Uma equipe internacional de cientistas usando o telescópio Kepler, da NASA, acaba de anunciar a descoberta de mais de 100 exoplanetas.
Publicado em 21.07.2016

Uma equipe internacional de cientistas usando o telescópio Kepler, da
NASA, acaba de anunciar a descoberta de mais de 100 exoplanetas.
Entre os novos mundos, um sistema com quatro planetas a cerca de 181
anos-luz de distância possui dois que os cientistas dizem que têm uma
boa chance de suportar a vida.
Os planetas
K2-72 é uma estrela anã vermelha orbitada por quatro planetas, na direção da constelação de Aquário.
Os pesquisadores sugerem que todos esses quatro mundos podem ser
rochosos. Enquanto eles orbitam sua estrela hospedeira muito de perto, a
frieza relativa da K2-72 significa dois deles podem ser habitáveis.
Eles passam mais próximos de K2-72 do que Mercúrio do nosso sol, mas a
anã vermelha é relativamente fraca, de forma que sua zona habitável não
chega tão longe. Devido a isso, dois dos planetas caem dentro do limite
favorável à vida, com níveis de irradiação da estrela comparáveis aos
encontrados na Terra, oferecendo condições que sustentam a existência de
água líquida em sua superfície.
Todos os planetas em torno da K2-72 possuem um diâmetro entre 20 a 50% maior que o da Terra.
Novos achados
A descoberta dos mundos em volta da K2-72 é apenas uma entre um grupo
grande de novos exoplanetas identificados por uma equipe de
pesquisadores liderada pela Universidade do Arizona, nos EUA.
Os cientistas usaram o Kepler para encontrar 197 candidatos a planetas, dos quais 104 foram confirmados.
O que é mais notável sobre as últimas descobertas é que essas
identificações foram resultado de um acidente. Em 2012, o observatório
espacial começou a funcionar mal, o que impediu o telescópio de se
estabilizar em direção a uma determinada parcela do céu em sua missão
original.
Felizmente, os engenheiros da NASA fizeram uma correção engenhosa
para o problema, calculando que os fótons do sol seriam capazes de
ajudar a estabilizar o telescópio para a sua nova missão K2, observando
uma parte mais ampla do céu dentro do plano da eclíptica, dando-lhe uma
maior margem de manobra para detectar estrelas, incluindo as mais fracas
do tipo anã vermelha, como a K2-72.
No futuro
A nova missão, além de aumentar significativamente o número de
estrelas que podemos estudar, também nos permite descobrir mais sobre o
tipo mais comum de estrelas na Via Láctea, o que nos dará uma maior
compreensão dos tipos de sistemas exoplanetários mais frequentemente
encontrados em toda a galáxia.
“Kepler mostrou fortes sinais de que há uma abundância de
exoplanetas, especialmente planetas bem pequenos em torno destas
estrelas mais frias”, disse o astrônomo Ian Crossfield, da Universidade
do Arizona, ao jornal Los Angeles Times. “Isso é muito emocionante
porque estas estrelas anãs vermelhas superam drasticamente estrelas como
o nosso sol”.
Os pesquisadores agora estão ansiosos para estudar mais estes mundos,
o que pode criar alguns candidatos muito interessantes para observações
de acompanhamento feitas pelo telescópio espacial James Webb, que pode
dar informações valiosas, por exemplo, sobre as atmosferas desses
planetas potencialmente habitáveis.
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