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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Usina de Jirau entra em operação e promete capacidade máxima em 2015

Hélice de turbina é montada na casa de força (Foto: Taísa Arruda/G1) Hélice de turbina é montada na casa de força de Jirau (Foto: Taísa Arruda/G1)

Apesar de várias interrupções nas obras, a Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, teve nesta sexta-feira (6) o primeiro dia de operação comercial, quando uma das turbinas - das 50 previstas - foi colocada em funcionamento. O diretor institucional da Energia Sustentável do Brasil, José Lúcio, diz que o cronograma de implantação do empreendimento está mantido para dezembro de 2015. A capacidade máxima de geração de energia será de 3.750 megawatts, de acordo com o diretor.
Segundo ele, as obras da linha de transmissão destinada a atender as regiões Sul e Sudeste do país, conhecida como Linhão do Madeira, devem ser concluídas no mesmo prazo da usina. "O tempo que vamos levar para concluir a obra e fazer todos os testes será o tempo que o linhão deverá ser implantado até Araraquara", afirma.
A linha de transmissão, com 2,3 mil quilômetros, cruzará Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, além de 84 municípios entre Porto Velho (RO) e Araraquara (SP), e será a mais extensa em corrente contínua do mundo. A obra é uma das maiores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
G1 visitou a usina de Jirau nesta sexta-feira (6), no 1º dia de operação comercial. Atualmente, a maior parte dos trabalhadores está concentrada na montagem das peças das turbinas. No início das obras, foram contratados cerca de 20 mil trabalhadores, mas atualmente a obra conta com metade (cerca de 10 mil).
Algumas peças, para a montagem das turbinas, por exemplo, são importadas da China. Outra parte é comprada em São Paulo. Por causa do peso do material, é necessário contar com o trabalho de guindastes, que são controlados de forma eletrônica. Para a concretagem ocorrer de forma mais rápida, camadas de gelo, fabricadas no canteiro de obras, são colocadas na estrutura.
A usina é a maior do mundo em operação com as turbinas tipo bulbo, que, segundo o diretor, impactam o meio ambiente com menor intensidade.
Apesar de quatro atrasos por conta de paralisações dos operários, Lúcio afirma que o funcionamento da primeira turbina de Jirau entrou em funcionamento 20 meses antes da previsão inicial, que era de 54 meses.

Desde o dia 17 de agosto Jirau gerava em esquema de testes. Após a avaliação positiva do operador nacional do sistema, foi pedida a autorização à Aneel para transmitir essa energia para RO e AC, que saiu nesta sexta no Diário Oficial da União.

A energia gerada pela primeira máquina será toda direcionada ao sistema Acre-Rondônia. Quando a linha de transmissão do Madeira estiver pronta para operar comercialmente, a energia produzida pela usina já concluída terá potência suficiente para abastecer mais de 10 milhões de residências.
Guindaste é utilizado para mover peças (Foto: Taísa Arruda/G1) 
De acordo com Lúcio, a energia será vendida, no mercado regular, por R$ 100 cada MW. Cada turbina pode gerar até 75 MW. "Para suprir a demanda atual de energia do país, seria necessário construir 60 usinas com capacidade igual a de Jirau, já que o Brasil cresce cerca de 5% ao ano", explica Lúcio.
Primeira turbina
A primeira máquina da hidrelétrica a ser colocada em operação comercialmente foi a unidade geradora 29. De acordo com o cronograma do empreendimento, serão colocadas em operação entre 6 e 10 unidades geradoras da usina ainda neste ano.

A Energia Sustentável do Brasil é formada pela GDF Suez (60%), Eletrosul (20%) e Chesf (20%), essas duas últimas do grupo Eletrobras.
Jirau será a quarta maior hidrelétrica do país em capacidade total de geração, ficando atrás da binacional Itaipu, que tem 14 mil MW de capacidade, Belo Monte, que ainda está em construção e terá capacidade instalada de 11.233 MW, e da usina de Tucuruí, no Pará, que possui capacidade de 8.535 MW.
Paralisações e mortes
Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), foram sete vítimas fatais em acidentes ocorridos dentro do canteiro de obras desde 2010.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero), Raimundo Toco, ao longo da construção da hidrelétrica os trabalhadores paralisaram as atividades quatro vezes. Mas conquistaram direitos como visitar as famílias, plano de saúde, participação nos lucros e cesta básica no valor de R$ 350.

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