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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Nissan comprará 34% da Mitsubishi Motors e se torna maior acionista

Mitsubishi está mergulhada em um escândalo de fraude de consumo. Negócio de US$ 2,1 bilhões ajudará a 'recuperar confiança', diz 'chefão'.

Carlos Ghosn, CEO da aliança Renault-NIssan,  e Osamu Masuko, CEO da Mistsubishi, nesta quinta-feura (12) (Foto: Thomas Peter / Reuters) 
A montadora japonesa de automóveis Nissan vai adquirir, mediante um aumento de capital, 34% da Mitsubishi Motors, empresa mergulhada em um escândalo de fraude de medição de consumo de combustível e eficiência energética, revelam documentos oficiais publicados nesta quinta-feira (12).

Em documentos transmitidos à Agência de Serviços Financeiros (FSA), a Mitsubishi Motors explica que emitirá para a Nissan 506,6 milhões de ações ordinárias, ao preço de 468,52 ienes a unidade, totalizando 237,360 bilhões de ienes (US$ 2,18 bilhões).
O presidente da Nissan, o franco-brasileiro Carlos Ghosn, disse que a aliança de capital ajudará a Mitsubishi a recuperar a confiança do público.
A ação da Mitsusbishi Motors tinha cotação de 495 ienes na quarta (11), pouco antes da imprensa divulgar as primeiras informações sobre as negociações entre os dois grupos. Após a confirmação, a ação registrou alta de 16,16% nesta quinta, a 575 ienes.
O acordo que estabelece a participação da Nissan será assinado até 25 de maio e a transação será efetiva em outubro.
Com a operação, a Nissan Motor se tornará a maior acionista da Mitsubishi Motors Corporation (MMC), à frente do grupo Mitsubishi Heavy Industries, que possui 20% das ações.
Os dois grupos já eram sócios: a Nissan fornece sedans para a MMC e a MMC fabrica veículos de porte pequeno para a Nissan.
Foi justamente a Nissan que descobriu as irregularidades na medição de eficiência energética dos veículos da Mitsubishi Motors.
A Mitsubishi Motors admitiu em 20 de abril a manipulação dos dados em quatro modelos, para melhorar seu rendimento energético. Depois, a empresa reconheceu que utiliza testes não homologados no Japão há 25 anos.
Desde a explosão do escândalo, as vendas japonesas da Mitsubishi Motors caíram e a ação da empresa despencou mais de 40%, o que cria incerteza a respeito do futuro do grupo, uma das menores montadoras japonesas, com apenas um milhão de veículos vendidos ao ano.

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