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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Venda de máquinas agrícolas avança 6,1% em setembro

No acumulado do ano, no entanto, foi registrada uma queda de 17,4%

maquinas_semeadora_john_deere (Foto: Sima/Divulgação)
AAasAa As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no atacado atingiram 4.795 unidades em setembro, alta de 22,2% na comparação com igual mês do ano passado e crescimento de 6,1% ante agosto, divulgou nesta quinta-feira (6/10) a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado do ano, no entanto, a queda é de 17,4% sobre igual período de 2015.
A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias chegou a 5.080 unidades em setembro, alta de 0,9% em comparação com igual mês do ano passado, mas tombo de 13,6% em relação a agosto. No acumulado do ano, a queda é de 21,7%. As exportações de máquinas agrícolas em valores totalizaram US$ 157,469 milhões em setembro, alta de 3,2% na comparação com igual mês do ano passado, mas recuo de 8% ante agosto. No ano, as vendas externas acumulam crescimento de 4,2%, para US$ 1,374 bilhão.
O total de máquinas agrícolas exportadas no nono mês do ano chegou a 976 unidades, avanço de 13,1% em relação a setembro de 2015. Na comparação com agosto, houve alta de 6,9%. No acumulado do ano, porém, há retração de 8,6%, para 7.034 unidades.
Cenário geral
As montadoras instaladas no Brasil terminaram setembro com o menor nível de produção para o mês desde 2003. Foram 170.815 veículos produzidos no nono mês do ano, queda de 2,2% em relação a igual período do ano passado e baixa de 3,9% em comparação a agosto, informou a Anfavea.
No acumulado de janeiro a setembro, 1.533.951 unidades saíram das fábricas, recuo de 18,5% sobre o resultado alcançado em igual intervalo de 2015.Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 163.825 unidades em setembro, retração de 1,9% em relação a setembro do ano passado e tombo de 4,2% ante o volume do mês anterior. No acumulado do ano, a queda é de 18,3%, para 1.493.022 unidades.
Entre os pesados, foram 4.846 caminhões produzidos no mês passado, baixa de 16,7% ante igual mês de 2015 e declínio de 7% sobre o volume de agosto. O segmento acumula queda de 21,7% no ano até setembro, para 46.447 unidades. Já no caso dos ônibus, as montadoras produziram 2.144 unidades em setembro, expansão de 24,1% sobre o resultado de igual mês do ano passado e alta de 46,4% em relação a agosto. No ano, no entanto, há baixa acumulada de 22,5% - 14.482 unidades.
Com o corte na produção da indústria automobilística como um todo, as demissões continuam nas montadoras. Só em setembro, 1.368 vagas de emprego foram eliminadas. Considerando os últimos 12 meses, são 8.979 vagas a menos. Com isso, o setor conta hoje com 124.630 funcionários, recuo de 6,7% em relação ao nível de setembro do ano passado.
Vendas
A venda de veículos novos no Brasil alcançou 159.961 unidades em setembro, recuo de 20,1% em comparação com igual mês do ano passado e baixa de 13% sobre o resultado de agosto, informou a Anfavea. No acumulado do ano, a queda é de 22,8% em relação a igual período do ano anterior, para 1.508.795 unidades.
Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 155.065 vendas em setembro, retração de 19,6% em relação a setembro de 2015 e contração de 13% ante o volume do mês anterior. Com isso, as vendas acumulam, de janeiro a setembro, recuo de 22,5% sobre igual intervalo do ano passado, para 1.460.627 unidades.
Entre os pesados, foram 4.195 caminhões vendidos no nono mês do ano, baixa de 29,2% ante igual mês do ano passado e recuo de 4,6% sobre o resultado de agosto. No acumulado do ano, o segmento acumula retração de 30%, para 38.867 unidades.
No caso dos ônibus, as marcas venderam 701 unidades em setembro, queda de 46,2% sobre o resultado de igual mês do ano passado e tombo de 42,4% em relação a agosto. A queda no acumulado do ano é de 32,2%, para 9.301 unidades.
Estoques
Com a baixa demanda, os estoques continuam elevados. Os pátios das montadoras e das concessionárias terminaram o mês com 212,5 mil veículos à espera de um comprador. O estoque é suficiente para 40 dias de venda, considerando o ritmo das vendas registrado em setembro. Em agosto, o número de veículos encalhados, 211,4 mil, também era suficiente para 40 dias de vendas. Segundo a Anfavea, o ideal é que os estoques sustentem cerca de 30 dias de vendas.
Exportações
As exportações em valores de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 991,461 milhões em setembro, o que corresponde a uma alta de 18,4% na comparação com setembro do ano passado e a um avanço de 7,8% ante agosto. No acumulado do ano, no entanto, houve baixa de 3,2% sobre igual período de 2015, para US$ 7,697 bilhões. No nono mês do ano, foram exportadas 38.779 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que representa expansão de 15,8% na comparação com setembro do ano passado, mas contração de 3,5% ante agosto. No acumulado do ano, houve avanço de 19,2% sobre igual período de 2015, para 351.175 unidades.
Justificativas
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, afirmou que a greve dos bancários e a interrupção da produção na Volkswagen contribuíram para a queda no volume produzido em setembro. No mês, o número de unidades fabricadas chegou a 170.815, o menor para setembro desde 2003.
Segundo Megale, a greve nos bancos reduziu ainda mais a oferta de crédito para financiamento de veículos, que já estava baixa em razão da recessão econômica. "Tanto que a participação dos financiamentos no volume de vendas caiu em setembro (para 51,9%), chegando próximo ao piso histórico (de 51,8%)", disse o executivo.
No caso da Volkswagen, uma das maiores montadoras em operação no Brasil, a produção foi suspensa em agosto e só foi retomada na metade de setembro, em meio a um imbróglio envolvendo uma empresa fornecedora de peças.
Apesar da queda, Megale acredita que o setor deve ter um "crescimento mais interessante" no ano que vem, impulsionado pela melhora da economia e pela redução do medo do brasileiro de perder o emprego, que elevariam a venda de veículos.
Mesmo neste ano ele já aposta em uma retomada, que se tornaria possível com o fim da greve dos bancários, a retomada da produção na Volkswagen e o tradicional aquecimento do mercado em novembro e dezembro. "Devemos voltar a produzir acima de 200 mil unidades ainda este ano", disse.

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