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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Testes com primeira vacina para malária sofrem revés na África


A primeira possível vacina do mundo para malária apresentou apenas 30 por cento de eficácia em bebês africanos em um teste crucial, trazendo dúvidas sobre se poderá ser uma arma útil na luta contra a doença mortal.
O resultado surpreendentemente ruim para a vacina, desenvolvida pela GlaxoSmithKline há três décadas, impõe vários anos de trabalho pela frente antes que uma vacina protetora contra a malária esteja pronta para os países que precisam desesperadamente.
A malária, doença causada por protozoários transmitidos por mosquitos, mata centenas de milhares de pessoas todos os anos, em especial bebês na África. Os cientistas dizem que uma vacina eficaz é essencial para erradicar a doença.
Bill Gates, que ajudou a financiar o desenvolvimento da vacina da GSK, disse que são necessárias agora novas pesquisas para verificar se ela pode ser usada e de que maneira.
"A eficácia mostrou-se menor do que esperávamos, mas o desenvolvimento de uma vacina contra um parasita é uma coisa muito difícil de se fazer", disse Gates em comunicado.
Os resultados do teste final com 6.537 bebês entre seis e 12 semanas mostrou que a vacina forneceu uma "proteção modesta", reduzindo episódios da doença em 30 por cento em comparação com a imunização com uma vacina de controle, afirmaram pesquisadores na sexta-feira.
Essa taxa de eficácia um ano após a vacinação é menor do que metade dos 65 por cento apresentados em um teste anterior feito com bebês, no qual se analisou as taxas de proteção após seis meses. Também é bem menor do que a taxa de 50 por cento observada em crianças de 5 a 17 meses de idade.
A vacinação de bebês, em vez de crianças pequenas, é a opção preferida, uma vez que a vacina nova poderia ser acrescentada ao calendário de imunizações na infância. Um programa separado para crianças mais velhas envolveria uma série de custos adicionais.
Eleanor Riley, professora de imunologia na London School of Hygiene and Tropical Medicine, disse que os resultados mostraram que a vacina da GSK, chamada RTS,S ou Mosquirix, é potencialmente útil, mas "não a solução completa".
"A eficácia ligeiramente menor do que a esperada afetará a análise do custo-benefício que os profissionais da saúde e os financiadores terão de fazer antes de decidir se a vacina representa o melhor uso de recursos financeiros limitados", afirmou.

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