Livro conta a organização de greves históricas no Brasil

Divulgação Logotipo da coleção de livros
A
Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores decidiu reunir
esforços para realizar paralisações em todos os setores de atividade e
com isso aglutinar mobilização suficiente para construir uma greve
geral, em data ainda não definida.
O objetivo maior da decisão é lutar pela retirada do governo
ilegítimo de Michel Temer e pressionar por mudanças que barrem a onda de
demissões e que impeçam os retrocessos sociais anunciados de forma
explícita pelos integrantes desse governo.
Nesse cenário, torna-se ainda mais oportuna a leitura do livro
“Greves no Brasil (de 1968 aos Dias Atuais)”, uma produção do Dieese em
parceria com a Cortez Editora. Este, que é o primeiro livro da coleção
“Por que Cruzamos os Braços” traz entrevistas emocionantes e
esclarecedoras com lideranças sindicais que protagonizaram greves
históricas no Brasil.
O resgate trazido pelo livro, por si só, já o faz importante. O
relato de como as greves eram organizadas e de como os trabalhadores e
trabalhadoras iam se envolvendo no processo pode funcionar como elemento
motivacional e guia tático para as novas lideranças, que têm pela
frente esse grande desafio lançado pela CUT.
Livro pode ser adquirido pela internet ou nas livrarias
Livro pode ser adquirido pela internet ou nas livrarias
Um dos aspectos comuns a todas as entrevistas é a narrativa sobre o
despertar da consciência de classe e política daqueles que, em
princípio, temiam por suas próprias demissões ou pela repressão
policial.
Uma das entrevistadas desse primeiro volume é a secretária-geral da
CNTSS-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade
Social), Célia Regina Costa, cuja primeira experiência de greve se deu
entre o crepúsculo da ditadura militar e a reabertura lenta e gradual.
Ela conta que o hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, sua
origem, foi ocupado por tropas do Exército, antes de Franco Montoro
(PMDB) vencer as primeiras eleições para governador pós-ditadura e
instaurar uma mentalidade mais democrática nas relações de trabalho.
“Tinha solidariedade da sociedade. Não tínhamos entidade, sindicato,
nada disso. Era tudo muito voluntário (...) A equipe de pedágio ficava
nos faróis para arrecadar dinheiro e as pessoas davam. Era uma maravilha
aquilo. Porque havia uma ebulição na sociedade(...)”, diz Célia, em
determinado trecho da entrevista.
A ebulição social a que se refere era a vontade de acabar com a ditadura. Ebulição existe também hoje, é inegável. A chave para o acúmulo de forças talvez passe pela capacidade de canalizar e traduzir as razões que movem a indignação da maioria dos brasileiros e brasileiras nos dias atuais.
O livro pode ser encontrado nas livrarias ou no site http://www.cortezeditora.com.br/. A segunda edição será lançada na segunda quinzena de junho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.