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quinta-feira, 25 de março de 2021

Nota Triste: O Mundo Sindical tem uma grande perda, Valter Cézar Diretor de Comunicação do SINDSEP/MA


 

'Um erro após o outro': como a AstraZeneca passou de heroína a vilã na pandemia

Série de erros expôs o laboratório a críticas demolidoras de legisladores e autoridades da saúde, manchando a sua imagem heroica no combate à Covid-19

Vacina de Oxford/Astrazeneca
Vacina de Oxford/Astrazeneca
Foto: Luiz Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo (5.fev.2021)

Londres (CNN Business) – Depois de se associar à Oxford University, a AstraZeneca produziu uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19 em apenas nove meses. É uma grande conquista que ajudará a acabar com a pandemia. Mas uma série de erros ao longo do caminho expôs o laboratório a críticas demolidoras de legisladores e autoridades da saúde, manchando a sua imagem heroica no combate ao coronavírus.

A indústria farmacêutica anglo-sueca deu erroneamente a alguns voluntários meia dose da vacina durante os ensaios clínicos, e tem sido criticada por omitir informações cruciais em suas declarações públicas. Os reguladores dos EUA questionaram a precisão de seus dados de vacinas. Graves atrasos na produção na Europa resultaram em uma tempestade política e um colapso nas relações com os líderes da União Europeia.

“A questão é que a AstraZeneca não está sendo clara, o que justifica as desconfianças”, sentenciou Philippe Lamberts, um membro belga do Parlamento Europeu, em uma entrevista de rádio à BBC na quarta-feira (24).

O atraso da AstraZeneca na entrega de dezenas de milhões de doses prometidas à União Europeia, que luta para implantar programas de vacinação, levou o bloco a impor restrições à exportação que inviabilizaram pelo menos uma remessa de vacinas para Austrália. Os líderes podem tornar as  restrições à importação ainda mais apertadas nesta quinta-feira (25).

Enquanto isso, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA expressou preocupação, no início desta semana, depois que a AstraZeneca apresentou dados “desatualizados” do ensaio da eficácia da vacina. O doutor Anthony Fauci, diretor da agência, chamou o caso de “um erro não forçado” que pode minar a confiança em uma “vacina muito boa”.

A AstraZeneca atualizou seus dados na quinta-feira, informando que os testes mostraram que sua vacina é 76% eficaz na prevenção dos sintomas de Covid-19, retificando a informação de 79% de eficácia, divulgada no início da semana. A rara reprovação dos reguladores norte-americanos foi um grande golpe para a credibilidade da empresa.

“Eles cometeram um erro após o outro”, acusou Jeffrey Lazarus, chefe do grupo de pesquisa de sistemas de saúde do Instituto de Saúde Global de Barcelona.

Salto de fé

A AstraZeneca entrou na crise da Covid-19 com pouca experiência em vacinas. Nos últimos anos, ela gerou grande parte de sua receita com a produção de medicamentos populares contra o câncer, como o Tagrisso, usado no tratamento do câncer de pulmão.

Mas, quando chegou a pandemia, a empresa decidiu entrar na corrida para desenvolver um imunizante revolucionário.

“Não acho que eles tinham a intenção de ser uma empresa de vacinas”, disse Andrew Berens, uma analista da indústria farmacêutica do SVB Leerink. “Creio que embarcaram nisso –e eles têm sido bem transparentes sobre isso– porque queriam ajudar a humanidade e lutar contra o flagelo de Covid-19”.

Os esforços valeram a pena. A AstraZeneca recebeu autorização de uso emergencial no Reino Unido no final de dezembro e na União Europeia um mês depois. Como a vacina era mais barata e podia ser armazenada em temperaturas mais altas do que as desenvolvidas pela Pfizer e Moderna, ela foi anunciada como um avanço, especialmente para países menos ricos que podem carecer de redes de logística sofisticadas.

A AstraZeneca gerou ainda mais boa vontade ao se comprometer a fornecer sua vacina sem lucro durante a pandemia e ao firmar parceria com o Serum Institute of India, que concordou em produzir mais de 1 bilhão de doses para países de baixa e média renda.

“Eles entraram em uma área pela qual não são conhecidos e se saíram muito bem”, elogiou Lazarus.

Erro após erro

Quase imediatamente, no entanto, os problemas começaram a surgir. Antes que a dose da AstraZeneca recebesse a aprovação para uso emergencial, a empresa enfrentou dúvidas sobre os dados de testes em grande escala apresentados em novembro.

Os voluntários receberam diferentes doses devido a um erro de fabricação, criando confusão sobre sua real eficácia. A AstraZeneca não mencionou que um erro causou a discrepância de dosagem em seu anúncio inicial, gerando preocupações sobre a falta de transparência.

“Odeio criticar colegas acadêmicos ou qualquer pessoa nesse assunto, mas divulgar informações como essa é como nos pedir para tentar ler a sorte em folhas de chá”, afirmou à época o doutor Saad Omer, especialista em vacinas da Escola de Medicina de Yale.

