor no país é 9,6% para a maioria dos produtos. 

Ainda segundo a entidade, a China é a origem da maior parte do aço importado que ingressa no Brasil, "vendido abaixo do preço de custo por determinação do governo chinês, controlador da maioria das siderúrgicas locais, em esforço anticíclico para manter a economia aquecida. Atualmente o país responde por 56,7% das importações no Brasil. O empenho de colocação do excedente de produção chinês, somado à assimetria das defesas brasileiras em comparação com outras em vigor em mercados relevantes, tornou o Brasil alvo inevitável do aço estrangeiro", informou o Iabr. Cálculos realizados pela entidade indicam que o volume de 4,98 milhões de toneladas de aço importado em 2023 representa, para o país, uma perda de arrecadação de R$ 2,8 bilhões e de 248.225 mil empregos, que estão sendo deslocados para os países produtores desse aço. A perda de faturamento nas usinas de aço chega a R$ 30,6 bilhões, pelos cálculos da entidade. A Gerdau foi procurada para se manifestar sobre os números apresentados pelo Iabr, mas informou que a Iabr fala por ela. No entanto, em entrevista dada a O TEMPO no fim de setembro deste ano, o CEO da siderúrgica, Gustavo Werneck, disse que medida protetiva para o mercado nacional de aço é fundamental para o setor, a exemplo do que vem acontecendo no resto do mundo.

Para 2024 O Instituto Aço Brasil prevê, para 2024, queda de 3% na produção de aço, para 30,4 milhões de toneladas, e de 6% nas vendas internas, para 18 milhões de toneladas. As importações deverão disparar 20%, acima da escalada ocorrida em 2023, para 6 milhões de toneladas, ou 79% acima do que foi realizado apenas dois anos antes, em 2022. Exportações devem crescer 1,3% e consumo aparente, 1%, uma alta decorrente exclusivamente do aumento das importações. “Esse volume de aço estrangeiro representa uma perda de arrecadação de R$ 3,4 bilhões e de milhares de empregos. A perda potencial de faturamento do setor chega a R$ 36,7 bilhões”, informou o Iabr. 

Pacheco chama reação do STF de desproporcional e fala em novas mudanças no tribunal


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou nesta sexta-feira (24) de desproporcional e desavisada a reação de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a PEC (proposta de emenda à Constituição) que limita decisões individuais na corte.

Segundo ele, o Legislativo é o Poder com mais legitimidade para representar a população brasileira, e a medida teve como única intenção preservar o equilíbrio entre os Poderes.

Os embates entre Pacheco e o STF não são de hoje. Em 2021, no auge da pandemia, o STF o obrigou a instalar a CPI da Covid, que já tinha assinaturas suficientes. O senador, porém, tentou ganhar tempo para engavetá-la. O resultado foi um revés tanto para o parlamentar quanto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

A declaração de Pacheco ocorreu durante evento na Faculdade de Direito da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), no bairro de Higienópolis, em São Paulo. No evento, Pacheco recebeu a Medalha de Honra ao Mérito Jurídico entregue pelo GCSM, entidade voltada ao campo empresarial, e o Fórum das Américas. Em entrevista após a cerimônia, o político disse que o teor da PEC é "óbvio" e vai ao encontro da Constituição.

Questionado pela Folha de S.Paulo se o Congresso Nacional pensa em pautar mais mudanças para o Supremo, Pacheco respondeu que "todas as instituições têm que estar sujeitas a aprimoramento, não são mudanças ao acaso ou simplesmente pelo fato de mudar como manifestação ou substituição de um Poder sobre o outro, absolutamente. Não é essa a razão de ser".

Pacheco disse considerar importante, além da PEC sobre decisões monocráticas, a proposta de estabelecer mandatos para os ministros e a ideia de controlar o acesso sobre o que deve ser discutido no tribunal.

"Ela [corte] não pode ser um tribunal simplesmente de revisão de uma nova instância daqueles que estão insatisfeitos com a decisão do STJ ou de um Tribunal de Justiça. Por isso, o acesso ao Supremo Tribunal Federal, especialmente para o controle de constitucionalidade, deve ser um acesso mais restrito."

"Não pode ingressar no Supremo como se ele fosse a última instância política do Congresso. Então esse filtro de acesso ao Supremo para que ele possa ser provocado a decidir questões maiores, em que haja uma legitimidade para ingressar no STF, eu acho que é uma evolução também muito positiva para o sistema de Justiça do país."

