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sábado, 14 de setembro de 2013

Consumo levará 2 anos para voltar a crescer


Para economista, novo ciclo de expansão forte do crédito começará entre 2015 e 2016
Um novo ciclo de expansão do consumo no Brasil deve começar dentro de dois anos, após um período de compressão do crescimento econômico e do crédito.
A avaliação é do economista-chefe do Santander, Maurício Molan, para quem é apressado dizer que o ciclo de crescimento amparado no consumo se esgotou. O Santander é o terceiro maior banco do país, com R$ 218 bilhões em empréstimos.
"Feito o ajuste de competitividade, o Brasil tem espaço para entrar num ciclo de consumo via crédito", disse a empresários na Câmara de Comércio Brasil-Espanha.
Molan diz que o brasileiro é menos endividado em relação à renda do que americanos e chilenos e há espaço para o aumento dos empréstimos, principalmente do crédito imobiliário. A linha tem taxas mais baixas do que as tradicionais.
Segundo ele, a migração de consumidores para um crédito mais barato tende a reduzir os gastos regulares com dívidas, abrindo espaço para novos empréstimos.
O brasileiro compromete cerca de 22% de sua renda com o pagamento de empréstimos. Nos EUA, o percentual é 14%, e, no Chile, 11%.
"A mudança na composição do crédito naturalmente vai levar a um aumento dos empréstimos e do consumo."
O crédito, que já cresceu a um ritmo de 20% ao ano em 2010, registrou expansão de 8,2% em julho, segundo dados do Banco Central.
A desaceleração ocorre, diz Wermeson França, da consultoria LCA, porque as famílias ficaram muito endividadas, após o boom de crédito de 2010. Mas também porque os bancos estão cautelosos.
Luiz Rabi, da Serasa Experian, afirma que as perdas dos bancos com calote somaram R$ 97,5 bilhões no ano passado. "Neste ano deve baixar um pouco, mas ainda ficarão acima de R$ 90 bilhões."
O prejuízo desestimula uma retomada forte dos empréstimos. A moderação do crédito explica parte do baixo crescimento da economia.
A previsão do economista da LCA é que, com o crédito mais contido, o consumo das famílias só volte a puxar o restante da economia em 2015.
"O crédito vai se recuperar, mas não será a mesma festa de 2010", afirma França.
Contribuem para essa moderação no curto prazo uma inflação mais alta e um aumento menor do salário mínimo, cuja correção segue o crescimento da economia.
"Esses fatores estarão mais diluídos em 2016, mas não será uma euforia", diz França.
Para Rabi, o ciclo de ouro do crédito, entre 2004 e 2010, foi proporcionado por uma queda de cerca de dez pontos da taxa básica de juros e de reformas estruturais.
"Dificilmente repetiremos o ciclo de consumo e crédito", declara.

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