
A montadora alemã Volkswagen, que conta com quatro fábricas no Brasil, pretende demitir mais 3 mil funcionários de suas operações no país. Segundo comunicado divulgado pela empresa nesta sexta-feira (18/11) plano é fechar 5 mil vagas por um período de cinco anos a partir de 2016, sendo que 2 mil delas já foram cortadas, todas por meio de Programa de Desligamento Voluntário (PDV).
As
novas demissões, disse a empresa, já estão previstas em negociações com
os sindicatos. "Nas unidades de São Bernardo do Campo (SP) e São José
dos Pinhais (PR) os acordos já foram firmados no início de 2016 e têm
uma vigência de cinco anos. As fábricas de Taubaté (SP) e São Carlos
(SP) estão em negociação com a representação dos empregados", diz a nota
da montadora, que também anunciou 2 mil demissões na Argentina, das
quais mil já foram efetuadas.
A Volkswagen ponderou, no entanto,
que o fechamento de mais 3 mil vagas no Brasil e outras mil na
Argentina, no período de cinco anos, vai depender da evolução do mercado
de veículos nos dois países.
O comunicado referente a demissões
no Brasil e na Argentina foi divulgado após a matriz da empresa alemã
anunciar, no início do dia, que fará um corte de 30 mil postos de
trabalho em fábricas ao redor do mundo, como parte de uma reestruturação
de suas operações para produção de carros de passageiro.
Em 2015,
ano em que a Volkswagen admitiu ter trapaceado em testes de emissões de
poluentes, a montadora teve a sua primeira queda global de vendas em 13
anos.
No Brasil, onde a venda de veículos enfrenta uma queda
generalizada desde 2013, a Volkswagen foi a que mais perdeu participação
de mercado nos segmentos de automóveis e comerciais leves. No fim de
2012, a Volkswagen ocupava a segunda posição na preferência dos
brasileiras, com 21,1% de participação. No acumulado de 2016 até
outubro, a fatia da montadora caiu para 11,7%, em terceiro lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.