Seja Seguidor do Nosso Blog

Translate

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pesquisa traça o perfil do consumidor inadimplente

Maioria tem restrição por compra realizada com cartão de crédito.
A Boa Vista Serviços, administradora do SCPC, realizou uma pesquisa que traça o perfil do inadimplente observando as causas da inadimplência, as formas de pagamento utilizadas, a intenção de pagamento e o nível de endividamento.
A pesquisa, realizada em setembro de 2012, mostra que 29% das pessoas inadimplentes declaram ter alguma restrição gerada por uma compra realizada com cartão de crédito. Em seguida temos carnê (24%), cheque (17%), empréstimo pessoal (13%), cheque especial (8%) e cartão de loja (8%).
Nas faixas de renda familiar de até três salários mínimos, a porcentagem de consumidores que declaram o cartão de crédito como causador da restrição atinge 30%; nas faixas acima de 10 salários mínimos o número é de 27%, diferença reduzida se comparada ao trimestre anterior, as quais representavam 31% e 23%, respectivamente.
Para 21% dos entrevistados uma das dívidas não pagas originou-se da aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos. 16% citam a compra de produtos ou serviços relacionados à alimentação como os causadores das dívidas, 16% citam a compra de vestuário e calçados e para 11% a origem foi o não pagamento de contas de concessionárias de serviços públicos. Nas faixas de renda acima de 10 salários mínimos a aquisição de móveis, eletro e eletrônicos (17,8%) e a compra de vestuário e calçados (11,8%) lideram as citações, enquanto que para a faixa de renda de até três salários mínimos a aquisição de móveis, eletro e eletrônicos (20,2%) e a compra de produtos ou serviços relacionados a alimentação (18,0%) são as líderes.
O desemprego continua sendo a maior causa da inadimplência, segundo os entrevistados, representando por 33% dos casos. O descontrole financeiro caiu bastante em relação à última pesquisa, de 30% para 23%. Em terceiro lugar temos o empréstimo do nome a terceiros. O desemprego é a causa mais preponderante nas faixas de renda familiar de até 10 salários mínimos. Para as faixas acima de 10 salários mínimos o descontrole financeiro aparece como a principal causa (30%).
Metade dos inadimplentes declara possuir uma conta em atraso que causou a restrição, 27% declaram possuir entre duas ou três contas e 23% possuem quatro contas ou mais. A maioria (31%) das dívidas não pagas está abaixo de R$ 500, mas 18% possuem dívidas abertas acima de R$ 5 mil.
Condições de pagamento e endividamento
9% dos inadimplentes declaram que não terão condições de pagar suas contas em atraso. Dos outros 91% dos consumidores que possuem restrição e esperam ter condições de pagar a dívida, total ou parcialmente, 35% deles pretendem pagar à vista e 65% de maneira parcelada. Destes que esperam negociar as parcelas, 68% pretendem pagar dentro dos próximos 30 dias, 26% entre 30 e 90 dias, 4% entre 90 e 180 dias e 2% negociaram prazos superiores a 180 dias.
Quando perguntados sobre o nível de endividamento e o comprometimento da renda das famílias com o pagamento das dívidas, 22% dos consumidores inadimplentes se declaram muito endividados, 32% acreditam estar mais ou menos endividados e 35% se declaram pouco endividados. Em junho de 2012 eram mais consumidores muito endividados (25%).
Quanto à parcela da renda comprometida com dívidas (somando todas as dívidas, com restrição ou não) 24% declaram que mais da metade da renda familiar mensal está comprometida com o pagamento de dívidas. Esse número era de 27% em junho de 2012.
Situação atual e expectativas
Diminuiu o percentual de inadimplentes que declaram que as dívidas de hoje aumentaram quando comparadas com as do ano anterior. 31% dos entrevistados declaram que as dívidas aumentaram, percentual que era de 38% em junho de 2012. Para 40% diminuíram as dívidas (contra 34% em junho).
Aumentou a proporção de inadimplentes que julga que a sua situação financeira é melhor hoje do que no ano anterior; em junho de 2012 eram 37%, número que chegou a 56% na pesquisa atual. A proporção dos que acreditam que a situação está pior caiu de 21% para 18%.
Também aumentou a porcentagem dos inadimplentes que acredita que a situação financeira estará melhor no próximo ano (90%), contra 73% em junho de 2012, refletindo aumento no otimismo do consumidor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.