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domingo, 14 de outubro de 2012

JUSTIÇA DO PIAUÍ determina a liberação do suposto profeta

Suposto profeta Luis Pereira dos SantosA Justiça do Piauí determinou a liberação do suposto profeta Luis Pereira dos Santos, de 43 anos, que estava custodiado pela Polícia Civil desde a tarde de sexta (12/10), depois que moradores do bairro Parque Universitário, zona Leste de Teresina, ameaçaram linchá-lo arremessando pedras. O homem, que estava detido há mais de 24 horas, foi solto por decisão judicial no início da noite deste sábado (13/10).



De acordo com informações da 23ª Delegacia de Polícia, para onde o profeta foi transferido na manhã deste sábado, o suposto profeta saiu acompanhado de parentes. A polícia não soube informar o destino dele, mas acredita que ele deverá ficar na casa de alguém da família ou seguidor, uma vez que os imóveis (duas casas) dele estão interditados.
Em entrevista exclusiva, a delegada Andrea Magalhães, presidente do inquérito que apura os supostos crimes do falso profeta Luís Pereira explicou que realmente havia chance dele ser soltou, uma vez que a decisão estava por cargo do juíz. “O que acontece é que há duas opções, ou se decreta prisão preventiva ou o acusado responde em liberdade. Essa foi a opção do juiz, até porque o antecedente criminal que Luis Pereira tem é relativos a problemas com pensão alimentícia”, confirmou Andrea pelo telefone.
A delegada ainda explicou que a primeira fase, que era autuá-lo em flagrante, foi realizada, agora é esperar pelas investigações.
Em concordância à delegada está Joattan Gonçalves, da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente) que, também por telefone explicou ao180graus que cabe à justiça definir o futuro do profeta, assim como também o futuro das mais de 30 crianças encontradas na “arca” e retiradas do local pela polícia. “Elas estão num abrigo e a Justiça terá que definir o destino deles, uma vez que eles têm família, mas esses familiares faziam parte da seita”, comenta o delegado.
delegada do caso Andrea Magalhães
Essa é a sensação da delegada Andrea, ainda mais após a soltura de Luis, mas tanto ela quanto Joattan sabem que tem que esperar as investigações"Porém tudo isso está sendo investigado, assim como o desaparecimento de uma senhora e mais outra pessoa durante esse 12 de outubro", explicou o chefe de investigação Joattan Gonçalves.
A Polícia Civil do Piauí investiga se o autointitulado "profeta" Luís Pereira matava ratos, extraía o sangue dos roedores e preparava uma substância que era dada aos seus seguidores para supostamente curá-los de doenças.
Desempregado, o "profeta" foi preso sob suspeita de estelionato e autuado pela delegada Andrea. Luis reuniu cerca de 120 seguidores alegando que o mundo acabaria às 16h da quinta (12/10), no Parque Universitário, onde o clima esquentou, como mostrou a cobertura do 180graus, que estava no local. Faltando15 minutos para o horário em que a profecia deveria se concretizar, a "arca" (duas casas simples cercadas por varas de dois metros de altura) foi apedrejada, fazendo a Polícia Militar intervir por meio de spray de pimenta e bombas de efeito moral para conter a população.

Chefe de investigação da DPCA Joattan Gonçalves (Foto: arquivo)
ELES AINDA INSISTEM
Apesar da prisão do líder e de não ter ocorrido o apocalipse, seguidores do suposto profeta continuam em orações à espera do fim do mundo. Em depoimento à polícia, Luis afirmou que o fim do mundo não ocorreu porque “ele livrou as pessoas do juízo final.”

E O "ANJO" SE ENGANOU
O "profeta" anunciou que “a besta fera” iria aparecer na sexta (12/10) e iriam ser salvos os seguidores dele. Devido à suposta profecia, ele reuniu mais de cem pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos. Todos estavam confinados num imóvel localizado no Parque Universitário, sem ter contato com o mundo exterior.

Segundo relatos de testemunhas à polícia, há cerca de dois anos Santos disse que havia recebido a visita de um anjo que anunciou o fim do mundo para esta sexta-feira, e ele começou a espalhar a mensagem para os moradores do bairro. Seus seguidores se afastaram da família, largaram empregos e ainda foram induzidos a doar os bens que tinham. Eles vivem o tempo todo fazendo orações e se alimentam de doações que chegam à casa do suposto profeta.

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