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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Protestos param fábricas e lotam ruas

De Norte a Sul, nas Capitais e no Interior, em 27 Estados e no Distrito Federal, milhares de brasileiros repudiaram o Projeto de Lei 4.330, que quer ampliar a terceirização e dar fachada legal à precarização do trabalho.

A manifestação foi organizada por um amplo conjunto de entidades, entre elas CUT, CTB, Intersindical, Nova Central e UGT, com apoio também de sindicatos filiados à Força Sindical. Outras organizações – UNE, Movimento Sem Terra e Sem-Teto – engrossaram os protestos.

Paralisações - Trabalhadores de diversos segmentos cruzaram os braços, entre os quais metalúrgicos, bancários, ferroviários, metroviários, professores, condutores e integrantes de outras categorias profissionais. No ABC paulista, pela manhã, cerca de 20 mil metalúrgicos, principalmente das multinacionais, fizeram manifestação.

A cidade de São Paulo sediou dois grandes atos. Os maiores ocorreram na avenida Paulista, em frente à Fiesp, entidade que apoia e banca a ofensiva pró-terceirização, e no Largo da Batata, Zona Oeste (com cerca de 30 mil pessoas).

Paraná - Manifestações fortes na Capital. Pela manhã, houve bloqueios nas principais rodovias que cortam o Estado. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (filiado à Força Sindical) comandou atos na Volvo, Renault, Volks e Bosch, que reuniram cerca de 20 mil trabalhadores. 

A Agência Sindical ouviu Sérgio Butka, presidente do Sindicato e da Força Sindical Paraná. Ele diz: “Aqui somos totalmente contra esse projeto, que vai trazer prejuízos para a classe trabalhadora. Nas portas das fábricas, foi essa a posição que encontramos nos companheiros. Eles sabem o que é ser terceirizado. Aqui um terceirizado, fazendo as mesmas funções do contratado normal, recebe 50% menos de salário, e não tem muitos benefícios”.

Osasco - O Sindicato dos Metalúrgicos (Força Sindical) mobilizou seis mil trabalhadores em dezenas de assembleias em indústrias como Cimpal, Delphi e Aisin. “A categoria mostrou sua preocupação com as consequências da aprovação do projeto e está junto com o movimento nacional de luta contra a precarização do trabalho”, afirma Jorge Nazareno (Jorginho), presidente da entidade. 

Nova Central - SP - Organizou duas grandes manifestações na capital paulista. Pela manhã, condutores reuniram cerca de 300 pessoas em bloqueios na Via Dutra por mais de uma hora. Além do PL 4.330, o protesto foi contra as MPs 664 e 665. Os trabalhadores também criticaram a Lei 13.103, que flexibiliza a jornada de trabalho dos motoristas. A Central participou ainda de ato na avenida Paulista, onde 1.500 trabalhadores protestaram contra abusos trabalhistas no McDonald´s.

Luiz Gonçalves, presidente da Nova Central - SP, falou com a Agência Sindical e fez um balanço das lutas: “O trabalhador reafirmou que é contra esse PL que só vai beneficiar as empresas. Vamos esperar agora as reações no Congresso Nacional, sem deixar de ficar atentos”.

UGT - A manifestação da Central e Sindicatos dos Padeiros, Siemaco, Sindimoto-SP, Sincab, Sintratel e Comerciários de São Paulo ocorreu na manhã de ontem em frente à Fiesp, na avenida Paulista. O secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, diz: “Queremos que o tomador da atividade terceirizada seja responsável pelo que acontece com o trabalhador terceirizado. Nós defendemos que as condições de trabalho, salários e outros direitos sejam iguais para todos”.

Mais informações: sites das Centrais

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