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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Mais de 7 milhões de brasileiros utilizam a internet wi-fi dos vizinhos


Apesar de vivermos na era digital, em média 7,1 milhões dos brasileiros utilizam a internet wi-fi compartilhada dos vizinhos. Ou seja, fazem um ‘gato’ para ter acesso à web. Os números são de pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada ontem, que considerou o universo de aproximadamente 85 milhões de internautas no País. 

O Tribunal Regional Federal decidiu, na sexta-feira, que o compartilhamento de sinal não é crime. Em outras palavras, quando alguém contrata o serviço de internet e faz o uso sem fio, tem livre escolha para deixar a rede aberta ou colocar uma senha de acesso.

Segundo o consultor do Instituto Data Popular Márcio Falcão, o número não impacta negativamente nas operadoras que oferecem o serviço. “As empresas que vendem banda larga acabam vendo essas pessoas como potenciais consumidoras”, afirma.

O presidente da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações, Eduardo Tude, compartilha da opinião. “Apesar de essas pessoas não comprarem o serviço, quem está deixando a rede aberta compra.”

Porém, quem deixa o sinal aberto tem que estar ciente que a ‘rapidez’ do acesso à web vai ser reduzida. “A banda larga tem uma velocidade e, quanto mais pessoas se conectarem, mais esse número vai ser dividido”, explicou o professor do curso de Engenharia de Computação do Instituto Mauá de Tecnologia João Carlos Lopes Fernandes.

Fernandes também alerta que deixar a internet acessível a qualquer um que quiser navegar sem pagar por isso pode comprometer a segurança do usuário. “Qualquer pessoa que comprar um roteador, por exemplo, consegue instalar a web com as instruções. A não ser que ela tenha uma senha.Caso contrário, basta ter um smartphone ou notebook para conseguir ver as redes disponíveis. Se for alguém mal-intecionado, pode usar a rede para roubar dados pessoais de quem está cedendo o acesso.” 
DADOS
De acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas que usam o sinal compartilhado está na classe C (10%). “A nova classe média, além de ter valores de solidariedade, tem pacotes com a velocidade mais elevada do que na classe baixa”, justifica Falcão. Ou seja, é um prato cheio para os vizinhos com poder aquisitivo semelhante.

Na avaliação de Tude, esse percentual se deve ao fato de que, “para ter acesso à internet, você precisa de um smartphone ou computador, e isso é comum na classe média”. 

Os jovens de 16 a 25 anos lideram a pesquisa em relação à faixa etária, com 21%. Já a região com mais pessoas que usam a rede compartilhada é o Sudeste, com 8%. 

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