Em janeiro, a comissão de vacinas da Alemanha disse que as vacinas da AstraZeneca não deviam ser dadas a pessoas com mais de 65 anos, citando dados insuficientes para a faixa etária. A França também limitou inicialmente as vacinas da AstraZeneca aos menores de 65 anos. Ambos os países mudaram de posição no início deste mês.

Lazarus chamou esses problemas de “facilmente evitáveis”, uma vez que estavam vinculados ao design do ensaio.

A AstraZeneca disse que seus dados clínicos confirmam a eficácia na faixa etária acima de 65 anos. Em uma entrevista em janeiro, o CEO Pascal Soriot disse que os cientistas de Oxford que realizam os testes não queriam recrutar pessoas mais velhas até que tivessem “acumulado muitos dados de segurança” para aqueles com idade entre 18 e 55 anos.

Se o lançamento da vacina tivesse sido tranquilo, esses tropeços poderiam ter sido esquecidos. Mas a contínua escassez de vacinas na Europa, que agora enfrenta uma terceira onda de infecções por coronavírus, desencadeou uma crise política no bloco. Os líderes da União Europeia se reuniriam na quinta-feira (25) para decidir se iriam adotar propostas da Comissão Europeia para controles ainda mais rígidos sobre a exportação de vacinas feitas no bloco, incluindo as da AstraZeneca.

“Temos a opção de proibir uma exportação planejada", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma entrevista recente. “Esta é a mensagem para a AstraZeneca: é preciso cumprir seu contrato com a Europa antes de começar a entregar para outros países”.

Os países europeus expressaram frustração com o fato de que o Reino Unido parece ter sido priorizado para entrega e que dezenas de milhões de doses estão sendo enviadas para o exterior.

As frustrações surgiram nesta semana depois que 29 milhões de doses da vacina da AstraZeneca foram descobertas em uma “batida” em uma fábrica na Itália.

Um porta-voz da AstraZeneca rejeitou relatos de que as doses faziam parte de um “estoque”, dizendo que a vacina era feita fora da União Europeia e que tinha sido trazida à fábrica para ser colocada em frascos antes da distribuição na Europa e exportação para países de baixa e média renda.

O vice-presidente da Comissão da UE, Valdis Dombrovskis, disse que não poderia comentar sobre a origem ou uso potencial das doses supostamente descobertas na Itália, mas observou que a farmacêutica está “muito longe de seus compromissos contratuais”.

Alguns políticos e meios de comunicação podem estar procurando um bode expiatório enquanto os programas de vacinação tropeçam.

Mesmo assim, Simona Guagliardo, analista do European Policy Center, disse que os atrasos na entrega da AstraZeneca “certamente desempenharam um papel na desaceleração da vacinação em toda a Europa”.

“O que parece claro é que a AstraZeneca pode ter prometido demais em termos de distribuição em comparação com a capacidade de produção real”, disse a analista.

Caminho difícil à frente

De acordo com Prashant Yadav, especialista em cadeia de suprimentos médicos e pesquisador sênior do Center for Global Development, a AstraZeneca parece ter se espalhado muito, com uma cadeia de suprimentos de longo alcance que tem mais probabilidade de ter tropeços do que as vacinas da Pfizer e Moderna. A AstraZeneca apregoa ter construído mais de uma dúzia de cadeias de abastecimento regionais para produzir sua vacina, com mais de 20 parceiros em mais de 15 países.

Segundo Yadav, também é mais difícil prever quanta vacina pode ser produzida a partir de lotes do produto da AstraZeneca devido ao tipo de componentes que o imunizante contém, embora essa variabilidade talvez pudesse ter sido antecipada ao redigir os contratos. A AstraZeneca não quis comentar, mas citou “vazão abaixo do esperado do processo de produção” como uma grande complicação na Europa.

“À medida que nossas equipes aprendem umas com as outras e melhoram seus conhecimentos, o rendimento está aumentando”, disse Soriot em fevereiro. “A fabricação de uma vacina é um processo biológico muito complexo”.

Nem todas as dores de cabeça da AstraZeneca são resultado de erros corporativos, observou Lazarus. Ele não culpa a empresa por temores sobre efeitos colaterais como coágulos sanguíneos, que fizeram com que mais de uma dúzia de países europeus interrompessem a vacinação no início deste mês. O regulador da União Europeia conduziu uma revisão urgente na semana passada e concluiu novamente que a vacina é segura.

Mas outras preocupações –como a alegada deturpação de dados em seus recentes julgamentos nos Estados Unidos– sem dúvida prejudicaram a reputação da empresa, especialmente em comparação com outros fabricantes de medicamentos que produziram vacinas seguras e eficazes, mas geraram menos manchetes negativas.

Ronn Torossian, CEO da 5W Public Relations, observou que os deslizes da AstraZeneca ocorrem em um momento em que a desconfiança das autoridades e os benefícios da vacinação permanecem altos, aumentando as apostas. “O público já está cético. Acho que é algo muito, muito difícil para a AstraZeneca resolver neste momento”, afirmou.

