Os aeroportuários de 63 terminais administrados pela Infraero confirmaram nesta terça-feira (30) a convocação de uma greve de 24 horas para esta quarta-feira (31), reivindicando um aumento salarial que até agora não foi aceito pelo governo. Segundo o Sina (Sindicato Nacional de Aeroportuários), a paralisação começou a meia-noite desta quarta-feira (30). Apenas os terminais de Brasília, Guarulhos (SP) e Congonhas (SP) não devem ser afetados por serem administrados pela iniciativa privada.
A Infraero já informou que tem um plano de contingência para evitar o impacto nos serviços e admitiu o "direito" dos trabalhadores de fazerem greve. Segundo a empresa, esse planejamento inclui um "reforço com pessoal da área administrativa para manter o funcionamento dos aeroportos, sobretudo nos horários de maior movimento de aeronaves".
Os aeroportuários reivindicam reajuste de 9,5% nos salários, nas funções gratificadas e nas bolsas auxílio-educação a empregados e estagiários da Infraero. Categoria também quer tratamento isonômico aos AS (analistas superiores), com o mesmo nível de escolaridade, usando sempre como padrão o maior salário da vigente, e que os cargos técnicos recebam, no mínimo, o equivalente a 80% dos salários pagos aos AS.
O Sina explicou que a convocação foi ratificada em diversas assembleias realizadas durante esta semana, portanto, terá "pleno apoio" dos 13.600 empregados do setor. O presidente do sindicato, Francisco Lemos, disse que um efetivo de 30% dos trabalhadores realizará suas tarefas, a fim de cumprir com o percentual mínimo de pessoal exigido por lei durante uma greve nos serviços públicos.
No entanto, Lemos esclareceu que "com somente 30% dos funcionários não é possível manter todas as operações nos aeroportos", por isso previu que os passageiros podem sofrer diversos transtornos enquanto a greve estiver em vigor.
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