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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Depoimentos de líderes dos movimentos podem ser estímulo e reflexão para os dias de hoje

Livro conta a organização de greves históricas no Brasil 


Divulgação Logotipo da coleção de livros
A Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores decidiu reunir esforços para realizar paralisações em todos os setores de atividade e com isso aglutinar mobilização suficiente para construir uma greve geral, em data ainda não definida.
O objetivo maior da decisão é lutar pela retirada do governo ilegítimo de Michel Temer e pressionar por mudanças que barrem a onda de demissões e que impeçam os retrocessos sociais anunciados de forma explícita pelos integrantes desse governo.
Nesse cenário, torna-se ainda mais oportuna a leitura do livro “Greves no Brasil (de 1968 aos Dias Atuais)”, uma produção do Dieese em parceria com a Cortez Editora. Este, que é o primeiro livro da coleção “Por que Cruzamos os Braços” traz entrevistas emocionantes e esclarecedoras com lideranças sindicais que protagonizaram greves históricas no Brasil.
O resgate trazido pelo livro, por si só, já o faz importante. O relato de como as greves eram organizadas e de como os trabalhadores e trabalhadoras iam se envolvendo no processo pode funcionar como elemento motivacional e guia tático para as novas lideranças, que têm pela frente esse grande desafio lançado pela CUT.Livro pode ser adquirido pela internet ou nas livrariasLivro pode ser adquirido pela internet ou nas livrarias
Um dos aspectos comuns a todas as entrevistas é a narrativa sobre o despertar da consciência de classe e política daqueles que, em princípio, temiam por suas próprias demissões ou pela repressão policial.
Uma das entrevistadas desse primeiro volume é a secretária-geral da CNTSS-CUT (Confederação Nacional  dos Trabalhadores em Seguridade Social), Célia Regina Costa, cuja primeira experiência de greve se deu entre o crepúsculo da ditadura militar e a reabertura lenta e gradual. Ela conta que o hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, sua origem, foi ocupado por tropas do Exército, antes de Franco Montoro (PMDB) vencer as primeiras eleições para governador pós-ditadura e instaurar uma mentalidade mais democrática nas relações de trabalho.
“Tinha solidariedade da sociedade. Não tínhamos entidade, sindicato, nada disso. Era tudo muito voluntário (...) A equipe de pedágio ficava nos faróis para arrecadar dinheiro e as pessoas davam. Era uma maravilha aquilo. Porque havia uma ebulição na sociedade(...)”, diz Célia, em determinado trecho da entrevista.








A ebulição social a que se refere era a vontade de acabar com a ditadura. Ebulição existe também hoje, é inegável. A chave para o acúmulo de forças talvez passe pela capacidade de canalizar e traduzir as razões que movem a indignação da maioria dos brasileiros e brasileiras nos dias atuais.

O livro pode ser encontrado nas livrarias ou no site http://www.cortezeditora.com.br/. A segunda edição será lançada na segunda quinzena de junho

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