O Senado aprovou nesta terça-feira (11) projeto que cria a
Identificação Civil Nacional (ICN), sistema que prevê um documento único
para os dados biométricos e civis dos cidadãos brasileiros.
Como a proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, seguirá para sanção do presidente Michel Temer.
Pelo projeto aprovado, a base de dados da Identificação Civil Nacional
será armazenada e gerida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A proposta também cria o Documento de Identificação Nacional (DIN), que
conterá, além de dados biométricos, a foto do cidadão e os números do
Cadastro de Pessoa Física (CPF) e da própria ICN. O documento não vai
incluir e nem substitui a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Pela proposta, o DIN servirá como prova de todos os dados incluídos
nele e, ao apresentar o documento, o cidadão não precisará apresentar os
demais registros. O DIN, que terá validade em todo o território
nacional, poderá substituir o título de eleitor.
Modelo
O projeto aprovado não prevê um modelo de como será o novo documento.
De acordo com a assessoria do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG),
relator do texto, a proposta prevê a criação de um comitê com
integrantes do Executivo, Legislativo, Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) e TSE para a elaboração do modelo do DIN.
Esse comitê, segundo a proposta, terá a competência de “estabelecer as
diretrizes gerais dos padrões de informações biométricas e de formação
do número da ICN”.
A proposta também institui um Fundo da Identificação Civil Nacional com
a finalidade de constituir fonte de recursos para o desenvolvimento e
manutenção da ICN. Caberá ao comitê que será criado administrar esse
fundo.
Outros pontos
Pelo projeto, o documento deverá ser emitido pelos institutos de
identificação dos estados e do Distrito Federal, sob supervisão do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A proposta também estabelece:
- A primeira emissão será gratuita e a impressão caberá à Casa da Moeda;
- A base de dados do ICN será gerida pelo TSE, que garantirá o acesso
às informações aos governos municipais, estatuais e federal (os bancos
de dados dos governos regionais poderão ser integrados ao ICN);
- O TSE deverá definir a integração dos registros biométricos do banco de dados pelas polícias Federal e Civil;
- O governo deverá oferecer mecanismos que permitam o cruzamento de
informações, com a finalidade de comprovar os requisitos para
participação de cidadãos em programas sociais;
- A comercialização, total ou parcial, da base de dados ficará
proibida, com previsão de penas de dois a quatro anos de prisão, mais
multa, para quem descumprir a regra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.