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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Setor industrial contribui para crescimento do PIB e geração de emprego na região Tocantina

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Em 2018, estima-se que a escala já ultrapassa os cinco milhões de reais. As exportações de produtos estão diretamente ligadas ao desempenho desse setor

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A região Tocantina apresentou índices significativos de crescimento do PIB nos últimos anos. Os dados evidenciam que entre os anos de 2010 e 2015, o crescimento nominal foi de 99,5%, isto é, quase dobrou a produção regional, saltando de R$ 6,2 bilhões, em 2010, para R$ 12,3 bilhões em 2015 (último dado oficial disponível). Entre os municípios que mais se destacaram, superando a média regional, estão Açailândia (100,3%), Campestre do Maranhão (134,0%), Davinópolis (659,8%), Imperatriz (103,2%), São João do Paraíso (103,1%) e Vila Nova dos Martírios (119,8%).
A região, como um todo, representa 16,0% do PIB estadual. Considerando-se, no entanto, os seis maiores municípios em termos de PIB (Imperatriz, Açailândia, Estreito, Buriticupu, Porto Franco e Davinópolis, nessa ordem), representam 81,2% do valor de toda a produção regional em 2015.
O setor que contribuiu diretamente para estes bons resultados foi o industrial, que tem picos de grande crescimento ao longo dos anos 2000.
A importância da indústria regional fica mais forte quando se compara sua participação na formação do Produto Interno Bruto: enquanto na média do estado essa participação, em 2015, foi de 15,0%, nessa região Tocantina é de 27,0%.
As indústrias movimentaram cerca de três bilhões de dólares em 2017 no Estado, representando um crescimento de 37,2% no comparativo com o ano de 2016, conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Vale ressaltar, por outro lado, que o desempenho deste setor está ligado à exportação de produtos desta região do Estado. A lista de exportação é extensa, mas sobressaem a celulose, os minérios de ferro, a carne, o couro e os produtos químicos.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico estima que em 2020, o PIB industrial será maior na composição do que a participação do setor de serviços, separado do setor de comércio. As exportações de produtos estão diretamente ligadas ao desempenho desse setor. Em Imperatriz, tem-se um crescimento de mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado.
“No primeiro semestre deste ano, produziu-se mais que o ano passado inteiro. Considerando tudo isso, passa da casa dos 2 bilhões”. E a exportação demonstra que nos seis primeiros meses deste ano foi produzido mais do que todo o período do ano passado. Então, as expectativas são de que o PIB industrial aumente mais ainda. Se isolarmos o comércio do setor de serviços, o PIB da indústria corresponde a 1/3 do município de Imperatriz, considerando os três setores”, esclarece o secretário de Desenvolvimento Econômico de Imperatriz, Eduardo Soares.

Produção
A Unidade Imperatriz da Suzano Papel e Celulose, inaugurada em dezembro de 2013, tem capacidade de produção de 60 mil toneladas de papéis sanitários e 1,65 milhão de toneladas de celulose por ano. Em 2017, foi iniciada a produção de bobinas usadas na confecção de papéis sanitários (tissue), sendo um importante marco para a região por ser a primeira fábrica do tipo no estado do Maranhão.
De acordo com o gerente executivo industrial da Suzano Papel e Celulose, José Wilhems Venutra, a unidade contribuiu com um aumento de 75% no PIB per capita de Imperatriz desde a sua chegada. Além disso, as exportações do município passaram de US$ 1,8 milhão, em 2013, para US$ 581,9 milhões em 2016, tornando-se o 2º município que mais exporta no Maranhão.
Outro item que apresenta bons índices nesse cenário é a produção de minério de ferro. Somente o grupo Ferroeste, localizado em Açailândia, exportou 25 mil toneladas nos dois últimos anos, fora o que foi comercializado dentro do país. Entre os principais produtos comercializados, estão fio máquina, tarugo de aço, ferro gusa e o vergalhão CA50.
“Temos um planejamento de produção, com aumento significativo para este segundo semestre e também para o próximo ano. Mais para frente iremos também produzir o CA60 e treliça. A perspectiva é boa, a usina tem um custo competitivo e o mercado está apresentando melhores condições comerciais”, pontuou Sandro Raposo, diretor geral do Ferroeste.
Merece destaque, também, na região, o polo coureiro, localizado no município de Governador Edison Lobão, que possui quatro curtumes, os quais, juntos, somam mais de 1500 postos de trabalho. Dados do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) revelam que o Maranhão já exportou 3,6 milhões de dólares de couros para a Europa, Estados Unidos e China. O estado é um dos mais promissores no setor, sendo o 13º maior exportador do país e o 3º maior do Nordeste.

Empregabilidade
Comparando o ano de 2017 com o ano de 2018, a indústria de transformação tem crescimento na geração de postos de trabalho, pois entre admissão e desligamento registra-se um saldo positivo de 217 postos de empregos.
Outro setor que pode ser considerado junto à indústria de transformação é a construção civil, que ficou com saldo positivo, também, entre admissões e demissões. Os dois segmentos da indústria (construção e transformação) respondem pela geração de um saldo positivo de 4,6%, em variação percentual no emprego na cidade, relativamente ao ano anterior.
A valorização da mão de obra local é outro destaque para a indústria regional, a partir da geração de emprego, que fazem a movimentação da economia dos municípios em que estão instaladas e de toda a região. “Buscamos continuamente promover iniciativas que contribuam com o desenvolvimento da região e da comunidade. A Unidade Imperatriz já promoveu a capacitação de mais de 7.500 pessoas, gera 5.055 empregos diretos, possui 763 colaboradores próprios, desses 77% são compostos por mão de obra local. Além disso, contribui com a movimentação da economia local. Em 2017, por exemplo, compramos mais de R$ 720 milhões com aproximadamente 500 fornecedores locais”, destaca o gerente executivo industrial da Suzano, José Wilhems Venutra.

Novas indústrias
O município de Imperatriz consolida-se como um polo industrial com a chegada de outras indústrias de médio e grande porte, a exemplo da Air Liquide, Akso Nobel, a Peróxido, de produtos químicos e a Valmet, que é internacional. Além disso, a indústria do leite já está instalada na cidade e tem projetada uma fábrica de grande porte. A cidade deverá receber, ainda este ano, uma nova unidade de produtos químicos para nutrição animal e correção no solo, a maior produtora mundial de ureia, a Amiréia Pajoara, que já fez a aquisição da área.
“Na planta do Distrito Industrial, nós temos mais de dez cartas de investimentos e que estão em processo de instalação. Entram a indústria cerâmica, pré-moldados, metalmecânica. Ou seja, o PIB industrial só tende a crescer”, pontua o secretário de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Soares.
Para o 1° vice-presidente da FIEMA, Francisco de Sales Alencar, os bons resultados de Imperatriz refletem na Região Tocantina, visto que ela é um polo industrial. “A cidade tem uma localização geográfica muito estratégica, permitindo ser um ponto de partida de diversos produtos. Inclusive, próxima de portos de exportação no Pará e em São Luís, permitindo uma logística de exportação. Ela é um polo que abastece outros municípios da região e, também, de outros estados. Assim sendo, garante o aquecimento de todo o mercado”.

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