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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Calor: superaquecimento de eletrônicos pode causar prejuízos e acidentes graves

 Eletrônicos podem pegar fogo. Normalmente, eles não deveriam ter essa propriedade, mas smartphones (sejam iPhones ou Androids), tablets, computadores de mesa, notebooks e outros aparelhos podem causar acidentes graves, como incêndios e queimaduras a seus donos.
As altas temperaturas também contribuem para situações de risco. O contato entre o calor dos chips e componentes metálicos pode gerar faíscas e fazer o celular pegar fogo, de acordo com especialistas.
Engenheiro eletricista com mestrado em Engenharia da Computação, Julio Villarreal explica que essas situações são raras, já que os aparelhos contam com várias proteções. Entretanto, o mau uso ou defeitos de fabricação podem causar prejuízo para os donos e até gerar acidentes.
— Pequenos defeitos, mau uso e o fim da vida útil do aparelho podem causar superaquecimento ou até explosões. A boa notícia é que bons equipamentos são normalmente projetados com uma série de proteções contra esse tipo de situação.
Apesar de estarem envolvidos em uma quantidade menor de casos, também é necessário tomar cuidado para o aquecimento de computadores de mesa e notebooks. A ventilação correta desses equipamentos prolonga sua vida útil – e evita que eles iniciem incêndios.
Em alguns casos, os móveis não são projetados para permitir que o ar circule corretamente, gerando superaquecimento dos PCs.
No caso dos notebooks, o calor excessivo pode ser a razão para desligamentos repentinos. Além disso, o uso do aparelho no colo pode provocar manchas e até câncer de pele. Isso acontece por conta da temperatura do aparelho, que pode passar dos 100ºC no colo de uma pessoa – saiba mais sobre os problemas de saúde que podem surgir do uso excessivo de notebooks no colo.
Villarreal comenta que a refrigeração é um dos fatores mais negligenciados pelos usuários desse tipo de tecnologia.
— Para a maioria dos computadores, refrigeração propriamente dita não é indispensável, mas o computador precisa ficar em um ambiente bem ventilado. Para computadores muito potentes (e que consomem muita energia elétrica) será necessário investir em um sistema externo de refrigeração. Para notebooks, evitar colocar o mesmo em superfícies que favoreçam o aquecimento, como em cima da cama ou trabalhar com o computador no colo. O ideal é sempre uma mesa. Existem até alguns suportes de notebook com sistema de refrigeração na base.
Baterias e calor: combinação explosiva
Apesar de contarem com uma série de dispositivos de segurança, as baterias também podem causar acidentes, como explosões e derretimento. Isso acontece por conta de uma das propriedades da eletricidade: dissipar-se na forma de calor. Qualquer aparelho que use energia elétrica tem esse efeito colateral, seja um iPhone, tablet, notebook ou outro tipo de dispositivo.
O professor do Instituto de Química da USP Henrique Eisi Toma explica que as baterias podem ser responsabilizadas em alguns casos na explosão de smartphones, notebooks e tablets.

— O problema dessas coisas [explosões] são as baterias. Baterias de lítio geralmente são seguras, mas logicamente precisam de proteção contra umidade e propagação de gases.

O calor em excesso, uso de carregadores não compatíveis com voltagem/aparelho ou a tentativa de carregamento de uma bateria que não é recarregável são situações que podem criar condições para uma reação química não prevista, comenta o professor de física do Instituto de Física da Unicamp Newton Cesário Frateschi.
— Em geral, qualquer bateria pode explodir. Mas é sempre preciso muito cuidado com as tomadas. Vem uma tensão [elétrica] da parede, dividida na tomada pela chamada "fase" e pelo "neutro". A "fase" oscila entre os 100V positivos e 110V negativos o tempo todo. O carregador estabiliza essa tensão que vem da rede. Com um carregador ruim, a bateria recarrega muito rápido, recebendo alta carga em pouco tempo.
Carregando a noite inteira
O hábito de deixar o celular carregando durante a noite é bastante comum para os donos de smartphones e tablets, por conta do consumo intenso de bateria que esse tipo de aparelho faz durante o dia. Villarreal, que também é sócio da TLD Consultor em informática, explica que essa situação é prevista pelos fabricantes.
— Quando um bom fabricante desenvolve o produto, já prevê este tipo de situação. A maioria dos carregadores tem um mecanismo interno que faz carga rápida enquanto a bateria está abaixo de 90%, a carga lenta depois dos 90% e somente mantém a carga quando a mesma chega a 100%. Isso faz com que ele diminua progressivamente a corrente elétrica usada, gerando menos aquecimento e risco de derreter algum componente.
Se por um lado a situação não deve fazer nenhum dono de iPhone “perder o sono”, o especialista comenta que carregamento noturno está longe do ideal.
— De qualquer maneira, carregar somente o necessário e retirar da tomada no primeiro momento possível depois do carregamento ajuda a aumentar a vida útil do aparelho e reduzir riscos com curtos-circuitos ou defeitos que possam aparecer.

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