Durante pronunciamento no evento, Pacheco afirmou que o Congresso deve discutir em 2024 o que chamou de estado eleitoral permanente, com as eleições que acontecem a cada dois anos, além de dizer que acha importante a votação do fim da reeleição na política. Segundo Pacheco, o Legislativo já demonstrou ser capaz de fazer reformas importantes no país.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) também foi agraciado no evento. Constavam na lista de homenageados os ministros do STF Cristiano Zanin e Kassio Nunes Marques, que não compareceram. O ministro Dias Toffoli foi anunciado para subir à mesa, mas também não esteve presente.

O evento desta sexta ocorreu logo após o aumento da tensão entre o Legislativo e o STF, iniciada depois de votações sobre a descriminalização das drogas, do aborto e a respeito do marco temporal para terras indígenas. Parte dos parlamentares entendeu que a corte interferiu na atividade legislativa com esses julgamentos.

Em reação, Pacheco prometeu reverter as decisões no Congresso e trabalhou pela aprovação da PEC para limitar pedidos de vista e decisões monocráticas. Ele também disse ser a favor da criação de um mandato para os magistrados, que atualmente podem ficar no cargo até os 75 anos.

A PEC sobre as decisões monocráticas foi aprovada na quarta-feira (22) no Senado, com 52 votos a favor, 18 contra e nenhuma abstenção. O texto segue agora para análise na Câmara dos Deputados.

No dia seguinte à aprovação, o presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, e os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes criticaram a decisão.

Segundo Barroso, a mudança é desnecessária e não contribui para a institucionalidade do país. O magistrado afirmou que retrocessos democráticos começam com mudanças nas supremas cortes e que antecedentes semelhantes "não são bons".

Gilmar Mendes insinuou que a medida era autoritária, desmedida e inconstitucional. Já o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o aprimoramento das instituições é importante, "mas não quando escondem insinuações, intimidações e ataques à independência do STF".

Depois do posicionamento dos ministros, Pacheco afirmou que a PEC não é retaliação e que não pretendeu criar uma crise institucional entre os Poderes, mas melhorar a Justiça.

O STF teve papel importante para conter avanços autoritários durante o governo Bolsonaro. Na época, ministros do Supremo foram atacados pelo governo.

Manifestações golpistas do ex-presidente culminaram em ofensas à corte e a alguns de seus ministros, como Barroso e Moraes, e na destruição da sede do STF durante o ataque do 8 de janeiro.

A oposição de Pacheco a decisões do STF tem gerado elogios de Bolsonaro e alguns de seus familiares. Tanto o ex-presidente quanto seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) cumprimentaram o presidente do Senado pela ofensiva.

Prime Video comprou esse filme que nem chegou ao cinema e a jogada deu certo: é um dos mais vistos!


Dirigido por Chris McKay, 'A Guerra do Amanhã' é um daqueles filmes que foi afetado pela pandemia porque chegaria às telas em 25 de dezembro de 2020 e foi lançado na Amazon em 2 de julho de 2021, depois disso a plataforma pagou os US$ 200 milhões que o filme custou à Paramount, segundo a Variety .

Assim, com tanto gasto, torna-se um dos filmes mais caros da história , sim, sem ultrapassar o orçamento de 'Star Wars: O Despertar da Força', que foi de 415.821.750 euros.

E, apesar das dificuldades, é um dos grandes sucessos do Amazon Prime Video. Segundo dados coletados pelo Deadline, durante o feriado de 4 de julho, foi visto em 2,41 milhões de lares norte-americanos. Tanto que uma semana após sua estreia, foi confirmado que haveria uma sequência.

Mais uma vez o Deadline afirmou que Chris McKay voltaria para dirigir, Zach Dean para escrever o roteiro e que Chris Pratt, Yvonne Strahovski, Betty Gilpin, Sam Richardson, Edwin Hodge e JK Simmons seriam mais uma vez o elenco principal. E enquanto chega essa segunda parte, nos deliciamos com a primeira.

A "Guerra de Amanhã" no Prime Video

De acordo com a sinopse oficial, 'A Guerra do Amanhã' conta como "o mundo para quando um grupo de viajantes do tempo viaja do ano 2051 para entregar uma mensagem urgente: a humanidade está perdendo a guerra mundial contra uma espécie alienígena mortal ". A única esperança de sobrevivência é que os soldados e cidadãos do presente sejam transportados para o futuro e se juntem à luta."

