Motivo é a redução da demanda do mercado automotivo brasileiro. Empresa não informou até quando vale a suspensão

Fábrica da montadora japonesa em Resende (RJ) contou com investimentos de 2,6 bilhões de reais (Divulgação/VEJA)
Cinco meses após a inauguração de sua nova fábrica, a Nissan anunciou nesta quarta-feira a suspensão temporária (layoff) do contrato de trabalho de 279 funcionários de sua unidade em Resende (RJ). "Em função da redução da demanda do mercado automotivo brasileiro registrada nos últimos meses, e como tem sido aplicada por outros fabricantes do setor, a Nissan decidiu adotar a suspensão temporária do contrato de trabalho para 279 funcionários", afirmou, em nota. A empresa não informou por quanto tempo vale a suspensão.
Em agosto, a produção de veículos no Brasil caiu 22,4% ante igual período do ano anterior, para 265,9 mil unidades. Na mesma base de comparação, as vendas de autos e comerciais leves recuaram 17,12%, para 259.152 unidades.
Segundo a companhia, a medida teve aprovação do sindicato dos trabalhadores e tem o objetivo de preservar os empregos. Segundo a Nissan, a decisão não afetará o abastecimento das concessionárias. "A Nissan reafirma que mantém todos os seus investimentos e projetos previstos para o Brasil", complementa a nota.
O layoff consiste na redução da carga horária ou suspensão temporária de contratos, sendo que os trabalhadores têm direito à remuneração e outros benefícios durante o período de afastamento.
A fábrica da montadora japonesa em Resende contou com investimentos de 2,6 bilhões de reais para produção de modelos compactos. Na época, o presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, afirmou que a meta era alcançar 5% do mercado brasileiro de veículos. A unidade, com capacidade de produzir 200 mil veículos e motores por ano, tem cerca de 1.800 funcionários.
(Com Reuters)
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