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terça-feira, 2 de junho de 2015

Crise no Ramo Metalúrgico, em Açailândia não é diferente!

A siderurgia brasileira enfrenta, desde outubro do ano passado, uma conjuntura extremamente desfavorável. Inicialmente, por ser uma grande indústria exportadora face ao fato do mercado interno não absorver integralmente sua produção, sofre os efeitos da forte queda na demanda, comércio e preços do aço no mercado mundial. Esse processo de declínio foi bastante acentuado desde setembro de 2008, a partir da eclosão da crise dos subprimes nos Estados Unidos e seus efeitos sobre toda a economia internacional. Como consequência, o mercado internacional ficou super ofertado, ocasionando queda de preços na ordem de 40% a 60%. O consumo de aço nos países desenvolvidos caiu para cerca da metade dos níveis registrados até julho/agosto. Os produtos mais relevantes na pauta de exportações de aço do Brasil estão sendo comercializados, em grande parte, a preços inferiores a seus custos. Refletem uma situação de queima de estoques por empresas que necessitam fazer caixa ou uma política comercial agressiva por parte de siderúrgicas de outros países que tentam manter níveis mínimos de produção, ainda que remunerando apenas custos variáveis. Essas políticas são, em várias economias, suportadas por subsídios governamentais. Como conseqüência natural desse cenário observase, em grande número de países, a adoção de medidas de defesa dos respectivos mercados através do aumento das alíquotas de importação ou de outros mecanismos capazes de evitar danos à indústria local, decorrentes de importações oportunistas e/ou predatórias. A partir de outubro, os três principais setores consumidores da siderurgia brasileira (automotivo, construção civil e bens de capital) reduziram drasticamente suas compras diante da queda no consumo e imprevisibilidade para 2015.

Os resultados de janeiro ate maio último são praticamente iguais aos de dezembro e refletem a forte desaceleração do nível de atividade dos setores que são grandes consumidores de aço. Diante desse quadro interno e das dificuldades para aumento ou mesmo preservação das exportações, as empresas siderúrgicas foram obrigadas a recorrer à redução de produção, através da paralisação total ou parcial de algumas usinas, além de adiamento de investimentos programados. Tratando-se de indústria de alta intensidade de capital e custos fixos elevados, a operação das usinas a apenas 50% ou 60% de sua capacidade tem, inevitavelmente, impactos relevantes sobre os resultados das empresas que fácil mente sentido no município de Açailândia-MA onde nos 05 primeiros meses 304 trabalhadores já foram demitidos.

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