O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou
nesta sexta-feira (23), durante a 32ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria que
o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano deve ficar em torno
de 4% ainda que a situação econômica mundial não melhore em 2013. "Infelizmente
temos de contar com esse cenário desfavorável", disse ele, em evento promovido
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com ele será possível um crescimento mais robusto ainda com o cenário internacional seja desfavorável. O ministro aposta em um crescimento da economia americana, que pode estimular a economia internacional. Em relação à Europa, sua avaliação é mais pessimista. "A economia europeia entrou em recessão com dois trimestres consecutivos. Não vejo perspectivas de melhoras. Esse mercado estará fechado para nós", disse ele.
Para o Brasil, ele diz que o segundo semestre de 2012 já mostra sinais de recuperação em relação ao primeiro semestre, que foi "fraco". "Vamos começar 2013 com um crescimento de pelo menos 1,7%, que é o mínimo. Trabalhamos com um crescimento mínimo de 4% para o ano".
De acordo com Mantega, o governo tem tomado várias medidas de estímulo, com uma nova política macroeconômica. "Temos uma política monetária mais eficiente, com juros mais baixos. O câmbio está em uma posição razoável, não ainda satisfatória. Já dá sinais de melhora. As importações diminuíram e a de manufaturados começam a melhorar, ainda que o cenário internacional seja desfavorável", disse ele.
Segundo Mantega, a prioridade para o ano que vem é o estímulo ao investimento. "Ele é o que mais sofre diante de um cenário de crise. Será o carro chefe dessa expansão da economia. Se o PIB cresce 4%, o investimento deve crescer o dobro, 8%".
Ele disse ainda que a redução no custo da energia
será benéfica para o País. "Não podemos sacrificar o Brasil, a estrutura
produtiva, em favor de uma meia dúzia que querem ter lucros altos. É muito
importante essa redução no custo da energia. O consumidor vai ter mais sobra de
renda para comprar produtos", afirmou.
Mantega afirmou que é necessária uma reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Temos problemas de acúmulo de créditos que não são reembolsados e por conta da guerra fiscal provoca uma insegurança jurídica".
O ministro vê condições para o que o problema seja resolvido. "O fruto está maduro. Não é fácil resolver um problema federativo, que envolve os 27 Estados. A proposta é que a alíquota interestadual seja reduzida para 4%. Será cobrado no destino e não na origem", afirmou.
Fonte: Terra
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