Embora seja classificado como um filme de ficção científica, é mais um de monstros em que criaturas distorcidas de pesadelo assumem um papel extremo. O design é de Ken Barthelmey, criador dos monstros em Godzilla vs Kong , e é seu trabalho que faz com que os especialistas de Espinof chamem o filme de "ficção científica de guerra monstruosa no seu melhor" .

Viagem no tempo, violência, monstros e muitas armas em um mundo futurista em que o destino da humanidade está em jogo.

PEC aprovada no Senado acirra conflito entre STF e Congresso; veja a repercussão

 Após a aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), magistrados da Corte reagiram contra o Legislativo. Em resposta, membros do Congresso Nacional responderam que a resposta da Corte é desproporcional e que a PEC chancelada pelo Senado nesta quarta-feira, 22, seria apenas “o primeiro passo” no embate contra o Judiciário.

O presidente do STF, Luis Roberto Barroso (à esquerda), disse que as mudanças propostas pela PEC 8/2021 não são necessárias. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (à direita), respondeu que reações do Supremo foram "desproporcionais" Foto:
O presidente do STF, Luis Roberto Barroso (à esquerda), disse que as mudanças propostas pela PEC 8/2021 não são necessárias. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (à direita), respondeu que reações do Supremo foram "desproporcionais" Foto:© Fornecido por Estadão

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou na quarta-feira, 22, que a aprovação da PEC seria um “recado” dado pelo Congresso ao STF. “O Senado fez bonito. Hoje o Senado começou a dar um recado, uma resposta, a essa questão do poder ilimitado do Supremo. Existe um outro poder aqui que estava adormecido, estava subserviente. Mas, se Deus quiser, isso foi só um primeiro passo”, disse a parlamentar.

A resposta dos ministros para a PEC foi na sessão da Corte realizada nesta quinta-feira, 23. O presidente do Tribunal, Luís Roberto Barroso, disse que as propostas legislativas que visam alterar as atribuições da Casa “não são necessárias e não contribuem para a institucionalidade do país”. Barroso refutou que o STF tenha vontades sobre os casos que analisa. “Trazer uma matéria para a Constituição significa, em alguma medida, tirá-la da política e trazê-la para o direito”, afirmou.

Já o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes, argumentou que não há “justificativa plausível” para a PEC e considerou a emenda uma afronta ao Supremo. “É forçoso reconhecer que tal tentativa de alteração constitucional interfere direta e incisivamente no ato de julgamento, na validade e eficácia das decisões do Poder Judiciário, em especial deste STF”, disse Gilmar.

A fala de Gilmar gerou resposta do líder do PSD no Senado, o senador Otto Alencar (BA). Otto disse que o ministro veio com uma “bravata” e considerou que ele estaria equivocado ao achar que a emenda seja uma afronta. “Eu votei pela aprovação e não me intimido com ele, nem com Supremo, com nenhum tipo de instituição porque tenho uma vida pautada dentro da lei”, disse Alencar em entrevista à CNN nesta quinta-feira, 23.

O ministro Alexandre de Moraes subiu mais o tom e disse que a proposta do Congresso seria uma tentativa de intimidação ao STF. “Essa Corte não se compõe de covardes e nem de medrosos. A Constituição garantiu a independência do poder Judiciário proibindo qualquer alteração constitucional que desrespeite essa independência e desrespeite a separação de poderes”, afirmou Moraes.

domingo, 19 de novembro de 2023

CLÁUDIO QUEIROZ PARTICIPA DA EXPO INDÚSTRIA 2023


No quinto ano consecutivo a  FIEMA Federação das Indústrias do Maranhão realizou de 09 de 12 de novembro a Expo Indústria 2023 no Mult Center do SEBRAE na capital São Luís O evento contou com a participação das indústrias do estado do Maranhão.

Na ocasião o diretor da FIEMA em Açailândia Cláudio Queiroz marcou presença nos preparativos, recepção e participação. Cláudio Queiroz cumprimentou alguns empresários de cidade de Açailândia presente no evento.

Empresa da cidade como Aço Verde do Brasil, Suzano e Vale esteve com seus standard.

