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sexta-feira, 13 de março de 2015

Lava Jato: ruralistas são 63% dos deputados que serão investigados

Mais da metade dos deputados da lista da Operação Lava Jato – que investiga denúncias de desvios de recursos da Petrobras – faz parte da bancada ruralista. Levando-se em conta todos os relacionados no rol da Procuradoria Geral da República (PGR), os defensores dos interesses do agronegócio são cerca de um terço. Os dados foram obtidos por meio de um cruzamento com o levantamento “Radiografia do novo Congresso: Legislatura 2015-2019”, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Dos 12 senadores mencionados pela Procuradoria, um faz parte da bancada: Benedito de Lira (PP – AL). Entre os 22 deputados, 14 são ruralistas. Isso equivale a 63% dos membros da Câmara que serão investigados. Um político sem mandato, Vilson Covatti (PP – RS), também foi citado. Membros da bancada representam cerca de um terço (29%) da lista completa, que tem 54 nomes.

De acordo com o documento, um congressista pode ser considerado ruralista quando, “mesmo não sendo proprietário rural ou atuando na área de agronegócio, assume sem constrangimento a defesa dos pleitos da bancada, não apenas em plenários e nas comissões, mas em entrevistas à imprensa e em outras manifestações públicas”. De forma geral, tais interesses são a contraposição à reforma agrária, questões ambientais e direitos dos indígenas.

Hoje, a bancada do agronegócio é composta por 126 congressistas, segundo o Diap. Os partidos com mais representantes do setor são PMDB (25), PP (19) e PSDB (16).

Na agenda do setor, estão questões importantes a partir de 2015: a PEC 215, que passa ao Legislativo o poder demarcar terras indígenas (dificultando o processo); o projeto de decreto legislativo 2351/06, que contém normas de saúde e segurança do trabalhador rural e a regulamentação da emenda constitucional 81/13, que permite a expropriação de terras nas quais for encontrado trabalho escravo.

A lista
Na última sexta-feira (6), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, relator dos processos relativos à operação Lava Jato, que investiga um suposto esquema de corrupção na Petrobras, autorizou que políticos de seis partidos – PP, PMDB, PT, PSDB, PTB e Solidariedade – passassem a ser investigados. O magistrado também suspendeu o caráter sigiloso dos pedidos de abertura de inquérito.

Entre os investigados, estão o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB – AL) e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB – RJ). A lista indica os políticos que teriam se beneficiado do desvio de recursos da empresa estatal vindos de empreiteiras.

(Fonte: Brasil de Fato)

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