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segunda-feira, 26 de março de 2018

Sindicalismo permanece alerta ante ameaça de sobretaxa do aço e alumínio


As novas taxas contra o aço e o alumínio importados pelos EUA entraram em vigor na sexta (23). Os produtos de aço terão de pagar tarifa adicional de 25%, enquanto a taxa sobre o alumínio é de 10%. Porém, o governo Trump decidiu excluir o Brasil da cobrança. A suspensão é temporária, até 1º de maio, período em que ocorrerão negociações bilaterais.

Os problemas gerados pelas sobretaxas, principalmente no mercado de trabalho, estiveram na pauta do movimento Brasil Metalúrgico, dia 20. Na ocasião, os dirigentes reafirmaram a disposição intensificar os protestos contra a medida, que ameaçaria até 300 mil empregos no País.

Sexta (23), a Agência Sindical conversou com Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação da categoria (CNTM), sobre a exclusão temporária do País. Segundo o dirigente, essa decisão não muda as expectativas.

"Temos que manter a corda esticada. A suspensão é temporária. Por isso, não vamos baixar a guarda. Acompanharemos as negociações, que podem envolver diversos produtos. Não dá pra confiar num governo que está a serviço do grande capital, em prejuízo da indústria nacional", ele afirma.

Não existe ainda uma posição oficial, mas o Planalto discute uma lista de itens a serem usados em uma eventual negociação com os Estados Unidos. Entre eles, estão as importações pelo Brasil do etanol de milho produzido por lá, o acordo de céus abertos e até a parceria entre a Boeing e a Embraer.

"Não sabemos o que ocorrerá nestas negociações. O que o governo pode oferecer em troca da redução ou da não taxação. Precisamos estar atentos e reagir, caso haja algo que prejudique os trabalhadores. Porque é vestir um santo e despir o outro", diz Miguel.

Para Marcelino da Rocha, presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), é preciso ficar atento. “Teremos um pouco mais de tempo pra pressionar o governo a tomar um posição firme, a favor da indústria nacional. Mas podem acontecer negociações que prejudiquem ainda mais os trabalhadores. Por isso, o movimento sindical precisa manter a mobilização", ressalta o dirigente.

Embraer - Herbert Claros, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e funcionário da Embraer, critica a hipótese de desnacionalização da empresa por conta de um acordo com os norte-americanos.

"A preocupação é grande. Dos 18 mil funcionários que a Embraer tem, 14.500 estão em São José. Onde há fumaça, há fogo. A Boeing costuma fechar fábricas que compra e demitir. Se isso acontecer aqui, será um baque para a economia da região", alerta.

Fonte: Agência Sindical 

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