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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Renda agrícola ainda cresce, mas em ritmo menor

A renda do produtor brasileiro continuará crescen- do em 2014, mas em ritmo menor em relação aos anos anteriores.
É o que mostram os novos dados do VBP (Valor Bruto da Produção) do Ministério da Agricultura. José Garcia Gasques, coordenador da AGE (Assessoria de Gestão Estratégica) do ministério, prevê um valor total de produção de R$ 441 bilhões em 2014.
Se confirmado, esse valor vai superar em 5% o de 2013. Neste ano, o VBP deverá atingir R$ 420 bilhões, superando em 10% o de 2012.
A safra de grãos voltará a ser recorde em 2014, mas a redução de preços de produtos-chave para o setor fará com que haja essa perda de ritmo no crescimento da renda.
As lavouras, considerando 16 dos principais produtos nacionais, deverão render R$ 296 bilhões no próximo ano, 6% mais que neste. Já a pecuária somará R$ 145 bilhões, com evolução de 2,5%.
O aumento da renda de 6% nas lavouras em 2014 será inferior aos 9% deste ano. Essa evolução em ritmo menor ocorrerá porque a renda do milho recuará para R$ 29 bilhões, 19% inferior ao projetado para este ano.
O café, cujo valor de produção já registrou queda neste ano, cairá ainda mais em 2014, para R$ 12 bilhões.
Apesar da produção maior no setor, os produtores não conseguem obter o mesmo patamar de renda registrado nos últimos anos. Em 2011, por exemplo, a cafeicultura obteve uma produção no valor recorde de R$ 22 bilhões.
A soja continua sendo a grande geradora de renda no campo. Gasques acredita que a oleaginosa vá atingir R$ 107 bilhões em 2014. Isso se deve ao aumento de área e à estimativa de safra maior.
Os preços caem, mas não o suficiente para impedir uma alta de 25% no valor da produção, quando se comparam os dados deste ano com os que serão obtidos em 2014.
O algodão, após a forte queda de 30% no valor da produção neste ano, voltará a ter crescimento em 2014. A renda dos produtores deverá somar R$ 9,9 bilhões, 18% mais do que neste ano.
Entre as carnes, a única a registrar um valor menor de produção será a de suínos, que recua para R$ 12 bilhões. Já a bovina vai a R$ 51 bilhões, um pouco acima dos R$ 50 bilhões do setor de frango, aponta Gasques.
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Busca de participação A América do Sul é uma das principais regiões produtoras de grãos. Mesmo assim, não conquistou espaço global como protagonista na definição das políticas agrícolas e comerciais que regem o agronegócio internacional.
Preços Para definir uma política conjunta de atuação, seis ministros de Agricultura da região (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) se reúnem em um fórum de discussões em Foz do Iguaçu, no próximo dia 21.
Presença externa Oferta e demanda de alimentos também estarão em discussões. Representante da Famato (MT) apresentará dados da demanda, enquanto participantes de empresas da China e da Índia mostrarão dados da demanda.
Bom rendimento O aumento de preço do tomate permitirá uma elevação do Valor Bruto de Produção para R$ 11,9 bilhões neste ano, 88% mais do que em 2012. A alta continua em 2014, quando o produto renderá R$ 12,7 bilhões.
Recuperação A produção de trigo teve forte queda neste segundo semestre, mas a renda a ser obtida pelo produtor poderá chegar a R$ 4,5 bilhões em 2014, devido à alta nos preços do cereal, segundo estimativas do Ministério da Agricultura.
Frangos Paraná e Santa Catarina lideram a produção. O valor da produção atinge R$ 7,1 bilhões em cada um dos Estados, segundo o Ministério da Agricultura.
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Agropecuária
Agricultor paulista recebe mais em outubro
O índice quadrissemanal de preços recebidos pela agropecuária paulista encerrou o mês de outubro com alta de 0,73%, segundo o Instituto de Economia Agrícola. O tomate lidera as altas, seguido de laranja para mesa, carne suína e banana-nanica. Ovos, feijão e café lideram as quedas.

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