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sábado, 15 de dezembro de 2012

Petrobras, Vale e Gol lideram ganhos do Ibovespa; veja mais destaques

Ações da Usiminas caem forte e fecham como pior ação do Ibovespa na semana; Fibria, Rossi, Eletropaulo e SLC Agrícola também se destacaram

 
Em um mais um dia volátil na BM&F Bovespa, o Ibovespa fechou em alta de 0,49%, aos 59.604 pontos - amparado pela movimentação positiva das ações de maior peso no índice - as preferenciais de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE5), que subiram 3,27% e 3,17%, respectivamente. Além da volatilidade trazida pelo vencimento de opções na segunda-feira, ambas empresas tiveram notícias positivas que impulsionaram as cotações nessa sexta-feira (14).
A ponta positiva do índice, porém, ficou com a Gol (GOLL4), que acentuou os ganhos no final e fechou em alta de 8,33%, para R$ 10,79. Contudo, os analistas consultados pela InfoMoney ressaltaram que nada sobre a empresa foi posto a público. Já a ponta negativa ficou com a Rossi Residencial (RSID3), que caiu 6,67%, aos R$ 4,48. "Não tem nada que foi divulgado publicamente que possa estar causando essa movimentação na Rossi, então pode ser apenas uma realização nessa sessão", avalia Wesley Bernabé, analista do BBInvestimentos. Mesmo com essa forte queda, os papéis da construtora terminaram a semana com ganhos de 2,75%.
Movimentação de Petrobras e Vale foi fundamental para alta do Ibovespa nesta sessão (Getty Images)
Movimentação de Petrobras e Vale foi fundamental para alta do Ibovespa nesta sessão (Getty Images)
Venda de ativos da Petrobras na ArgentinaA Petrobras seguiu o desempenho de sua controlada Petrobras Argentina, que tiveram alta de 4,06% na Merval, a bolsa de lá, com especulações de que a empresa anunciará uma venda de ativos. Juntamente com os ADRs (Argentinian Depositary Receipts) da controladora, a Petrobras representam 10% do índice argentino, que impulsionado por isso, subiu 3,21% nessa sexta.
Com isso, as ações da petrolífera subiram forte na BM&FBovespa. Além dos preferenciais, os papéis ordinários da empresa (PETR3) avançaram 3,95%, aos R$ 20,55. Segundo o jornal argentino La Nacion, as propostas para a compra dos ativos devem ser apresentadas ainda nesta sexta, no Rio de Janeiro.
Há quatro interessados, todos argentinos, sendo a YPF um deles. O jornal diz que seis executivos envolvidos na operação confirmaram a informação. Procurada pelo InfoMoney, a Petrobras disse que não comenta o assunto. A publicação não fala em valores.
Vale impulsionada pela ChinaAlém de VALE5, as ações ordinárias da Vale (VALE3) também dispararam, alçando a segunda maior alta do Ibovespa, com alta de 3,99%, atingindo os R$ 41,20. O movimento das blue chips foi um dos fatores principais para o Ibovespa ficar no positivo nesta sessão. A Vale e a Petro representam cerca de 20% do índice.
"Eu diria que dois fatores estão levando a mineradora a subir", avisa Carlos Müller, analista-chefe da Geral Investimentos: a aprovação de um projeto no Ceará e os números chineses divulgados nesta segunda.
O HSBC divulgou que o PMI (Purchasing Manager's Index) industrial chinês passou de 50,5 em novembro para 50,9 em dezembro, segundo dados prévios. Números acima de 50 indicam expansão da atividade industrial. Além disso, um centro de estudos do governo chinês indicou crescimento de 8% na China em 2013.
A Vale exporta grande quantidade de sua produção à China e uma melhora da economia do gigante asiático traz maior demanda por minério de ferro - sua principal commodity. "Números bons chineses sempre impulsionam a Vale", destaca o analista.
O projeto aprovado em Pecém, no Ceará, também é importante para a alta. "É um projeto voltado para exportação em uma zona com regime tributário diferenciado", diz Müller, salientando que é proveitoso para a a Vale ter menos encargos governamentais. Pecém é uma ZPE (Zona de Processamento de Exportação).
O investimento - aprovado ontem pelo conselho interministerial de ZPEs - será de US$ 98 milhões. A expectativa é que a empresa forneça e beneficie o minério de ferro para a CSP (Companhia Siderúrgica do Pecém), na qual a Vale possui 50% do capital.
Usiminas sobe forteApesar da entrada da Ternium ter trazido à Usiminas (USIM3, USIM5) uma equipe de nível mundial, com competência para entregar uma impressionante revolução na empresa nos próximos anos, a equipe do Credit Suisse cortou a recomendação dos papéis para underperform, isso é, desempenho abaixo da média do mercado.
