Vicente del Bosque, técnico da Espanha
"Nós vivemos um momento brilhante no esporte espanhol". A frase, dita antes dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, é de Vicente Del Bosque. Pouco mais de dois anos depois, parece que as palavras do técnico da seleção espanhola de futebol viraram "maldição".
A começar pelo próprio time comandado por Del Bosque. A Espanha chegou à Copa do Mundo do Brasil como última campeã do torneio, bicampeã da Euro e com um futebol modelo para o resto do mundo. Resultado: os espanhóis passaram vexame e acabaram eliminados ainda na primeira fase do Mundial.
No basquete, a Espanha, segunda potência mundial atrás dos Estados Unidos, protagonizou outro vexame. Na última quarta-feira, Paul Gasol e companhia foram eliminados do Mundial, mesmo jogando em casa, pela França, ainda nas quartas de final, e deram adeus às chances de ganhar medalha. A derrota foi a segunda seguida em mata-mata contra os franceses. Nas semifinais do Euro, em 2013, a França venceu a Fúria.
Até mesmo nos Jogos Olímpicos de 2012, pouco depois de Del Bosque soltar a contundente frase, a Espanha ficou abaixo da expectativa. Os espanhóis conquistaram três medalhas de ouro, duas a menos do que em Pequim-2008, e acabaram apenas na 21ª colocação geral.
No automobilismo, quando o técnico da seleção de futebol exaltou os feitos de seu país, Fernando Alonso era o líder da Fórmula 1. Porém, o espanhol perdeu o título da temporada e não vence uma corrida desde o GP da Espanha de 2013. Neste ano, o piloto da Ferrari é o quinto colocado no Mundial e está bem longe de chegar ao título.
As coisas também não estão muito boas no tênis. Na Copa Davis, a Espanha ganhou três títulos entre 2008 e 2012 e ainda foi vice em mais um desses anos. Porém, em 2013, o país caiu ainda na primeira rodada do Grupo Mundial.
O resultado levou os espanhóis para a repescagem, onde bateram a Ucrânia, mas, na Davis deste ano, caíram novamente na primeira rodada e agora vão enfrentar o Brasil para ver quem continua no Grupo Mundial.
O destaque do país na modalidade, Rafael Nadal, também não está vivendo grande fase. Atrapalhado por lesões, o ex-número 1 do ranking mundial, agora segundo colocado, ganhou quatro títulos dos 12 torneios que disputou em 2014. O primeiro semestre do tenista foi bom, com a conquista de Roland Garros, inclusive, mas, depois, acabou lesionando o punho e ficou de fora do US Open, dos Masters de Toronto e Cincinnati.
Claro, existem exceções. A Espanha segue dominante na MotoGP. Entre os dez primeiros colocados na classificação deste ano, cinco pilotos são espanhóis, inclusive o líder Marc Márquez e o vice-líder Dani Pedrosa.
No futebol, fora da seleção, as coisas também estão boas. O Real Madrid é o atual campeão da Champions League, que tem o Atlético de Madri, também da Espanha, como vice. Já na última Liga Europa, o Sevilla ficou com o título.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.