Berens, do SVB Leerink, acredita que a empresa será capaz de superar esses problemas, especialmente porque produzir vacinas não é um negócio do qual depende para ganhar dinheiro.

As ações da empresa caíram mais de 2% em 2021, ficando atrás dos ganhos no FTSE 100, mas as ações da Pfizer também perderam terreno desde o início do ano.

Mas Berens se pergunta: se a AstraZeneca pudesse voltar no tempo, ela escolheria se envolver novamente na produção de vacinas com muitos recursos? Nesse ponto, ele já não tem tanta certeza assim.

- Chris Liakos contribuiu com reportagem.

Presidente da Suzano adverte sobre risco de déficit global de papel higiênico


Presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, diz que déficit na produção de papel higiênico está atrelado ao aumento de demanda de entregas marítimas e a escassez de cargueiros. Empresa é uma das 10 maiores produtoras de celulose do mercado global

Em meio à pandemia da COVID-19, o mundo poderia passar a enfrentar déficit de papel higiênico, segundo advertiu o presidente da empresa brasileira Suzano Papel e Celulose, em entrevista à agência Bloomberg.

A causa do alegado déficit é o aumento de demanda de entregas marítimas e a escassez de cargueiros. Os exportadores de bens transportados em contêineres já sentiram o problema. Atualmente, poderiam surgir problemas com cargas em outros tipos de embalagens, como sacos, barris e caixas.

O presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, afirmou em entrevista à Bloomberg sobre o surgimento do problema de exportação de polpa de celulose, utilizada para fabricação de papel higiênico.

A Suzano Papel e Celulose é uma das 10 maiores produtoras de celulose do mercado global, realizando um terço de todas as entregas mundiais de matéria-prima para fabricação de papel higiênico. Vale destacar que a Suzano já recebeu menos entregas em março do que esperava e teve de adiar algumas para abril.

Devido ao aumento da concorrência em navios de carga, os cargueiros de carga geral acabam atracando com menos frequência nos terminais da empresa, segundo Schalka.

"Todos os jogadores sul-americanos que exportam cargas gerais têm enfrentado este risco", disse Schalka.

Schalka está preocupado que os problemas de transporte continuem crescendo e a situação piore. Perturbações significantes no comércio de polpa de celulose podem afetar o fornecimento de papel higiênico se os produtores não tiverem estoques.

Conheça a Nova Amarok! Imagem oficial da VW adianta nova geração da Amarok

 Picape será fabricada na África do Sul e está sendo desenvolvida em parceria com a Ford


Enquanto ainda não se sabe qual será o destino da Volkswagen Amarok no Brasil, o desenvolvimento da segunda geração da picape segue ocorrendo em parceria com a Ford. O modelo atual é fabricado na Argentina, mas a marca alemã já adiantou que a novidade será construída na África do Sul e que ela deve ser revelada ainda em 2021.


Agora, a Volkswagen revelou uma nova imagem oficial, adiantando como deverá ser o visual da nova Amarok, que compartilhará componentes com a próxima geração da Ford Ranger. Enquanto a picape renovada da marca do oval azul permanecerá sendo feita em Pacheco (ARG), a da VW, até o momento, será fabricada apenas no continente africano. Segundo a operação argentina da empresa, a atual geração permanece em linha “até segunda ordem”.

Na imagem, pode-se ver que a nova Volkswagen Amarok seguirá as linhas retas e robustas que vêm marcando os recentes lançamentos de SUVs da marca, como o Atlas e o Taos, que deve chegar em breve ao mercado brasileiro. Carsten Intra, CEO da divisão de veículos comerciais da VW afirmou que “não será apenas uma picape fantástica. Será também um Volkswagen genuíno com claro DNA de tecnologia e design”. A mensagem do executivo pode ser traduzida como uma tentativa de desvencilhar a imagem de que a nova Amarok seria apenas uma “Ranger com emblema VW”. 

Mas o fato é que, com o desenvolvimento em conjunto, a dupla terá muitos itens compartilhados. Com o recente anúncio da Volkswagen de que não desenvolverá novos motores a combustão, a solução seria recorrer aos propulsores que a Ford já oferece globalmente. Eles vão desde um 2.5 quatro cilindros a gasolina a um poderoso 3.0 V6 turbodiesel utilizado na F-150 dos EUA, passando por um 2.3 turbo a gasolina e até uma opção híbrida.

Guedes fala em volta do Auxílio Emergencial de R$ 600


Apesar da aprovação do Auxílio Emergencial em quatro parcelas com parcelas de R$ 150 a R$ 375, diversos senadores, parlamentares e governadores vem questionando a possibilidade de aumentar o valor do benefício para R$ 600, valor este que foi pago durante os cinco primeiros meses de benefício em 2020.

No entanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou nesta quinta-feira (25) que existe sim a possibilidade de pagar um benefício mais alto, a possibilidade não está descartada, no entanto isso dependerá de contrapartidas, como a venda de empresas públicas que dão prejuízo para o governo.