As ações responderam com forte queda. O papel USIM3 recuou 3,24%, aos R$ 12,56, enquanto o USIM5 caiu 5,29%, para R$ 11,46. Segundo escrevem em relatório os analistas Ivano Westin, Marina Melemendjian e Viccenzo Paternostro, a recente alta das ações é excessiva e o mercado parece estar superestimando os benefícios trazidos pela Ternium. A equipe do banco elevou o preço-alvo de R$ 8,60 para R$ 9,00, mas que indica um potencial teórico de desvalorização de 24,5% sobre o fechamento de USIM5.
Segundo cálculos do Credit Suisse, desde agosto a Usiminas superou o Ibovespa em cerca de 68%, assim como têm mostrado uma valorização 67% mais forte que os preços de aços planos e 63% acima de seus pares no Brasil.
Os analistas lembram que desde aquele mês as ações têm sido favorecidas por diversos incentivos do governo - redução no custo da energia, elevação nas tarifas de importação e desvalorização cambial -, ao mesmo tempo em que a empresa tem empreendido esforços para cortar custos e aumentar a eficiência.
Eletropaulo chega a cair quase 10%, mas se recuperaCondenada a pagar um empréstimo bilionário à Eletrobras (ELET3, ELET6), que estava em disputa na justiça, as ações da Eletropaulo (ELPL4) despencaram 9,29% na manhã desta sexta, aos R$ 12,70. O papel conseguiu recobrar um pouco de forças mas fechou em forte queda: 5,50%, aos R$ 13,23.
Segundo comunicado enviado ao mercado, esse valor vem desde outubro de 1986, quando a Eletropaulo ainda era controlada pelo estado de São Paulo. A disputa envolve o pagamento de saldo de empréstimo contratado entre as duas elétricas. A Cteep (TRPL4) também estava envolvida na disputa.
No entanto, a 5ª Vara da Comarca do Rio de Janeiro determinou que a Eletropaulo é integralmente responsável pelo pagamento, cujo valor atualizado equivale a R$ 1,3 bilhão. O valor de mercado da empresa é de R$ 3 bilhões, segundo cotação do último fechamento. As ações ELET3 avançaram 0,61%, enquanto as ELET6 subiram 1,46%, para R$ 6,64 e R$ 9,74, nesta ordem.
Fibria: chega a cair 6% zera perdas
A Fibria (FIBR3) iniciou negociações entre as maiores quedas do Ibovespa, depois que a Receita Federal autuou a companhia em R$ 1,6 bilhão por operação com IP (International Paper). Os papéis chegaram a registrar perdas de 6,22%, antes de se recuperarem e fechar em leve queda de 0,36%, aos R$ 22,09.
Apesar desse movimento dos papéis, a empresa informou em comunicado que a multa não gera nenhum impacto financeiro para a companhia no curto e médio prazo. O valor de R$ 1,6 bilhão consiste em: R$ 556 milhões de principal e R$ 1,110 bilhão de multa e juros.
Em 1° de janeiro de 2007, a companhia, que naquela época era VCP (Votorantim Celulose Papel), celebrou um acordo com a IP, cuja intenção era a permuta de ativos industriais e florestais de ambas.
Em consequência, a VCP transferiu à IP a unidade de produção de celulose e papel localizada no município de Luiz Antonio (SP), assim como a correspondente base florestal. Por sua vez, a International Paper transferiu ativos relativos a uma unidade de celulose em construção, além de terras e florestas plantadas localizadas no entorno de Três Lagoas (MS).
SLC sobe após inclusão em carteira do HSBCEm um dia atípico, com volume financeiro acima da média, as ações da SLC Agrícola (SLCE3) marcam alta considerável. Os papéis da companhia registraram avanço de 3,26%, cotados a R$ 18,69. Os ativos SLCE3 movimentaram R$ 5,1 milhões, bem acima da média diária dos últimos 21 pregões - cerca de R$ 3 milhões.
Um dos motivos para a alta pode estar associado à melhor percepção da equipe de análise do HSBC para os próximos resultados da empresa. Diante da expectativa de que a taxa de câmbio fique em R$ 2,30 no ano que vem, o banco inclui os papéis da SLC em sua carteira recomendada.
"Acreditamos que a empresa está em posição para ser favorecida pela desvalorização do real e que o recente enfraquecimento da ação propicia um ponto de entrada interessante", escreveram os analistas em relatório. Eles ainda ressaltam o preço das terras, que são baseados em dólares, favorecendo a receita da companhia em relação aos custos. Os analistas ainda apontam para um balanço sólido, com baixa alavancagem, sendo apenas metade em dólares.

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