Seja Seguidor do Nosso Blog

Translate

sábado, 2 de maio de 2015

CUT faz ato ecumênico contra a terceirização em evento pelo Dia do Trabalhador

Em seu tradicional ato pelo 1º de Maio, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou ação ecumênica em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra o Projeto de Lei 4330/2004, que regulamenta a terceirização. O encontro começou por volta das 10h20 desta sexta-feira (1) no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, com a apresentação do coral Cristolândia, formado por ex- usuários de drogas.
O ato contou com a presença de representantes islâmicos, do candomblé e das igrejas presbiteriana e católica. Para o frei David, representante da igreja catolica, "vivemos um momento de perda de direitos. A terceirização é violência contra Deus".

Ele criticou também as instâncias do Executivo Federal, Estadual e Municipal por não incluir negros e índios no governo. 

"A presidente Dilma [Rousseff], apesar dos apelos e indicação de mais de dez nomes, não considerou um negro ou indígena. Só nosso voto serve. Nossos intelectuais não servem para compor o governo", afirma. 

Além deles, Miguel Rosseto, da Secretaria Geral da Presidência, e Edinho Silva, da Comunicação Presidencial, chegaram ao evento sem trocar uma palavra com a imprensa. 


Na comemoração, nem todos estavam familiarizados com o PL 4330/2004. A família do agricultor Emerson Marciano de Lima, por exemplo, saiu da cidade de Sete Barras, no interior do Estado, às 5h desta sexta. Com cinco filhos de idade entre dez e um ano, ele e a mulher, Denise de Almeida, de 25 anos, disseram não saber o significado da medida. Após uma breve explicação, Denise disse se lembrar do significado da palavra. 

"Não é bom. Trabalhei em uma firma terceirizada que fechou e não pagou. Ficamos sem receber", diz ela.

"Movimento pelos direitos da classe"

Em conversa com a imprensa, Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou que a ideia é "Estamos fazendo uma unidade em torno da defesa da classe trabalhadora e do povo do Brasil. Nosso movimento é pelos direitos contra a direita, contra o avanço conservador que tira direito dos trabalhadores e quer criminalizar uma crianca de 16 anos".

Freitas classificou ainda o PL 4330/2004 como uma ousadia da direita. "Nem a ditadura fez isso. Eles querem é acabar com a carteira assinada, demitir trabalhadores e precarizar o mercado de trabalho brasileiro". 

Ele reiterou também que a CUT defende o governo federal, mas que é contra os ajustes fiscais e a corrupção na Petrobras. "Nó entendemos que está se criando uma privatização da estatal, para que ela seja entregue a preço de banana para o capital internacional".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.