“O estado está financeiramente quebrado, mas cheio de ativos. Vimos que é possível aumentar o valor, mas tem que ser em bases sustentáveis. Se aumentar o valor sem por outro lado ter as fontes de recursos corretas, traz a superinflação ou a inflação de dois dígitos como era antigamente. O resultado final é desemprego em massa e o imposto mais cruel sobre os mais pobres que é a inflação”, disse Paulo Guedes.

Guedes deu a resposta diante do questionamento dos senadores Wellington Fagundes (PL-MT), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Zenaide Maia (Pros-RN). O senador Styvenson registrou que 16 governadores de estados enviaram uma carta pressionando o Congresso para aumentar o valor do auxílio emergencial para o patamar de 2020, de R$ 600.

EMPRESÁRIOS TOMAM VACINA ÀS ESCONDIDAS

 Grupo do setor de transporte importou o imunizante da Pfizer e, violando a lei, não fez a doação para o SUS e vacinou familiares a 600 reais pelas duas doses



Um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares, tomou na terça-feira, dia 23, a primeira das duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em Belo Horizonte. Eles compraram o imunizante por iniciativa própria e não repassaram ao SUS (Sistema Único de Saúde), como prevê a lei. A segunda dose está prevista para ser aplicada nas cerca de cinquenta pessoas daqui a trinta dias. As duas doses custaram a cada pessoa 600 reais.

O ex-senador Clésio Andrade, ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), foi um dos agraciados. “Estou com 69 anos, minha vacinação [pelo SUS] seria na semana que vem, eu nem precisava, mas tomei. Fui convidado, foi gratuito para mim”, disse ele à piauí. Uma fonte familiarizada com o caso disse à revista que a vacina era da Pfizer, mas o laboratório nega que tenha vendido seu imunizante no Brasil “fora do âmbito do programa nacional de imunização”.

Segundo pessoas que se vacinaram na ocasião, os organizadores foram os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur. Uma garagem de uma empresa do grupo foi improvisada como posto de vacinação. A piauí telefonou e mandou mensagem para Rômulo Lessa, que não respondeu.

O Congresso aprovou há cerca de vinte dias um projeto de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que autoriza a compra de vacinas pela iniciativa privada, mas determina que todas as doses devem ser doadas ao SUS até que os grupos de risco – 77,2 milhões de pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde – tenham sido plenamente imunizados em todo o país. O Brasil vacinou menos de 15 milhões de pessoas até agora.

Mesmo depois da imunização dos grupos prioritários, as vacinas compradas pela iniciativa privada devem ser divididas meio a meio com o SUS, numa operação fiscalizada pela pasta. O Ministério da Saúde enviou uma nota na qual diz que “as doses contratadas pela pasta da Pfizer/BionTech ainda não chegaram ao Brasil. A previsão do laboratório é entregar a primeira remessa a partir de abril ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) – que é a base da vacinação de todos os brasileiros contra a Covid-19”.

O deputado estadual de Minas Alencar da Silveira (PDT) também foi vacinado, segundo relatos de pessoas presentes. Silveira contou às pessoas que estavam no local da vacinação que já tinha tido Covid, mas que seu médico autorizara que se imunizasse. À piauí, Silveira confirmou que já tinha sido infectado pelo novo coronavírus, mas negou que tivesse participado da imunização paralela. “Não estou sabendo, não. Até gostaria, mas estou com coronavírus, nem posso”, afirmou.

De acordo com relatos, o grupo foi vacinado por uma enfermeira que se atrasou porque estava imunizando outro grupo na Belgo Mineira, mineradora hoje pertencente à ArcellorMittal Aços. Em nota, a ArcelorMittal afirmou que nunca comprou nenhuma vacina para o combate da Covid-19 da Pfizer ou de qualquer outra empresa farmacêutica. “A empresa nunca fez nenhum contato com a Pfizer ou qualquer outra empresa do setor farmacêutico para compra direta de vacinas contra o coronavírus. A Abertta Saúde, empresa de gestão de saúde da ArcelorMittal, atua como posto avançado de vacinação do SUS junto às Secretarias Municipais de Saúde de Belo Horizonte e de Contagem. No entanto, a ArcelorMittal desconhece qualquer atuação de seus profissionais em atos correlacionados à vacinação fora dos protocolos do Ministério da Saúde e do Programa Nacional de Imunização – PNI.”

Em nota, a Pfizer disse que “nega qualquer venda ou distribuição de sua vacina contra a COVID-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização. O imunizante COMIRNATY ainda não está disponível em território brasileiro. A Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 ao longo de 2021”.

Após a publicação da reportagem, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), presidente da CPI dos Fura-Filas da Vacina na Assembleia de Minas, afirmou que, na quinta-feira, vai “ouvir Ministério Público, corregedoria e ouvidoria do governo”. O objetivo é averiguar se a CPI tem competência para investigar o caso.

terça-feira, 16 de março de 2021

O Blog hoje Parabeniza Jardene Saldanha Adelino Pelo Seu Dia, Feliz Aniversario

Parabéns
 Jardene Saldanha;
Mulher forte, mãe, amiga, irmã a familia Saldanha Adelino te parabeniza pelo seu dia...



