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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Produção de veículos recua 18% em maio; setor piora projeções para 2016

o total, 175,3 mil unidades foram montadas no país no mês passado.
No acumulado do ano, houve queda de 24%, voltando ao nível de 2004.

 A produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil recuou 18% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo divulgou a associação das montadoras (Anfavea) nesta segunda-feira (6). No acumulado do ano, o recuo se agrava, com volume 24,3% menor do que o que saiu das fábricas entre janeiro e maio de 2015.

O ritmo de queda obrigou as fabricantes a revisar as projeções para 2016, que agora tem um cenário bem mais amargo. A estimativa de produção era de alta de 0,5% no início do ano, mas agora é de queda de 5,5%, com 2,29 milhões de unidades.
Já as vendas devem cair 19%, para pouco mais de 2 milhões. Nos primeiros meses do ano, a Anfavea estava bem mais otimista, prevendo queda de apenas 7,5% nas vendas em 2016.
Futuro mais previsível
"O país precisa voltar a crescer. Nesse meio tempo, a gente trabalha (junto ao governo) com simplificação, facilitação, por exemplo, no comércio exterior. Não há discussão sobre incentivos, nenhuma previsão", afirmou o presidente da Anfavea, Antonio Megale, sobre o governo do presidente interino Michel Temer.
Segundo o executivo, a economia brasileira começa a dar "os primeiros sinais" de previsibilidade. "É uma questão de confiança (do consumidor na economia). Conforme medidas como redução de gastos ou geração de recursos, com concessões e privatizações, a confiança começa a ser retomada. Aí o mercado vem junto", disse.
Megale acredita que, ainda no fim do ano, o setor comece a ter uma retomada, que será mais forte no ano que vem.
Produção recua 12 anos
No total, 175,3 mil unidades foram produzidas no país em maio contra 213,8 mil no mesmo período do ano passado. "Voltamos ao nível de 2004", afirmou Megale. O número é 3,2% superior às 169,8 mil registradas em abril.
De janeiro a maio, as montadoras instaladas no Brasil produziram apenas 834 mil unidades contra 1,1 milhão de unidades no mesmo período de 2015.
A vagarosidade nas linhas de montagem acompanha uma queda de 26,6% nas vendas, de janeiro a maio. No mês passado, foram licenciados 167,5 mil veículos novos - uma pequena alta de 2,8% em relação a abril.
Caminhões e ônibus
O segmento de veículos pesados apresenta desempenho pior do que o de carros de passeio, que teve baixa de 24% no acumulado do ano, na comparação com 2015.
No mesmo tipo de comparação, a produção de caminhões encolheu 29,2%, enquanto a de ônibus caiu 38,5%. "Em caminhões, voltamos à década de 90", destacou o presidente da Anfavea.
Empregos
O nível de funcionários das fabricantes está 7,7% menor, com relação a maio de 2015, o que representa um corte de quase 10 mil vagas em 1 ano. No mês passado, foram fechadas 1.300 vagas.
Além disso, 27 mil empregados do setor estão com alguma restrição, sendo 6 mil em lay-off (suspensão temporária de contrato) e 21 mil no Plano de Proteção ao Emprego (PPE), em que a jornada e o salário são reduzidos.
Exportações em alta
Se o mercado brasileiro segue encolhendo, as montadoras tentam aproveitar melhores condições nos países vizinhos. A estratégia está se mostrando positiva, com alta de 21,8% nas exportações de janeiro a maio, para 183,3 mil unidades.
Por conta disso, as vendas para o exterior foram o único item a ter as projeções revistas para cima, com expectativa de crescimento de 21,5% neste ano - no início de 2016, a expectativa era de alta de 8,1%.
Porém, em valores, as exportações devem ficar estáveis -baixa de 1%, na projeção da Anfavea. Isso acontece porque o Brasil aumentou a venda de veículos leves (carros), mas não a de pesados (caminhões e ônibus), que têm maior valor agregado.
Argentina
Nesta semana, a Anfavea participará junto ao governo de uma reunião para negociar a renovação do acordo automotivo com a Argentina, que vence no fim do mês. O país é o maior cliente da indústria automobilística brasileira.
"O livre comércio seria o ideal, mas o objetivo é pelo menos manter o fluxo (que já existe)", afirmou Megale. Outro ponto defendido pelo Brasil é que o acordo tenha uma duração maior do que 1 ano

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