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sexta-feira, 21 de julho de 2023

VALE reforça expectativas do mercado para um 2º tri positivo, mas ação segue em ritmo chocho


Dados de produção da companhia não surpreendem, mas agradam. Cenário de demanda da China pressiona ativo para baixo, no entanto, enquanto investidores moderam apetite por risco

Vale divulgou na noite de ontem (18) os relatórios de produção de minério de ferro, principal matéria de exportação da companhia, no segundo trimestre. Como os volumes estão diretamente atrelados à capacidade de vendas e, portanto, geração de receita da empresa, são considerados "termômetro" da operação. Assim, o mercado reagiu em peso, em tom de aprovação e reforço do que já se esperava do para o último período da maior empresa brasileira e com maior peso no Ibovespa atualmente.

Mesmo assim as ações da mineradora seguem chochas, sem um fator que "brilhe os olhos" de investidores. Nesta quarta-feira (19), a Vale teve seu segundo pregão seguido em queda leve. A ação caiu 0,27%, a R$ 67,22. Os ADRs, certificados de ações emitidos por bancos dos EUA com lastro em valores mobiliários da companhia, acompanharam no campo negativo e recuaram 0,14%, encerrando o pregão cotados a US$ 14,02.

Um dos pontos que explica o movimento fraco no papel é que o relatório de ontem da Vale não trouxe surpresas, e sim apenas confirmou o que já se esperava, em linhas gerais, da companhia: melhora da produção ante um primeiro trimestre fraco e números bons, mas dentro do esperado. Somado a um exterior que inspira receios, com o setor de construção enfraquecido na China, o ativo tem sentido a pressão baixista vinda do cenário macro.

Além disso, a sessão de hoje marca mais um dia de agenda econômica esvaziada no Brasil, com o recesso do Congresso. Enquanto isso, o apetite na bolsa reflete indicadores europeus que apontaram fraqueza das atividades na zona do euro e Reino Unido em junho. Cabe lembrar que as blue chips, quer dizer, as empresas mais negociadas na bolsa, atraem grande fluxo do capital estrangeiro.

Mas vamos às análises para entender o que o mercado espera do balanço da Vale no segundo trimestre.

O desempenho de produção de minério de ferro da Vale foi positivo no segundo trimestre, superando o esperado pelo mercado, mas as vendas ficaram abaixo do patamar, aumentando estoques da commodity, diz o Bank of America (BofA).

Os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Neratika e Guilherme Rosito escrevem que a sinalização da mineradora que só vai acelerar vendas caso as condições de mercado sejam favoráveis indica que esses estoques não devem diminuir logo.

“Isso alivia questões envolvendo venda de commodity em meio aos preços mais fracos, mas a Vale vai precisar girar esse estoque em algum momento e isso vai gerar pressão no seu faturamento”, afirmam.

O banco calcula que a Vale vai registrar um Ebitda de US$ 3,9 bilhões no segundo trimestre, em linha com projeções anteriores, vendo o papel bem precificado para o momento atual das commodities.

O BofA tem recomendação neutra para Vale, com preço-alvo em US$ 16 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 14% sobre o fechamento de ontem.

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