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sábado, 2 de novembro de 2013

Presidente aprova gatilho para combustíveis

A queda de braço dentro do governo, em torno da dimensão e da forma do reajuste do preço da gasolina, foi vencida pela presidente da Petrobrás, Graça Foster, no embate que teve com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que resistia ao sistema de reajuste. A informação foi dada neste sábado pelo Jornal Estado de São Paulo.
De acordo com o jornal, a presidente Dilma Rousseff avalizou a concessão de um "gatilho" para reajustar os preços dos derivados de petróleo, "duas ou três vezes por ano", e garantir "previsibilidade" aos planos de negócios da Petrobrás. Graça defendia exatamente um mecanismo que desse previsibilidade às correções da gasolina e do diesel, mas Mantega resistia. Na quarta-feira (30/10), segundo o jornal, ocorreu um curto-circuito: a presidente da Petrobrás divulgou um fato relevante explicando em linhas gerais o novo mecanismo de preços, e o ministro disse que a medida ainda estava em estudo e não poderia ser feita "de afogadilho".
A medida aprovada por Dilma, afirma o Estado de SP, será calibrada em detalhe para tentar não pressionar a inflação, ainda a principal preocupação macroeconômica da presidente. Objetivo declarado do governo até aqui, a manutenção dos índices de inflação abaixo daqueles registrados no ano passado, é um ponto de honra para Dilma.
Ao reforçar o caixa da estatal para evitar novas "punições" do mercado, segundo o Estadão, como um eventual rebaixamento de nota pelas agências de classificação de risco, Dilma também "premia" os esforços feitos por Graça Foster para recuperar as finanças daempresa e blindar as operações de ingerências e nomeações políticas. "Depois do que ela fez, o Mantega não poderia ganhar essa", disse a fonte.
Embora tenha vencido a batalha, Graça Foster não ganhou a guerra. Segundo o jornal paulista, Dilma decidiu que o "gatilho" não será exatamente como quer a Petrobrás, atrelado a cotações internacionais do petróleo e a fórmulas complexas de indexação a produtos no exterior. O País não pode, segundo a avaliação do Palácio do Planalto, "importar" inflação derivada da flutuação das cotações e da instabilidade típicas do mercado de petróleo. O uso do câmbio como indexador dos preços internos também é considerado potencialmente perigoso pelo governo. A ideia é que o efeito das oscilações do petróleo e do dólar sejam calibrados.

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