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sábado, 20 de agosto de 2016

Indústria reage, mas tem alta ociosidade

Brasília – O desempenho da indústria pouco se alterou na passagem de junho para julho, segundo a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de produção do setor ficou estável em 46,6 pontos no período. Apesar de ainda estar abaixo dos 50 pontos, o que indica queda da produção, a retração é menor que a observada em igual mês do ano anterior. Em julho de 2015, o índice de evolução da produção estava em 44 pontos.
“O valor (de julho de 2016) é maior que o registrado no mesmo mês de 2015, mas inferior ao de anos anteriores”, alertou a CNI. A entidade alerta para o fato de que tanto a produção quanto o número de empregados permanecem em queda, e a ociosidade continua muito elevada. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) avançou de 64% em junho para 65% no mês passado, atingindo o maior nível desde novembro de 2015 (66%).
Ainda assim, o resultado ficou abaixo do que foi registrado em julho do ano passado e apresentou piora frente aos índices de anos anteriores, que superavam 70%. Prova disso é que o indicador está bem abaixo da média histórica – o chamado UCI efetiva-usual –, que ficou em 36,5 pontos em julho deste ano. Quando esse indicador fica abaixo dos 50 pontos, é sinal de que a ociosidade ficou acima do normal naquele mês.
Como ponto positivo, a CNI destacou que os estoques seguem no nível planejado pelas empresas pelo oitavo mês seguido. A situação representa mudança em relação a 2015, quando empresários relatavam estoques acima do desejado como situação recorrente.
Apesar de a situação atual delicada, o otimismo em relação à demanda é o maior em dois anos, ressaltou a CNI. O índice subiu 2,1 pontos, para 55 pontos em agosto, ante julho, maior nível desde agosto de 2014. Acima dos 50 pontos pelo terceiro mês consecutivo, o resultado sinaliza que os empresários projetam aumento no consumo nos próximos meses.
Já o índice de expectativa de exportação ficou em 51,9 pontos em agosto, quando no mês anterior estava em 51,8 pontos. O índice de expectativa de compra de matérias-primas, por sua vez, cresceu 1,1 ponto neste mês, atingindo 51,9 pontos. Por outro lado, o índice de expectativa de emprego ficou em 47,8 pontos em agosto. Embora o indicador tenha subido 1,5 ponto em relação a julho, o resultado segue apontando redução no número de empregados da indústria. A intenção do empresário de investir ficou em 42 pontos neste mês. “Embora seja o maior valor do ano, o índice encontra-se 5,9 pontos abaixo de sua média histórica”, ponderou a CNI.
QUEDA EM MINAS
A pesquisa Sondagem Industrial feita pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) mostrou em julho recuo mais intenso dos indicadores da atividade frente ao mês anterior, quebrando a sequência de melhora gradativa do setor. Houve queda na produção e no emprego e o nível de utilização da capacidade instalada operou abaixo do considerado usual. O indicador de produção ficou em 45,6 pontos e o do emprego atingiu 43,8 pontos, portando ambos abaixo da linha divisória dos 50 pontos. De acordo com a Fiemg, de forma geral, os estoques de produtos finais apresentaram redução e encerraram o mês abaixo do planejado pelas empresas. Só aquelas de grande porte fecharam o mês com o nível de estoques conforme o planejado. Os empresários esperam aumento na demanda por produtos nos próximos seis meses.

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