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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Brasil passa a China como segundo maior produtor de frango do mundo

Responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, o setor avícola nacional conseguiu bons números durante todo este ano, tanto em produção e, principalmente, nas exportações. Para consolidar a boa movimentação, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou em seu último relatório divulgado que o Brasil deverá ultrapassar a China e assumir o segundo lugar no ranking dos maiores produtores de carne de frango, ficando atrás apenas dos norte-americanos. A expectativa é que o País feche em 13,13 milhões de toneladas, alta de 3,5% superior ao ano passado, e ultrapassando os 13,09 milhões previstos no país oriental concorrente.
O Paraná ? maior exportador e produtor de aves do Brasil ? sem dúvida tem peso nestes resultados. O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) projeta que o ano feche com pelo menos 4% de aumento comparado a 2014 nas duas frentes: mercado interno e externo. De janeiro a outubro de 2015, foram exportados 1,23 milhão de toneladas de frango para um valor de US$ 2 bilhões. O ano passado fechou com 1,28 milhão de toneladas e montante financeiro de US$ 2,36 bilhões. No que diz respeito à produção, o Estado abateu de janeiro a novembro 1,53 bilhão de cabeças, sendo que 2014 fechou em 1,56 bilhão.
O presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, explica que o setor atingiu bons percentuais de crescimento, "apesar de um ano de economia travada". "Focar na exportação foi uma das estratégias para o crescimento. O consumo interno, de 45 quilos per capita ano, também nos ajudou. O sucesso da carne de frango está diretamente ligado à sua acessibilidade. As empresas têm que continuar realizando esse ?mix? que envolve o mercado interno e a exportação. O Estado é responsável por 35% da carne de frango enviada a outros países e temos potencial para atingir 50%. Com isso, conseguiremos, inclusive, aumentar o número de abates no futuro".

PREÇOS

O técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Paraná (Seab), Roberto de Andrade e Silva, concorda com o presidente da entidade. "O volume exportado foi significativo e os preços reagiram em 2015, apesar da conjuntura econômica ruim e a elevação dos custos de produção".
De fato, os custos de produção diminuíram a rentabilidade dos produtores durante este ano, como aconteceu em outras cadeias do agronegócio, como a bovina, por exemplo. A dolarização das commodities, como é o caso da soja e do milho, fontes de alimento para os animais, puxou a alta. O preço da saca da oleaginosa hoje está na casa dos R$ 70 enquanto a do milho, R$ 21. "O custo do frango pesado teve um incremento de 30% este ano. Além do peso na alimentação dos animais, o aumento da energia elétrica também foi absurdo e inesperado", ressalta Martins.

Projeção

Para 2016, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê um crescimento entre 3% e 5% nas exportações. Existe ainda uma expectativa para a abertura dos mercados de Taiwan e República Dominicana, além da habilitação de novas plantas na China. Outros países que podem ingressar nesta lista em médio prazo são Austrália, Nova Zelândia e Camboja. "Acredito que vamos repetir os bons números de exportação no ano que vem, ganhando inclusive mercados dos Estados Unidos, que têm perdido espaço nos últimos anos, principalmente depois do caso de influenza aviária que eles passaram", complementa o presidente do Sindiavipar.

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