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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Criminalidade - A nova geografia

Estudo do diretor de Estado, Instituições e Democracia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o economista Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, mostra que mudou a geografia da criminalidade no País, e o pior, fez a violência urbana migrar do Sudeste para as Regiões Norte e Nordeste. Estados que, historicamente, lideravam as estatísticas de homicídios, como São Paulo e Rio de Janeiro, registraram, na década de 2000, queda no número de assassinatos por 100 mil habitantes, respectivamente. Já o índice de homicídios cresceu nas regiões Nordeste e Norte.
Indicadores como renda, desigualdade, proporção de homens jovens, efetivo policial, taxa de encarceramento, armas de fogo e drogas ilícitas foram considerados. Em São Paulo, estado onde a violência mais diminuiu a partir dos anos 2000, houve uma diminuição no tráfico de cocaína e crack exatamente nesse período. Os resultados expressos permitem que se levante a hipótese de estar em curso um alastramento nos mercados de drogas ilícitas no Brasil, que, no século passado, era um problema recon-hecidamente de grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, mas que, na última década, veio atingindo decisivamente vários estados do Nordeste, do Norte e do Centro-oeste, além de Minas Gerais.
MIGRAÇÃO
Além da migração da violência de estados mais ricos para áreas mais pobres dos estados menos desenvolvidos, o estudo do diretor do Ipea aponta a tendência de interiorização da violência, com quedas em mortes nas capitais e elevação em municípios menores. O ranking das cidades com maior número de assassinatos é liderado por Simões Filho, uma cidade de 130 mil habitantes, vizinha a Salvador, e Ananindeua, situada na região metropolitana de Belém.
Segundo Daniel Cerqueira, as mudanças ocorridas no mercado de drogas acompanhou a expansão econômica das cidades situadas fora dos eixos metropolitanos. "Essas localidades passaram a se tornar mais atrativas para o tráfico porque, com mais renda, o consumo de drogas tende a aumentar. O crescimento fica comprovado com o aumento no número de mortes por overdose em oito vezes no País, no período de 2000 a 2010".
MEIO AMBIENTE
O estudo do Ipea entre os fatores de caráter local e regional, a associação entre crescimento econômico e atividades criminosas em áreas de fronteira, desmatamento e extração ilegal de madeira.

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