
Remodelado
e modernizado para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de
2016, o Maracanã está "abandonado", após custar R$ 1,3 bilhão aos cofres
públicos. A reportagem de "O Globo" visitou o estádio na quarta-feira e
viu a sua degradação, muita sujeira, falta de luz, gramado sem manutenção e restos de material
da Olimpíadas, além da presença de muitos gatos no equipamento esportivo
que foi reformado pela última vez em 2013, após ficar fechado por quase
três anos. Comentarista do SporTV,
Paulo César Vasconcellos lamentou o atual estado do local e criticou as
pessoas que estão fugindo da responsabilidade de administrar o estádio.
- A cidade do Rio de Janeiro, para a passagem do ano, recebeu 830 mil turistas. Aí, o segundo cartão postal mais visitado da cidade está abandonado (...). É um absurdo o jogo de empurra que se instalou sobre a responsabilidade sobre o Maracanã. Eu não consigo entender como as pessoas envolvidas conseguem conviver com isso. É entristecedor.
- A cidade do Rio de Janeiro, para a passagem do ano, recebeu 830 mil turistas. Aí, o segundo cartão postal mais visitado da cidade está abandonado (...). É um absurdo o jogo de empurra que se instalou sobre a responsabilidade sobre o Maracanã. Eu não consigo entender como as pessoas envolvidas conseguem conviver com isso. É entristecedor.
O
Governo do Rio de Janeiro e a Maracanã S.A, grupo que assumiu o comando
do complexo esportivo em 2013, responsabilizam o Comitê Organizador
Rio-2016 por não ter devolvido o local da mesma forma que recebeu para a
Olimpíada e Paralimpíada. A concessionária, que não deseja mais seguir
administrando o equipamento, garante que ainda não reassumiu o local, já
que ele não foi devolvido da mesma forma que foi emprestado. Um Termo
de Autorização de Uso assinado antes da liberação do equipamento
esportivo diz que o comitê organizador deverá seguir com complexo sob
sua administração até que tenha concluído todas as obras de reparação de
danos e avarias causadas durante os Jogos.
Repórter de "O
Globo", Carlos Eduardo Mansur lembrou que o estádio foi usado no segundo
semestre de 2016 por Vasco, Flamengo e Fluminense sem que o Rio 2016,
Governo do Rio de Janeiro e concessionária assumissem quem era o
responsável pelo local. O "Jogo das Estrelas" realizado por Zico, no dia
28 de dezembro, foi a última partida que aconteceu no estádio.
-
Se você conversa com pessoas que realizaram eventos no Maracanã do
final da temporada passada para o início do ano, quase todos os eventos
foram realizados em um processo de informalidade. Cada um dos clubes
procurou concessionária, Governo do Rio de Janeiro e o Rio 2016 e
ninguém dizia quem estava administrando o estádio. Há um erro de origem
que explica o fato do Maracanã ser um estádio sem dono e está no Governo
do Rio de Janeiro, sustenta um constrangedor silêncio nesse processo.
Após
assumir a gestão do estádio em 2013, o consórcio da Oderbrecht pediu
rescisão do contrato três anos depois. Flamengo e Fluminense desejam
assumir a administração do equipamento junto com empresas como CSM, GL
Eventos e Amsterdam Arena (que administra o estádio do Ajax). O Governo
do estado do Rio de Janeiro já se reuniu com a francesa Lagardère -
associada à brasileira BWA - que também está de olho no complexo
esportivo.

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