Parabéns pelo seu dia.
👏👏👏👏

Que ao receber essa mensagem seu coração pulse mais forte, seus olhos brilhem e seus lábios sorriam. Esta é minha forma mais espontânea e simples para que você faça desse dia uma data muito importante
para quem está a sua volta.
Quero encher essa mensagem de flores, sorrisos, palavras significativas ao nível da sua bondade. Quero colocar dentro desta mensagem todos os corações que te apreciam, toda a luz e paz que você merece.
parabéns
minha irmã, te amamos muito...

Jarlis Adelino e família

Estação Espacial Internacional libera "lixo" pesando mais de duas toneladas

Na última semana, os controladores de solo da NASA enviaram comandos à Estação Espacial Internacional (ISS) para o despejo de um palete cheio de baterias velhas, com peso total aproximado de 2,9 toneladas — o objeto mais pesado já liberado da ISS. O compartimento de lixo permanecerá em órbita por dois ou quatro anos antes de se queimar ao entrar na atmosfera terrestre.



O transporte de suprimentos para a ISS feito através do Veículo de Transferência H-II (HTV), do programa espacial japonês, é muito comum. Após cumprir seu propósito, o veículo é deixado em órbita para que, posteriormente, ele se queime ao adentrar a atmosfera. Acontece que a carga da vez é gigantesca, mas Leah Cheshier, especialista em comunicações da NASA, diz que, assim como todas as outras, este palete deve queimar “inofensivamente” — se eventualmente sobrar algum pedaço nesse processo, ele cairá sobre o Oceano Pacífico.

O palete entregou à ISS, em maio do ano passado, porta-baterias com seis baterias de íons lítio que foram conectadas à estrutura de energia solar da estação espacial. Essa foi a nona e última vez que uma nave de abastecimento HTV estacionou por lá.

Lixos espaciais são pedaços de espaçonaves, satélites desativados e parte de foguetes usados em lançamentos, que ficam em uma região denominada baixa órbita da Terra. São objetos potencialmente perigosos se caírem na superfície, caso pedaços deles sobrevivam à queima atmosférica.

Mas o controle da missão afirma que este palete peso-pesado que foi liberado da ISS não oferece risco para o planeta. Ele seguirá em uma órbita segura até se queimar totalmente na atmosfera, o que acontecerá dentro de dois ou quatro anos.

Fonte: Futurism

Igreja Católica não pode abençoar uniões homossexuais, afirma Vaticano

 O Vaticano disse nesta segunda-feira (15) que padres e outros ministros da Igreja Católica não podem abençoar uniões homossexuais, e que tais bênçãos "não são lícitas" se forem realizadas.                            


A Congregação para a Doutrina da Fé, o organismo doutrinário do Vaticano, divulgou a determinação em resposta a dúvidas e ações de algumas paróquias sobre a concessão dessas bênçãos como um gesto de acolhimento de católicos gays, já que a Igreja não permite o casamento homossexual.

O papa Francisco aprovou a resposta, afirmou a congregação, acrescentando que ela "não pretende ser uma forma de discriminação injusta, mas antes um lembrete da verdade do rito litúrgico".

Ela ainda disse que tais bênçãos não são permitidas, embora sejam "motivadas por um desejo sincero de acolher e acompanhar pessoas homossexuais" e ajudá-las a crescer na fé.

A nota da congregação lembrou que, como o casamento entre um homem e uma mulher é um sacramento, e bênçãos estão relacionadas ao sacramento do casamento, essas não podem ser estendidas a casais homossexuais.

"Por essa razão, não é lícito administrar uma bênção em relacionamentos ou parcerias, mesmo estáveis, que envolvem atividade sexual fora do casamento (ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher aberta em si mesma à transmissão da vida), como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo."

Marvel anuncia nova série do Hulk

Hulk é um dos personagens mais populares da Marvel. Nos cinemas, o personagem tem aparecido nos filmes dos Vingadores.



Mas, nos quadrinhos, a Marvel dedica todo um universo para o Gigante Esmeralda. A editora anunciou mais uma série do Hulk nas HQs.

A derivada é sobre a equipe Gamma Flight, que aparece nas páginas de Immortal Hulk. Al Ewing, escritor da série principal, volta para essa história ao lado de Crystal Frasier.

A arte de Gamma Flight fica por conta de Land Medina. A história toca em uma equipe da Marvel que deveria derrotar o Hulk.

Porém, o contato com o Gigante Esmeralda os prejudicou. Agora, os personagens são fugitivos após não conseguirem matar Bruce Banner.

A equipe é formada por Pigmeia, Homem-Absorvente, Titania, Sasquatch, Doutora Charlene McGowan e um transformado Rick Jones. O personagem costumava ser um ajudante do Hulk.

