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sábado, 26 de dezembro de 2020

Juiz morto pela máfia vai ser beatificado

 

O juiz Rosario Livatino
O juiz Rosario Livatino (Reprodução/Vatican Media)

O papa Francisco aprovou o martírio do juiz italiano Rosario Angelo Livatino, morto por ódio à fé, pela máfia siciliana durante audiência, nesta terça-feira (21), com o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, dom Marcello Semeraro. Além de autorizar a promulgação do decreto de beatificação do juiz, também serão proclamados 7 novos veneráveis Servos de Deus.

O magistrado foi assassinado, aos 37 anos, em Canicattì, província de Agrigento, na Sicília, em 21 de setembro de 1990. Conhecedor profundo do direito e do fenômeno mafioso, o juiz Livatino conseguiu encontrar nexos e recriar redes que o permitiram agir, sempre que na mira de Cosa Nostra.

Segundo revela o portal Vatican News, o juiz Rosario Livantino era um "homem de fé, sempre atento à pessoa e às dimensões da redenção e do crime, capaz de condenar, mas também de entender, dando, como ele próprio escreveu, 'uma alma à lei'".

Há cerca de um ano, o próprio papa Francisco definiu-o como "um exemplo não só para os magistrados, mas para todos aqueles que trabalham no campo do direito: pela coerência entre a sua fé e o seu compromisso de trabalho, e pela atualidade das suas reflexões".

Veneráveis

No decreto assinado pelo papa, além da beatificação do juiz Rosario, são reconhecidas as virtudes heroicas de 7 Servos de Deus, o que os torna, desse modo, Veneráveis.  Eles são provenientes da Espanha, Itália, Alemanha e Polônia.

O Servo de Deus Vasco de Quiroga, bispo de Michoacán; nasceu em 1470, em Madrigal de las Altas Torres, na Espanha, e morreu em Pátzcuaro, México, em 14 de março de 1565.

Vasco de Quiroga estudou direito e teologia, frequentando as universidades de Salamanca e de Valladolid, para depois começar a trabalhar na magistratura de Valladolid onde, em 1528, foi nomeado membro da Chancelaria Real. Em 1530, o Rei Carlos I da Espanha o nomeou juiz da Segunda Audiência do México com a tarefa de verificar e eliminar os abusos cometidos contra os índios, obtendo sucesso num delicado trabalho de pacificação social. Neste período Vasco de Quiroga fundou por conta própria dois hospitais, sempre com grande atenção ao mundo indígena ao qual dedicou tempo e esforço. Em seguida, foi nomeado pelo Papa Paulo III como primeiro bispo de Michoacán, ocasião em que teve a oportunidade de  desenvolver um plano pastoral articulado, instituir seminários, construir uma catedral, mas também criar estruturas de proximidade e cuidado espiritual e material para os índios.

Bernardino Piccinelli (no século Dino), da Ordem dos Servos de Maria, bispo auxiliar de Ancona, nascido em 24 de janeiro de 1905, em Madonna dei Fornelli, fração de San Benedetto Val di Sambro (Itália) e morto em Ancona (Itália), em 1° de outubro de 1984.

Vincenzo González Suárez, sacerdote diocesano; nascido em 5 de abril de 1817, em Agüimes, na Espanha, e morto em Las Palmas, na Espanha, em 22 de junho de 1851.

Antonio Seghezzi, sacerdote diocesano; nascido em 25 de agosto de 1906, em Premolo, na Itália, e morto em Dachau, na Alemanha em 21 de maio de 1945.

Bernardo Antonini, sacerdote diocesano. Ele nasceu em 20 de outubro de 1932, em Cimego, na Itália, e morreu em Karaganda, no Cazaquistão, em 27 de março de 2002.

Ignazio Stuchlý, sacerdote professo da Sociedade de São Francisco de Sales, nascido em 14 de dezembro de 1869, em Bolesław, hoje Polônia, e morto em Lukov, na República Tcheca, em 17 de janeiro de 1953.

Serva de Deus Rosa Staltari, religiosa professa da Congregação das Filhas de Maria Santíssima Corredentora; nascida em 3 de maio de 1951, em Antonimina, na Itália, e morta em Palermo (Itália), em 4 de janeiro de 1974.


Vatican News/Ecclesia/Dom Total

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