O maior acesso aos medicamentos e uma queda considerável no custo do tratamento podem alterar dados das Nações Unidas de que anualmente 1,7 milhão morre por conta da doença.
Nova York - Nova York - O diretor-executivo-adjunto da Unusida, programa das Nações Unidas destinado a combater a Aids (Unusida), Luis Loures, afirmou que a luta contra a doença entrou em nova fase e que já é possível vislumbrar o fim da epidemia.
"Eu penso que 2030 é uma meta viável para dizer que chegaremos ao fim da epidemia. O HIV vai continuar a existir com um caso aqui e outro ali, mas não no nível epidêmico de hoje", estimou.
Cerca de 3 milhões de novos infectados com o HIV são registrados anualmente no mundo, sendo que 1,7 milhão acabam falecendo, apontam dados da ONU. No entanto, o maior acesso aos medicamentos e uma queda considerável no seu custo podem mudar esse número.
O tratamento anual para uma pessoa com HIV custava em média US$ 17 mil há 20 anos. Hoje, ele caiu para US$ 150 por ano, graças aos genéricos.
Além disso, as pessoas com o HIV iniciam os tratamentos cada vez mais cedo, o que retarda o aparecimento da doença.
Na última década, o número de novas infecções anuais caiu 20% e, numa lista mais restrita de 25 países (13 deles da África subsaariana), caiu 50%, apontam dados da Unusida. Além disso, em apenas 24 meses, o número de pessoas com acesso ao tratamento para o HIV aumentou 60%.
Loures afirmou que, agora, o desafio é atingir os homossexuais, trabalhadores sexuais e consumidores de drogas, que não vão atrás do tratamento por medo de serem discriminados e criminalizados.
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