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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Flávio Bolsonaro assina proposta sobre combustíveis apelidada de “PEC camicase” pela equipe de Guedes

Segundo o blog apurou, a assinatura do senador pegou de surpresa técnicos da Economia, que trabalham em uma proposta mais enxuta para aliviar o preço dos combustíveis.
O senador Flávio Bolsonaro durante cerimônia de filiação de Jair Bolsonaro no PL, em 2021. — Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) assinou na segunda-feira (7) a proposta de emenda à Constituição que trata de combustíveis, de autoria do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), e que está sendo apelidada pelo Ministério da Economia de “PEC camicase”.

blog confirmou o pedido de Flávio de adição de assinatura à PEC, junto à assessoria de Fávaro. Pelo sistema do Senado, consta que o requerimento foi recebido na segunda-feira (8).

Nos bastidores, a assinatura de Flávio pegou de surpresa técnicos da Economia – que trabalham em uma proposta mais enxuta para aliviar o preço dos combustíveis.

A assinatura de Flávio na PEC no Senado é mais um elemento da digital política do governo na articulação para uma proposta ampla de zerar impostos de combustíveis – medida rejeitada por Paulo Guedes.

Bolsonaro tem sido aconselhado – principalmente por Valdemar Costa Neto (PL) – a diminuir o preço dos combustíveis para angariar votos para a sua reeleição. No entanto, a ala política encontra resistências na Economia na concessão de um alívio amplo, o que geraria um rombo para as contas públicas.

A equipe do ministro Guedes tem reclamado que a proposta do Senado é “kamikaze” pois não tem nenhuma medida de compensação fiscal – além de apontar o rombo nas contas públicas sem arrecadação prevista com esses impostos.

Em outra frente, com aval de Bolsonaro, como o blog publicou na semana passada, a ala política do governo, comandada pelo ministro Ciro Nogueira, elaborou uma segunda PEC que foi protocolada na Câmara e que também trata dos combustíveis.

Guedes apostava no ajuste dessa PEC, que é de autoria do deputado Áureo (PP-RJ), para aliviar o preço do diesel e do gás de cozinha – mas técnicos da Economia veem a medida como prejudicada juridicamente uma vez que o texto teria saído da Casa Civil.

Agora, Guedes tem repetido nos bastidores ver como a melhor saída a mudança na lei complementar com o PLP 11 –que já passou na Câmara e que está no Senado com a relatoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN). A proposta, entre outros pontos, já prevê a retirada de compensação para o diesel – exatamente o que a Economia defende.

O tema está sendo tratado entre Guedes, Nogueira e Arthur Lira (PP-AL) – mas ainda não há um consenso a respeito de qual das propostas seguirá adiante no Congresso.

O autor da PEC, senador Fávaro, diz que o Senado vai discutir hoje a tramitação da proposta – e que, quando Flávio Bolsonaro assina, dá “sinal claro” de que o governo vê “sensatez” na proposta.

“Assinou o Flávio Bolsonaro, Eduardo Gomes (líder do governo), Marcos Rogério (aliado do governo). Quando Flávio assina, dá sinal muito claro de que o governo vê sensatez na proposta”.

Sobre o apelido da PEC, chamada de “camicase” pela Economia, o senador rebate: “Camicase é a política econômica do ministério, que coloca 17 milhões de brasileiros na fila do ossinho e faz o brasileiro pagar R$ 8 a gasolina“

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