
O estádio amazonense teve cinco meses nos quais não arrecadou um
centavo sequer. O mês mais rentável foi janeiro, quando Flamengo, Vasco e
São Paulo disputaram torneio amistoso. Os R$ 325 mil obtidos naquele
mês, de qualquer modo, não cobriram o custo mensal.
Os dados foram enviados a ÉPOCA pela Secretaria de Estado de Juventude,
Esporte e Lazer (Sejel), órgão do governo do Amazonas que assumiu a
gestão da Arena no início de 2016. Antes a função era da Fundação Vila
Olímpica (FVO), extinta, também ligada ao governo.
A perspectiva para 2016 é de mais um ano no vermelho. A Arena acumulou
mais R$ 1,1 milhão em prejuízo nos quatro primeiros meses do ano. O
governo do Amazonas só conseguiu respirar em abril, quando Fluminense,
Vasco e Flamengo fizeram duas partidas do Campeonato Carioca no estádio e
geraram R$ 563 mil – foi a primeira vez que a receita foi maior do que a
despesa mensal.
A Arena da Amazônia tem um prejuízo menor do que outros estádios que
sediaram a Copa do Mundo justamente porque fica lacrada a maior parte do
ano para gastar menos. A Fonte Nova, na Bahia, fechou 2015 com R$ 24,3 milhões em prejuízo operacional.
O estádio amazonense é, desde o início de 2016, administrado por
Fabrício Lima, nomeado pelo governador José Melo (Pros) chefe da Sejel.
Lima quer aproveitar o fechamento do Maracanã para os Jogos Olímpicos
para levar clubes cariocas para jogar na Arena. O governo retém 10% da
renda bruta de cada uma dessas partidas e se livra do pagamento do
quadro móvel – funcionários que organizam o jogo.
Outro plano de Lima é alugar áreas internas para aniversários,
casamentos e eventos. As diárias ficam entre R$ 5 mil e R$ 14 mil.

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