A história chega em junho de 2021. Confira abaixo a capa da primeira edição da série derivada de Hulk.

E o Hulk no MCU?

Nos cinemas, a última aparição do Hulk foi em Vingadores: Ultimato. O herói ainda voltará, mas não há a confirmação de um novo arco de Bruce Banner.

O que se sabe é que o personagem deve aparecer em Mulher-Hulk, série do Disney+. A partir disso, mais sobre o futuro do herói na Marvel pode ser revelado.

A última personagem importante a ser co-criada por Stan Lee, Mulher-Hulk é Jennifer Walters, advogada e prima de Bruce Banner.

Uma transfusão de sangue de emergência de seu primo dá a Walters seus poderes, mas ao contrário de Banner/Hulk, Mulher-Hulk é capaz de manter sua inteligência e personalidade.

O projeto é apenas um de um conjunto de seriados aguardados que a Marvel está desenvolvendo para o Disney+.

Tatiana Maslany também se torna o mais recente talento feminino a liderar um projeto da Marvel seguindo os passos de Brie Larson em Capitã Marvel e Scarlett Johansson no filme da Viúva Negra.

O chefe da Marvel, Kevin Feige, tornou sua missão diversificar o MCU e esta última adição ao universo faz exatamente isso.

Mais conhecida por seu trabalho em Orphan Black, Maslany teve um papel altamente elogiado em Perry Mason da HBO, ao lado de Matthew Rhys. Do lado do cinema, ela foi vista nos filmes O Que te Faz Mais Forte e O Peso do Passado.

Ainda não há data de lançamento para a série da Mulher-Hulk, com Tatiana Maslany.

domingo, 14 de março de 2021

Açailândia-MA, 03 homicídios Registrados nesse Sábado 13 de março de 2021

 Irmãos suspeitos de integrar quadrilha de ‘assaltantes de banco’ são executados em Açailândia

14/03/2021 às 09:56 em Sem categoria

As policias Civil e Militar do Estado do Maranhão, por meio da 9ª Delegacia Regional de Açailândia e 26º Batalhão de Polícia Militar, estão investigando um triplo homicídio ocorrido na tarde deste sábado (13), em Açailândia.

De acordo com informações colhidas pelo Blog, os irmãos identificados como Eliomar Gomes da Silva (38), Ricardo Alves Viana (34) e Wesley Trindade da Silva (32), se encontravam em uma barbearia na Av. Principal da Vila Ildemar, quando dois homens armados adentraram o estabelecimento e disparam vários tiros contra as vitimas, que morreram no local.

Vida Pregressa

Em 2012, Eliomar Gomes da Silva e Elielson Gomes da Silva (irmãos), foram presos por integrar um bando suspeito de vários assaltos a ônibus, cargas e agências bancárias, entre os munícípios de Santa Luzia do Tide e Buriticupu, e estados vizinhos.

Na época, os mesmos estavam de posse de 02 (dois) fuzis, sendo 01 (um) AR-15 calibre 556 e 01 (um) FAL 762 amarelo (exclusivo das forcas armadas), 01 (uma) escopeta calibre 12 e 01 (uma) pistola colt 45, que eram usados para praticar os assaltos, segundo a policia.

Já Ricardo Alves Viana, tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por crime de Maria da Penha, por ter sequestrado a ex-mulher. O pedido de prisão é da Delegacia Especial da Mulher (DEM), de Açailândia.

O Blog não encontrou nenhum registro de crimes praticado por Wesley Trindade.

Elielson, preso em 2012, citado no inicio da matéria, teria morrido na cadeia.

Publicado por: http://www.amarcosnoticias.com.br/ 

Deputado contrário à vacina obrigatória morre aos 54 anos de coronavírus

Morreu de Covid-19 o deputado estadual Silvio Fávero (PSL), do Mato Grosso, aos 54 anos. Ele estava internado desde 4 de março em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital particular da cidade de Cuiabá.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Fávero havia apresentado um projeto de lei, em 2 de fevereiro deste ano, contrário à obrigatoriedade da vacinação. Na proposta, o deputado exaltava “o direito à vida e à liberdade” e que “o direito fundamental à  vida é colocado em risco com a implementação de uma política de vacinação compulsória”.

Nas redes sociais, sua família manifestou luto e disse que o quadro de saúde se agravou na madrugada deste sábado 13, devido a uma infecção generalizada.

“Deus receba em paz nosso grande guerreiro, que bravamente lutou pela vida e hoje, com muita fé em Deus, segue aos braços do Pai Maior”, diz publicação.

Mineração e Siderurgia Preços de Metais em Alta

A Ágora Investimentos elevou os preços-alvo das ações da mineradora Vale (VALE3), bem como das siderúrgicas Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4), após enxergar uma grande desconexão nas expectativas.



Na opinião dos analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi, os valuations das empresas estão ainda mais atraentes, com os preços dos metais superando as projeções da corretora.

A demanda por aço também continua forte no BrasilEstados Unidos e México, e não deve, segundo a Ágora, diminuir antes do terceiro trimestre.

