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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Secretaria da Saúde alerta: dengue: atenção e cuidado de todos

O vírus da Dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se multiplica em depósitos de água parada (limpa ou suja). Por ser endêmica, a doença pode surgir durante todo o ano, sendo que o verão é a época em que ela mais se propaga. Em contrapartida, mudanças climáticas podem contribuir para o aumento das ocorrências.
“No verão, o vetor tem toda uma condição favorável por ser uma época de muito calor. Já no outono, com as chuvas noturnas intercaladas com o sol forte ao dia, há grande possibilidade também do mosquito se proliferar. Estamos em uma primavera chuvosa, que também oferece risco. Para o Aedes aegypti se multiplicar, ele precisa de água. Então, é fundamental que todos observem os lugares que podem acumular água, vedando-os e limpando-os adequadamente. As orientações não mudam de estação para estação. O cuidado deve ser permanente”, comenta Sidney Sá, coordenadora do Núcleo de Endemias, da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Em Sergipe, segundo dados do Núcleo de Endemias da SES, de janeiro a agosto de 2014, foram 3.306 casos notificados, 1.489 casos confirmados, 03 casos graves e 03 óbitos.
Ainda de acordo com Sidney Sá, é preciso que todos os municípios, mesmo aqueles que não tenham casos notificados ou confirmados da doença, façam uma busca ativa em todo o território junto à Atenção Básica municipal. Segundo ela, é dever das Vigilâncias Epidemiológicas das Secretarias Municipais da Saúde realizar a investigação compulsória de todos os casos, até os suspeitos por Dengue.
“Quando o gestor sanitário identifica alguma ameaça de epidemia, é preciso que fique bem atento para garantir a assistência à população. É fundamental estar sempre preparado, traçando e fortalecendo estratégias preventivas para evitar o aparecimento do mosquito transmissor. É responsabilidade do município notificar o caso no sistema de informação e automaticamente informar à Vigilância Estadual. A Secretaria de Estado da Saúde orienta a todos os gestores municipais que façam as investigações de casos, o levantamento e sempre reforcem o trabalho de controle nas áreas de moradias”, reforça a coordenadora.
Ação conjunta
As ações de prevenção e combate à Dengue ocorrem em todo o Brasil. Para fortalecer o desenvolvimento das iniciativas de Vigilância em Saúde, o Ministério da Saúde repassa recursos financeiros direto para os municípios e materiais como larvicidas (produto para matar a larva do mosquito), adulticida (inseticida para matar o mosquito) e kits para diagnóstico que vêm do Ministério da Saúde para o Estado que repassa aos municípios. Em Sergipe, a SES desenvolve ações em parceria com as gestões municipais, disponibilizando material educativo (folders, cartazes, filipetas, adesivos para os consultórios dos médicos, etc) e recursos humanos como a ação da Brigada Itinerante, além dos Carros Fumacê.
Sidney Sá orienta ainda que toda a comunidade deve contribuir, também, abrindo suas casas para receber a visita dos agentes de endemias que fazem parte da Brigada Itinerante, a tropa de elite da Secretaria de Estado da Saúde, através da Fundação Estadual da Saúde (Funesa), para o combate à Dengue. De janeiro a julho deste ano, os profissionais estiveram em 15 municípios, visitando 58.987 imóveis. Nesse período, foram destruídos 79.100 focos da doença. Foram também eliminados 15.624 criadouros.
Além disso, o Carro Fumacê (Ultra Baixo Volume) também é um grande aliado no combate, atuando especificamente na eliminação das fêmeas do mosquito.
O Carro Fumacê compõe um conjunto de atividades emergenciais e deve ser aliado as demais ações de controle feitas pelos agentes de saúde dos municípios. Ele deve ser usado somente para bloqueio de transmissão de casos de Dengue e para controle da doença e não de forma indiscriminada, que pode tornar o vetor resistente ao inseticida”, complementa Sidney Sá.
A coordenadora reforça que, paralelo a todas as ações, há todo um trabalho educativo e informativo junto às escolas. “É preciso orientar, desde cedo, as crianças e os jovens sobre a importância de manter a casa, os quintais e os terrenos baldios sempre limpos, além de não jogar lixo nas ruas. Aprendendo na escola, eles podem multiplicar a informação na família, através de conversa entre amigos, etc. Para o mosquito não se proliferar, a própria população deve fazer a sua parte mantendo a casa limpa e, também, cobrar dos entes municipais a limpeza correta das ruas, cemitérios, praças, terrenos abandonados”.
Cuidado
É preciso que cada família fique atenta aos primeiros sintomas da Dengue. Se uma pessoa tiver febre, dor de cabeça, nas articulações e no fundo dos olhos, é preciso imediatamente procurar o serviço de saúde mais próximo através de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e ingerir bastante líquido.
Após ser diagnosticado, o paciente deve ficar atento para os sinais mais graves e de alerta como dor abdominal intensa, desmaio, vômitos frequentes e sangramentos volumosos. Estes sintomas apontam para o tipo grave da doença e o paciente deve procurar um serviço de urgência. A Secretaria de Estado da Saúde orienta nunca fazer a automedicação.
“O cuidado com o surgimento do mosquito transmissor deve ser constante dentro e fora de casa. É preciso evitar o descarte incorreto do lixo nos terrenos baldios e canais próximos às residências e evitar acúmulo de água parada em locais como pneus, garrafas e até piscinas abandonadas. Até uma simples casca de ovo pode acumular água e ser foco da doença. Somente juntos, podemos evitar o risco de uma epidemia”, enfatiza Sidney Sá.
Por: Acácia Mérici

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