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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Três medicamentos elevam em 79% o risco de demência


O uso contínuo de medicamentos para dormir, como zolpidem, clonazepam e diazepam, pode elevar significativamente o risco de demência, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia, publicada no Journal of Alzheimer’s Disease.

O estudo revela que o risco é especialmente elevado entre indivíduos brancos, chegando a um aumento de 79% nas chances de desenvolver a condição.

Além disso, os especialistas destacam que tanto o tipo quanto a quantidade de medicamentos utilizados são fatores cruciais. A pesquisa acompanhou por nove anos cerca de 3 mil idosos sem demência, 42% negros e 58% brancos. Ao final, 20% dos participantes desenvolveram demência, com uma relação direta entre o uso frequente de remédios para dormir e o aparecimento da doença.

Efeitos dos medicamentos no desenvolvimento da demência, Riscos variam entre diferentes etnias

O estudo indica que participantes brancos que tomavam esses medicamentos “frequentemente” tinham uma probabilidade 79% maior de desenvolver demência em comparação aos que raramente ou nunca os utilizavam.

Embora entre os participantes negros o uso de medicamentos para dormir fosse menos comum, também foi observado um aumento no risco com o uso regular.

Yue Leng, principal autor da pesquisa, enfatiza que os pacientes devem reavaliar o uso de medicamentos para insônia, considerando abordagens alternativas, como a terapia cognitivo-comportamental, antes de recorrer a tratamentos farmacológicos.

Embora a melatonina possa ser uma opção mais segura, ele alerta que mais estudos são necessários para entender seus efeitos a longo prazo.

Impacto do zolpidem e outras drogas associadas

Outros estudos já haviam apontado para a ligação entre medicamentos para dormir e demência.

Em 2015, uma pesquisa mostrou que o uso prolongado de zolpidem, com ou sem condições de saúde pré-existentes, como diabetes e hipertensão, estava associado ao aumento do risco de demência.

Zolpidem, um hipnótico não benzodiazepínico, é prescrito para insônia, e seu uso prolongado pode levar à dependência, além de efeitos colaterais como sonolência diurna e tontura.

Medicamentos como clonazepam e diazepam também estão relacionados ao aumento da probabilidade de demência.

O clonazepam, comumente prescrito para transtornos de ansiedade e convulsões, pode causar efeitos colaterais graves, como depressão e perda de memória.

Já o diazepam, outra benzodiazepina, é amplamente utilizado para tratar insônia e ansiedade, mas também pode causar problemas como confusão e fraqueza muscular.

Por isso a automedicação deve ser evitada, caso necessário, procure o médico que fará a prescrição adequada para cada paciente.

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