“Agora consideramos os preços médios do minério de ferro em US$ 140/tonelada em 2021 (acima dos US$ 130 anterior) e US$ 100/tonelada em 2022 (versus US$ 90 anterior), ao mesmo tempo que consideramos os preços de venda do aço mais altos”, destacaram Lofiego e Mussi.

Dessa forma, a Ágora elevou as estimativas de Ebitda para 2021/22 em 10-20%, aumentando a diferença com os números projetados pelo consenso.

Os novos preços-alvo estipulados pela Ágora são de R$ 133 para a Vale, R$ 22 para Usiminas e R$ 33 para Gerdau. As três empresas estão com recomendação de compra, mas a corretora reiterou preferência pelos dois primeiros nomes.

Em relação à CSN (CSNA3), a Ágora segue com uma abordagem mais restrita.

Sem vacina, pandemia será severa até 2022

Epicentro da pandemia, o Brasil vê o número de casos e mortes aumentar a cada dia em descompasso com a vacinação, que teve a previsão de doses para março reduzida. Mantido o atual ritmo, o Brasil pode chegar a 15 milhões de infectados e a 100 mil casos por dia, na média móvel, antes do fim de março, segundo projeções do cientista da USP de Ribeirão Preto Domingos Alves, do portal Covid-19 Brasil. Usando um modelo conservador, ele projeta que o país chegará a 70 mil casos diários na média móvel na semana que vem.


A devastação da Covid-19 não cessa e Alves estima que o país chegará a 300 mil mortos entre 25 e 27 de março, talvez antes. A previsão se baseia em uma taxa de 1.500 mortes por dia. Porém, Alves também avalia que devemos alcançar a marca de 2.000 mortes diárias, na média móvel, até o fim da semana que vem. E até o dia 26 , calcula, poderemos ter 3.000 óbitos por dia.

O país vacinou, até a noite de sexta-feira, apenas 4,50% de sua população, e somente 1,64 % tomaram as duas doses. Mas, na quarta, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reduziu de 30 milhões para de “de 22 a 25 milhões” as doses que devem chegar até o fim do mês. Foi a quinta diminuição no cronograma de vacinação do governo. A cobertura vacinal de 70% da população, considerada a mínima necessária para uma imunidade coletiva, não será alcançada antes do fim do ano, afirmam especialistas.

Para a volta à normalidade, três variáveis devem ser consideradas, afirma o vacinologista Herbert Guedes, professor do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes/UFRJ. São elas os números de vacinados, de casos graves de Covid-19 e de novos casos. Somente quando o de vacinados aumenta ao passo que os demais diminuem, será possível pensar em flexibilização de medidas coletivas e pessoais.

—O atual cenário é o de esgotamento do sistema de saúde e de total descontrole do coronavírus devido à falta de uma política pública nacional contra a pandemia. Nunca fizemos distanciamento corretamente e tampouco agora temos vacinação em massa, com falta de doses e de logística. É impossível neste momento saber quando a vacinação terá impacto no Brasil — afirma a sanitarista e epidemiologista Carla Domingues, que esteve à frente do Programa Nacional de Imunizações (PNI) por oito anos (2011-2019).

Fachin afirma que suspeição de Moro tem potencial para anular toda a Lava Jato

Em entrevista ao jornal 'O Globo', ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) também comentou a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin afirmou que a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro tem potencial para anular toda a Operação Lava Jato.

O magistrado, que é o relator na Suprema Corte dos processos da operação, concedeu entrevista ao jornal “O Globo”, publicada neste sábado (13).

A Segunda Turma do STF analisa se Moro agiu com parcialidade ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá, investigação no âmbito da Operação Lava Jato no Paraná.

Dos cinco ministros da turma, quatro já votaram, e o resultado está 2 a 2. O julgamento acabou adiado por um pedido de vista de Nunes Marques. Em tese, o voto dele, sem data para ser apresentado, seria o decisivo.

"Na suspeição, observadas as bases de decidir – está se alegando conspiração do magistrado com a força-tarefa do MP – é potencial a extensão da decisão a todos os casos da Operação Lava-Jato denunciados perante a 13ª Vara Federal de Curitiba nos quais houve função da força-tarefa do MPF e do ex-juiz Sergio Moro”, disse Fachin.

Anulação das condenações de Lula

Fachin também foi questionado sobre a sua decisão de anular todas as condenações de Lula pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Lava Jato.

Ele atendeu a um pedido de habeas corpus da defesa do ex-presidente que alegava que a 13ª Vara Federal de Curitiba seria incompetente para julgar processos contra Lula uma vez que não teriam relação com os casos envolvendo a Petrobras.

Com isso, foram anuladas quatro ações — as do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e duas ações relacionadas ao Instituto Lula. Sem as condenações, Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível.

Pela decisão de Fachin, os processos deverão ser analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos quatro processos podem ou não ser validados e reaproveitados. A Procuradoria-Geral da República (PGR), porém, recorreu do ato de Fachin.


