Em entrevista a canal de TV, presidente eleito afirma que até três
milhões de ilegais serão expulsos dos EUA em seu governo e que projeto
de erguer muro na fronteira com México está mantido.O presidente eleito
americano, Donald Trump, afirmou neste domingo (13/11), em entrevista a
um canal de TV, que seguirá adiante com uma de suas promessas de
campanha mais polêmicas e que poderá deportar até 3 milhões de
imigrantes dos Estados Unidos.
"O que faremos é pegar as pessoas que são criminosas e têm ficha
criminal, membros de gangues, traficantes, um monte dessas pessoas,
provavelmente dois milhões, ou até três milhões - e tirá-las do país ou
encarcerá-las", afirmou Trump em trechos antecipados do programa 60
minutes, da CBS.
No início da campanha, Trump sugeriu que deportaria todos os imigrantes
ilegais dos EUA - estimados em cerca de 11 milhões. Com a aproximação
da eleição, porém, o discurso foi suavizado, com ele afirmando que
expulsaria estrangeiros "criminosos e ilegais". Quem for deportado e
entrar ilegalmente nos EUA, deve pegar, segundo ele, pelo menos dois
anos de prisão.
Trump prometeu também construir um muro na fronteira com o México para
conter a imigração ilegal. A barreira, segundo o magnata, seria paga
pelos próprios mexicanos, através do aumento nas tarifas de fronteira e
do Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta).
Neste domingo, ele voltou a abordar o assunto e disse que, em alguns
trechos, em vez de muro podem ser instaladas cercas. "Pode haver
cercas", afirmou Trump, em sua primeira entrevista desde eleito. "Mas
para algumas áreas, um muro é mais apropriado. Eu sou muito bom nisso:
se chama construção."
Desde a eleição, quando Trump perdeu o voto popular, mas ganhou no
Colégio Eleitoral (uma particularidade do sistema americano), milhares
de pessoas têm ido diariamente às ruas protestar contra o presidente
eleito. A questão migratória é, em geral, o principal alvo das
manifestações.
Enquanto se repetem os protestos, Trump continua mantendo reuniões com
estreitos colaboradores na Trump Tower de Manhattan - um dos alvos das
manifestações diárias - visando a formação do governo que o acompanhará
na Casa Branca, onde entrará pela primeira vez como presidente em 20 de
janeiro.
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