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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Dúvidas sobre execução do ministro da Defesa da Coreia do Norte

Serviços secretos dizem que não têm confirmação da morte do responsável por bateria anti-aérea, como tinha sido relatado na véspera.
O ministro da Defesa da Coreia do Norte foi mesmo fuzilado por uma bateria aérea? Os serviços secretos da Coreia do Sul vieram revelar algumas dúvidas sobre a alegada morte de Hyon Yong-chol, depois de informações de que teria sido fuzilado publicamente por ordem directa do líder do país, Kim Jong-un.

Esta quinta-feira, os serviços de espionagem dizem que não conseguem confirmar como morreu Hyon Yong-chol.

Na véspera, numa reunião de informação numa comissão parlamentar, o vice-director dos serviços de informação da Coreia do Sul, Han Ki-Beom, anunciou que Hyon Yong-Chol fora vítima de uma purga. E acrescentou que o ministro poderia ter sido executado por disparos de uma bateria de defesa anti-aérea por volta de dia 30 de Abril perante centenas de pessoas numa academia militar do Norte de Pyongyang.

O anúncio provocou surpresa generalizada e a notícia foi publicada em toda a imprensa internacional. Mas os serviços secretos dizem que o facto nunca foi confirmado. Certo, para os espiões sul-coreanos, é apenas que “Hyon foi vítima de uma purga”. Não há certezas sobre o que se passou a seguir  – “há relatos de que pode ter sido executado, mas estes relatos devem ainda ser verificados”.

A confusão tem parcialmente a ver com o modo como se desenrolam as reuniões em que são dadas informações dos serviços secretos. Fechadas em círculos restritos, cabe depois a deputados designados passarem informação aos media, numa cadeia de vários níveis intermediários entre o que é dito na reunião e o que aparece nos jornais.

Ainda segundo os serviços secretos, o líder Kim Jong-un acusou o seu ministro por insubordinação, falta de lealdade e pelo facto de ter adormecido durante um desfile militar.

A confirmar-se a morte, seria mais um exemplo do carácter impiedoso do jovem dirigente que no final de 2013 ordenou a execução do seu antigo mentor, Jang Song-Thaek, acusado de corrupção e traição.

Os serviços secretos da Coreia do Sul já cometeram erros de análise em relação à Coreia do Norte anteriormente. E alguns responsáveis manifestaram dúvidas em relação não só à morte, mas também à purga do ministro da Defesa.

Um deputado da oposição, Shin Kyoung-Min, notou que a televisão norte-coreana difundiu imagens do ministro da Defesa depois da data do alegado afastamento. Isto é estranho, já que normalmente as pessoas vítimas de purga desaparecem (são levadas para o campo, presas ou mortas).

Também são apagadas das imagens oficiais do regime. As últimas imagens de Hyon datam de 12 de Maio, já depois da data da alegada execução, e tanto referências ao seu nome como fotografias ainda aparecem nos media oficiais se for feita uma pesquisa pelo seu nome – o último artigo é de 30 de Abril. No caso da execução de Jang, após a sua morte todas as referências foram apagadas e pesquisas pelo seu nome não davam quaisquer resultados.

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