O objetivo foi apresentar o potencial das indústrias no estado para o Brasil e para o mundo. O tema escolhido para este ano foi ‘ INDÚSTRIA O FUTURO PASSA POR AQUI’

O diretor Cláudio Queiroz fez o convite para os empresários, à imprensa e instituições local de Açailândia para a Expo Indústria 2023.

O presidente Edilson Baldez sentiu-se honrado pela dimensão da Expo indústria 2023 pelo número de standard e pessoas que passaram pela feira. A ACII de Imperatriz apresentou o potencial de imperatriz com standard 

Cláudio Queiroz sempre representou e representa o município em evento promovido no estado. O mesmo vem sempre buscando atrair indústria e projeto de infraestrutura

Vendas de sorvetes aumentam mais de 50% com onda de calor

O setor de sorvetes teve uma alta de 50% nas vendas desde o início da onda de calor que acometeu o país nos últimos dias. A Abis (Associação Brasileira da Indústria de Sorvetes Abis) diz que alguns dos seus associados relataram um aumento ainda maior nas vendas, de até 100%. A onda de calor As temperaturas ultrapassaram os 40ºC graus em diversos pontos do país.

As empresas do setor têm falado em um aumento de, pelo menos, 50% nas vendas. Mas Eduardo Weisberg, presidente da Abis, diz que alguns associados falam em até 100% de aumento. O Brasil tem hoje 11 mil empresas ligadas ao setor de sorvetes e gelatos, sendo que 92% são micro e pequenas empresas.

Tenho conversado com algumas empresas, logicamente não todas, porque não dá tempo. Pela grande maioria que tenho conversado houve um incremento, no mínimo, de 50% nas vendas, em alguns locais, algumas empresas chegando a 100%, tudo depende da região, do calor, dos produtos, mas realmente há um incremento significativo. Eduardo Weisberg, presidente da Abis

A Oggi Sorvetes, por exemplo, relatou um aumento nas vendas de 300% desde o início dos dias mais quentes. "Estamos tendo recorde de vendas em todas as lojas as lojas nos últimos 3/4 dias", disse Rodrigo Mauad, fundador da empresa. Já a Sorvetes Rochinha, fala em um aumento de 200% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Apesar da alta da demanda, não faltou mercadoria. Isso porque o setor já preparava sua produção e estoque para o verão, que começa em dezembro.

Obviamente que [as empresas] estão repondo agora os produtos, trabalhando mais intensamente, mas não houve falta. [Houve] algum probleminha esporádico ou pontual, mas quem realmente está trabalhando muito, abrindo mais cedo e fechando mais tarde, são as sorveterias e gelaterias, aproveitando esse boom de vendas. Eduardo Weisberg, presidente da Abis…

Falta de energia não atrapalhou

A região Sudeste é a que mais consome sorvete no país, segundo números da Abis. Ela é responsável por 52% do consumo no país. Depois vêm as regiões Nordeste (19%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%).


São Paulo lidou nas últimas semanas com falta de energia em diversos pontos da cidade. A queda de energia generalizada aconteceu após fortes chuvas no dia três. Demorou uma semana para que a Enel reestabelecesse a energia em 100% de todos os imóveis e estabelecimentos atingidos.

40 lojas da Oggy precisaram fechar por 48 horas. Mas a situação normalizou e não voltou a acontecer, disse Rodrigo Mauad, da Oggi, ainda que a energia tenha caído novamente em alguns locais da capital após a chuva do último dia 15.

A fábrica da Rochinha Sorvetes fica em São José dos Campos, onde não faltou energia. Não houve relatos de lojas fechadas na ocasião. O presidente da Abis diz que a maioria dos problemas foi pontual. "Na minha fábrica não teve problema algum, por causa das câmaras na minha residência eu tenho também estoque e aguento firme, porque foram 6 horas sem energia, mas aí depende de cada empresa", diz.

Temperaturas vão amenizar

O Inmet emitiu um alerta no último dia oito sobre a onda de calor que estava prevista para acontecer. A expectativa era de que as temperaturas ficassem 5ºC acima da média por um período maior do que cinco dias.

