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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Desgaste interno, vazamento de informações e demissão selada no sábado: a saída de Tiago Galhardo do Vasco

Com uma mensagem de duas linhas, o Vasco deu fim à passagem de Thiago Galhardo por São Januário. A participação do meia na reunião de sexta-feira, em que jogadores tiveram conversa com a diretoria para reclamar de salários atrasados e ameaçar não se concentrar para a partida contra o Bangu, neste domingo, foi a gota d'água para que a diretoria resolvesse se livrar do jogador.
A decisão saiu no sábado, quando ele foi informado a duas horas do horário previsto para que se apresentasse na concentração de que estava fora dos planos do técnico Alberto Valentim para o jogo contra o time de Moça Bonita.
A relação com Valentim nunca foi das melhores, por ele não ter uma posição como titular garantida. Para o restante do elenco, a irritação com a reserva também pegava mal. Na decisão da Taça Rio, contra o Flamengo, ele saiu do banco de reservas e em uma jogada já no segundo tempo, em vez de passar a bola para Tiago Reis, melhor posicionado, Galhardo tentou a finalização. O lance que acabou em escanteio irritou os outros jogadores, especialmente depois da derrota nos pênaltis.
Galhardo foi apontado como o responsável pelo vazamento da reunião na sexta-feira e de outras informações, como a dos problemas pessoais vividos por Maxi López. O argentino sempre foi seu melhor amigo no vestiário vascaíno, defendendo internamente sua escalação em algumas oportunidades ano passado. O centroavante, que também está em baixa no elenco, foi um dos que estiveram de frente no pronunciamento de Leandro Castan defendendo a união dos jogadores do Vasco. Galhardo não estava presente
- Todos aqui respeitam muito a Instituição. Inclusive, todos aqui se concentraram para o jogo. Quero deixar claro isso. O grupo está unido. Estamos aqui para defender esses jogadores.
O meia sequer participou da reunião de uma hora e meia às portas fechadas no vestiário, logo depois da vitória sobre o Bangu. Galhardo estava no Maracanã, assistiu à partida ao lado de Maxi López, Leandro Castan e Guilherme Costa, todos eles não relacionados para a semifinal, e mas não foi chamado para a conversa. Foi o sinal mais claro de que estava fora dos planos.
Em seguida, Thiago teve uma reunião às portas fechadas com o presidente Alexandre Campello, o diretor de futebol Alexandre Faria e o técnico Alberto Valentim, ainda no Maracanã. Nela, foi comunicado da decisão da diretoria. Como justificativa, ouviu que ele não se encaixava na política do clube.
Há uma preocupação em não se criar mais um passivo para o clube. O Vasco deve dois pagamentos - 13º do ano passado e fevereiro - para o elenco, o que inclui Galhardo. Antes de comunicar a saída à imprensa, a diretoria entrou em contato com o representante do jogador, Flávio Trivella. As partes ficaram de conversar na segunda-feira.
O agente está em Porto Alegre e deve vir para o Rio para tratar do assunto.

Thiago Galhardo tem contrato com o Vasco até dezembro de 2019. Ao todo, disputou 52 jogos pelo time de São Januário e marcou nove gols.

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