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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A defesa da Educação é pauta de toda classe trabalhadora diz Paulo Cayres Presidente da CNM/CUT

Paulo Cayres, nos deparamos com uma realidade nada festiva para quem escolheu a Educação como seu ofício, sua opção de vida. Hoje em dia, trabalhar como professor ou professora é estar diante de um desafio gigante: baixos salários, violência e falta de estrutura compõem um cenário perverso que ameaça o futuro de nosso país. Não podemos deixar de lembrar que a Educação é a porta de entrada para a cidadania e a única saída para que o Brasil possa ser soberano, economicamente sustentável e acima de tudo, praticar a social.

Os profissionais da Educação que atuam em todo o país merecem todo nosso respeito e consideração. Não haveria mulheres e homens trabalhando no ramo metalúrgico se não houvesse os professores. Não haveria médicos, engenheiros, não haveria um país.

A construção de uma sociedade justa passa obrigatoriamente por um processo formativo, por meio do qual as pessoas possam fazer o exercício da cidadania. Essa cidadania não pode ser exercida num país onde Educação torna-se mercadoria e salários baixos e condições precárias nas escolas públicas tornam-se insumos na indústria da educação privada.

Uma Educação pública, gratuita e de qualidade é condição básica para que o Brasil se desenvolva de forma sustentável, soberana e justa. Há que se ter mais qualificação profissional, pesquisa e desenvolvimento tecnológico para trazer, ao longo do tempo, mais e melhores empregos. Mas para que isso possa ocorrer é preciso que se invista na modernização de nossas escolas, na melhoria dos salários dos educadores, na distribuição de renda e no fortalecimento da produção nacional. Isso se faz com Educação.

É preciso que se invista na formação e na valorização dos profissionais na Educação, na regulamentação do piso e das diretrizes nacionais para os planos de carreira, na melhoria das condições de trabalho e por mais diálogo com as entidades de representação da categoria.

Nós, trabalhadores e trabalhadoras no ramo metalúrgico, somos solidários não somente neste dia 15 de outubro, Dia do Professor. Além de assumirmos as lutas pela valorização da categoria, apoiamos também as ações programadas para o próximo dia 30, data em que trabalhadores (as) na Educação de todas as partes do país estarão diante do Congresso Nacional em Brasília para defender a sua pauta.

A solidariedade está na alma da classe trabalhadora. É essa capacidade de nos fortalecermos no outro que nos inspira na luta e nos orienta na construção de uma sociedade melhor. Por isso tudo, empenhamos aqui nosso maior respeito e nosso apoio às lutas de todos e todas por uma Educação que se traduza numa pedagogia da autonomia da classe trabalhadora, numa pedagogia libertadora de nossos sonhos. Isso se faz com professores e professoras.

* Paulo Cayres é presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT

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