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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Bancada do agro quer anulação de questões do Enem sobre o setor e convocação do ministro da Educação

BRASÍLIA – A bancada do agronegócio do Congresso Nacional desaprovou questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que, segundo os parlamentares, apresentam críticas ao setor com “cunho ideológico e sem critério científico e acadêmico”. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que possui 347 congressistas, quer que os itens sejam anulados e que o ministro da EducaçãoCamilo Santana, preste esclarecimentos em audiências na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Frente Parlamentar da Agropecuária quer a convocação de Camilo Santana para prestar esclarecimentos sobre três questões do Enem 2023 Foto: Wilton Junior
Frente Parlamentar da Agropecuária quer a convocação de Camilo Santana para prestar esclarecimentos sobre três questões do Enem 2023 Foto: Wilton Junior© Fornecido por Estadão

A bancada também pede a anulação de três questões do Enem, que foi aplicado em todo o País neste domingo, 5. Um item tratou sobre fatores negativos do agronegócio no Cerrado, citando a “superexploração dos trabalhadores” e os efeitos de agrotóxicos.

As outras duas questões abordaram a nova corrida espacial financiada por bilionários e o avanço da produção de soja e a sua consequência para o desmatamento da Floresta Amazônica.

“É inacreditável o governo federal se utilizar de desinformação em prova aplicada para quase 4 milhões de alunos brasileiros que disputam uma vaga nas universidades do Brasil. A anulação das questões é indiscutível, de acordo com literaturas científicas sobre a atividade agropecuária no Brasil e no mundo, em respeito à academia científica brasileira”, afirma a FPA em nota.

A FPA também vai pedir informações sobre a atuação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é a banca organizadora do Enem, e detalhamento das “referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame”.

“A ineficiência do Estado Brasileiro está exposta. A vinculação de crimes a atividades legais no Brasil é um critério de retórica política para encobrir a ausência do Estado no desenvolvimento de políticas públicas eficientes e de combate a ilegalidades. Não permitiremos que a desinformação seja propagada de forma criminosa entre nossa sociedade, como foi feito durante os anos anteriores do governo atual”, diz a FPA.

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