Ao ser perguntado sobre o tema na entrevista a "O Globo", Fachin disse que “somente em novembro do ano passado que esse pedido se dirigiu ao STF de modo direto com esse propósito”.

O magistrado afirmou ainda que isso não significa que o assunto anteriormente não tenha sido tratado.

"Como eu disse na mesma decisão, a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba sempre esteve em debate perante o Supremo Tribunal Federal em outros casos, destacando-se os precedentes a partir dos quais foram sendo realizados recortes, isto é, o colegiado da Segunda Turma (normalmente fiquei vencido) foi diminuindo a competência daquela Vara no âmbito da Operação Lava-Jato. Há copiosos exemplos disso. E chamo atenção para isso: são processos de outros investigados, e casos não exclusiva e diretamente do ex-presidente.”

Fachin reforçou que a anulação das condenações não significa absolvição do ex-presidente em relação aos crimes dos quais foi acusado.

"O tema posto é exclusivamente a aplicação do entendimento majoritário do colegiado da Turma sobre a competência. Somente isso”, disse.

"A definição do juiz competente é pressuposto de legitimidade da prestação jurisdicional e não se confunde com o mérito da acusação formulada”, afirmou.

Operação Spoofing

Na entrevista ao jornal, Fachin também falou sobre os supostos diálogos apreendidos na Operação Spoofing, realizada em julho de 2019.

A operação prendeu hackers que invadiram celulares de autoridades, entre elas Moro e integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Fachin disse que “há muito a ser debatido sobre esse material”. Ele acrescentou ainda que, “certamente, não há como varrê-lo para debaixo do tapete, e o Tribunal precisará dar uma resposta sobre ele”.

O ministro ressaltou que entende que o habeas corpus sobre a suspeição de Moro está prejudicado. Ou seja, não precisaria mais ser julgado.

No entanto, Fachin foi voto vencido e os demais ministros da Segunda Turma decidiram seguir com o julgamento, que está suspenso.

Questionado sobre as consequências caso a Segunda Turma declare a suspeição do ex-juiz, Fachin respondeu que “essa é uma grande preocupação”.

"Anular quatro processos por incompetência é realidade bem diversa da declaração de suspeição que pode ter efeitos gigantescos. Minha decisão mantém o entendimento isonômico sobre a competência para julgamentos dos feitos e como deve ser interpretada a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba. Isso, tão somente", disse.

Em uma outra entrevista, para a TV Globo, Fachin disse que “poderá haver a extensão a inúmeros casos sem a definição de critérios objetivos. É provável, mas ainda não há como saber, já que estamos em sede de habeas corpus e não houve julgamento definitivo. Fosse, porém, uma exceção de suspeição, haveria o que chamamos de apreciação de mérito, isto é, o tribunal apreciaria os fatos e o direito e, uma vez julgada a exceção, eles se tornariam indiscutíveis”.

Ainda ao jornal “O Globo”, Fachin respondeu sobre os ataques à Lava Jato.

“Cumpre, nesse ponto, reiterar o que tenho afirmado. O enfrentamento à corrupção deve ser democrático e efetivo. O caminho a ser percorrido está pavimentado pela Constituição Federal, mesmo sendo complexo, longo e eventualmente tormentoso. A justiça penal no Estado democrático de direito não tem lugar para atalhos, atitudes heterodoxas ou seletividades. O escrutínio é público: acertos são chancelados e falhas devem ser corrigidas", afirmou.

Para ele, “é um equívoco imaginar que decisões dos tribunais superiores ou mesmo o encerramento formal das forças-tarefas possam trazer de volta o nível de corrupção que se viu no passado”.

“O Brasil teve ganhos institucionais imensos nos últimos trinta anos nessa área: há instrumentos legais disponíveis, o sistema de justiça foi chamado a atuar (Ministério Público, Magistratura, Polícia Federal, Receita Federal), e o mais importante: há uma cidadania ativa acompanhando e fiscalizando, cobrando – com razão – cada vez mais transparência. Enquanto houver autonomia dos órgãos de controle, enquanto forem garantidos os recursos para que essas instituições funcionem, serão altos os custos para quem se aventurar pelo desvio”, disse.

O ministro defendeu a necessidade de se “pôr fim a teorias conspiratórias que imaginam uma articulação internacional que une poderosos meios de comunicação, empresários e, óbvio, juízes e promotores influentes para atacar líderes populares”.

“Como disse o jurista argentino Roberto Gargarella, essa ideia é mais perigosa do que ridícula. É perigosa porque imagina que nenhum poder está em melhores condições de pressionar o Poder Judiciário do que aquele que governa”, afirmou.

E alertou: “O número de denúncias e condenações e os valores recuperados não têm nada que ver com a sanha punitivista de juízes ou promotores ou com um projeto de poder, mas, simplesmente, com um nível alarmante de corrupção política. O risco, portanto, é promover não apenas retrocessos no combate a corrupção, como também retrocessos institucionais”.