15 estados e o Distrito Federal estavam com aviso de alerta vermelho no Inmet. São Paulo teve o segundo dia mais quente de sua história, atingindo os 37,7ºC na segunda (13) e na terça (14).

sábado, 11 de novembro de 2023

Disney adia sequência de "Deadpool", "Blade" e outros filmes após greve




 LOS ANGELES (Reuters) - A Walt Disney adiou o lançamento do filme da Marvel "Blade", um novo "Deadpool" e vários outros filmes na quinta-feira, conforme os estúdios de Hollywood ajustam os cronogramas após o fim da greve de quatro meses dos atores.

O próximo "Deadpool", que estava programado para chegar aos cinemas em maio, agora será lançado no final de julho, disse a Disney em um comunicado. Isso forçou a empresa a mudar seu lançamento planejado para julho de "Capitão América: Admirável Mundo Novo", para fevereiro de 2025.

Outro filme de super-herói da Marvel, "Thunderbolts", foi adiado para julho de 2025, enquanto "Blade" sairá em novembro de 2025.

A greve de 118 dias dos atores interrompeu a produção de séries e filmes. Depois que um acordo trabalhista foi alcançado na quarta-feira, os estúdios e os atores estão trabalhando em cronogramas para concluir projetos.

A Disney também transferiu a estreia de "Mufasa: O Rei Leão" para dezembro de 2024, cinco meses depois do planejado originalmente.

(Reportagem de Lisa Richwine)

Lula diz ao STF que não quis caluniar Bolsonaro ao criticar flexibilização do acesso a armas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse para o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 9, que “não tinha a intenção de caluniar” nem de “ofender a reputação ou a dignidade ou o decoro” de Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que o ex-presidente flexibilizou a posse de armas de fogo “para agradar o crime organizado”.

O presidente, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), responde a um pedido feito por Bolsonaro para o petista explicar declarações feitas durante o “Conversa com o Presidente” do dia 25 de julho. O ex-presidente pode usar a resposta como prova para propor uma ação criminal pelos delitos de injúria, calúnia e difamação.

Três trechos das declarações de Lula nessa ocasião desagradaram Bolsonaro. No primeiro, o presidente disse que “esse decreto de liberação de arma que o presidente anterior fez era pra agradar o crime organizado”. No segundo, que “eles (governo Bolsonaro) tentaram preparar um golpe. Sifu (sic)”. O terceiro, por fim, diz que a gestão passada queria criar “o Ministério das Armas, o Ministério da Violência, o Ministério das Fake News, o Ministério da Mentira”.

Os advogados de Bolsonaro pediram que o presidente explique o que significa a expressão “sifu”, o que quis dizer com essas três afirmações e se as diria novamente. O relator é o ministro André Mendonça, que abriu prazo para Lula se explicar.

O argumento que a AGU usa na manifestação é de que não há qualquer tipo de ilícito nas declarações do presidente e que ele agiu dentro dos limites da liberdade de expressão do debate político. “Nada há de ofensivo ou equívoco nas declarações veiculadas na exordial, mas cuida-se de exercício regular de direito de crítica, dentro do debate político”, diz a resposta de Lula, que é assinada pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, um dos favoritos para a vaga aberta pela aposentadoria de Rosa Weber no STF.

Ao dizer que o presidente “não teve intenção”, a AGU afirma que não houve “dolo” nas suas declarações. Isso é um dos requisitos legais para a existência dos crimes de injúria, calúnia e difamação. “Não basta que as palavras sejam aptas a ofender, sendo necessário que sejam proferidas com esta finalidade, sob pena de criminalizar-se o exercício da crítica, manifestação do direito fundamental à liberdade de expressão”, diz Messias na manifestação em que representa Lula.

Bolsonaro também move queixa-crime contra Lula

No dia 24 de outubro, Bolsonaro acionou o Supremo, mas de forma mais incisiva. Dessa vez, ele pede que Lula seja condenado criminalmente por declarações feitas na cerimônia de sanção da Lei Paulo Gustavo, vetada pelo ex-presidente.

Na ocasião, que ocorreu dia 11 de maio, além de prometer investigações, Lula chamou Bolsonaro de “paladino da discórdia, paladino da ignorância e paladino do negacionismo”. No discurso, o petista também mencionou uma mansão, de propriedade do irmão do tenente-coronel Mauro Cid, no sul da Califórnia (EUA).

Bolsonaro acusa o petista de injúria e difamação por tê-lo vinculado à mansão da família do ex-ajudante de ordens da Presidência. O caso foi distribuído para o gabinete do ministro Luiz Fux e aguarda decisão do magistrado.