
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, neste
sábado, de atos em defesa da indústria naval, que foi praticamente
destruída pela Operação Lava Jato.
Para o ex-presidente, reforma Trabalhista em tramitação levará o país às condições de trabalho do início do século passado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado
(29) de ato em defesa do Polo Naval do Rio Grande (RS), na chamada
Metade Sul do Estado. Em seu discurso, ele criticou os projetos de
reforma da Previdência e Trabalhista em tramitação em Brasília, e
afirmou que o que está sendo feito é “a demolição da CLT”.
“Os que deram um golpe na Dilma dizendo e iam melhorar o país, só pioram o país. Eles estão destruindo tudo que Getúlio Vargas fez a nível de direitos trabalhistas. Eles querem que os trabalhadores tenham as mesmas condições de trabalho do início do século passado, querem jogar nas costas do povo o rombo da Previdência. Eles não estão fazendo uma reforma, estão demolindo o país”, disse o ex-presidente.
O local e a ocasião em que se deu a fala de Lula são bastantes propícios. O processo de desmonte por que passa o Polo Naval existente ali já afeta a economia de Rio Grande e do Estado como um todo. No município, saiu-se de um orçamento de mais de R$ 200 milhões, em 2009, para algo em torno de R$ 700 milhões em 2016. Mas, para este ano, a previsão é de uma retração de algo entre R$ 70 milhões e R$ 75 milhões.
Sobre esta guinada política e econômica por que passa não só o Rio Grande do Sul, mas o Brasil como um todo, Lula disse: “Eu estou percebendo que esse desmonte do Brasil não pode continuar acontecendo. Eu posso esperar até 2018, mas quem tá passando fome não pode esperar até 2018. A gente tem que falar para os golpistas: tomem vergonha e tenham coragem de convocar novas eleições.”
De acordo com Lula, tanto o golpe que sofreu a presidente Dilma Rousseff (que também foi ao ato deste sábado no Rio Grande, onde foi muito aplaudida), quanto as reformas que se tenta impor ao país são frutos de um projeto de nação que é contrário ao que foi posto em prática durante os anos de governo do PT. “Tem um tipo de gente que não aceita uma menina da periferia fazer medicina ou engenharia. Tem gente que não suportou pobres com carro, computador. Nós provamos em 12 anos que é possível mudar a história do país”, afirmou Lula, que concluiu: “Uma nação é medida pela qualidade do seu povo. Pelos direitos e formação do seu povo. Nada representa mais uma nação do que uma pessoa que nasce pobre e poder sonhar em fazer universidade”
O ex-presidente falou ainda sobre uma eventual candidatura à Presidência da República em 2018. De acordo com ele, sua disposição é de voltar a governar o país, e toda a sua vida, até o fim, será voltada para a defesa da democracia no Brasil. “Quero que a TV Globo descubra logo o candidato dela. E eu, que não queria mais ser candidato, terei um imenso prazer em derrotar o candidato da Globo. Na minha idade, a gente não sabe quanto tempo terá pela frente. Tô com 71 anos, mas se eu tiver mais 20 ou mais um ano pela frente, será só para defender a democracia neste país”
“Os que deram um golpe na Dilma dizendo e iam melhorar o país, só pioram o país. Eles estão destruindo tudo que Getúlio Vargas fez a nível de direitos trabalhistas. Eles querem que os trabalhadores tenham as mesmas condições de trabalho do início do século passado, querem jogar nas costas do povo o rombo da Previdência. Eles não estão fazendo uma reforma, estão demolindo o país”, disse o ex-presidente.
O local e a ocasião em que se deu a fala de Lula são bastantes propícios. O processo de desmonte por que passa o Polo Naval existente ali já afeta a economia de Rio Grande e do Estado como um todo. No município, saiu-se de um orçamento de mais de R$ 200 milhões, em 2009, para algo em torno de R$ 700 milhões em 2016. Mas, para este ano, a previsão é de uma retração de algo entre R$ 70 milhões e R$ 75 milhões.
Sobre esta guinada política e econômica por que passa não só o Rio Grande do Sul, mas o Brasil como um todo, Lula disse: “Eu estou percebendo que esse desmonte do Brasil não pode continuar acontecendo. Eu posso esperar até 2018, mas quem tá passando fome não pode esperar até 2018. A gente tem que falar para os golpistas: tomem vergonha e tenham coragem de convocar novas eleições.”
De acordo com Lula, tanto o golpe que sofreu a presidente Dilma Rousseff (que também foi ao ato deste sábado no Rio Grande, onde foi muito aplaudida), quanto as reformas que se tenta impor ao país são frutos de um projeto de nação que é contrário ao que foi posto em prática durante os anos de governo do PT. “Tem um tipo de gente que não aceita uma menina da periferia fazer medicina ou engenharia. Tem gente que não suportou pobres com carro, computador. Nós provamos em 12 anos que é possível mudar a história do país”, afirmou Lula, que concluiu: “Uma nação é medida pela qualidade do seu povo. Pelos direitos e formação do seu povo. Nada representa mais uma nação do que uma pessoa que nasce pobre e poder sonhar em fazer universidade”
O ex-presidente falou ainda sobre uma eventual candidatura à Presidência da República em 2018. De acordo com ele, sua disposição é de voltar a governar o país, e toda a sua vida, até o fim, será voltada para a defesa da democracia no Brasil. “Quero que a TV Globo descubra logo o candidato dela. E eu, que não queria mais ser candidato, terei um imenso prazer em derrotar o candidato da Globo. Na minha idade, a gente não sabe quanto tempo terá pela frente. Tô com 71 anos, mas se eu tiver mais 20 ou mais um ano pela frente, será só para defender a democracia neste país”
Leia ainda reportagem da Rede Brasil Atual:
Rede Brasil Atual - Em ato na
manhã de hoje (17) em Angra dos Reis (RJ), o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva criticou o "desmonte" da indústria naval brasileira,
lembrando que ele mesmo, no início de seu primeiro mandato, ajudou a
recuperar o setor. "Pegamos do zero e levamos a quase 80 mil
trabalhadores", afirmou, durante manifestação no estaleiro Brasfels. O
local é um exemplo das mudanças pelas quais passou o setor. Segundo
Lula, onde só havia "capim, mato e rato", passaram a trabalhar 12 mil
pessoas. Atualmente, o estaleiro tem apenas 3 mil.
"Provamos que é possível recuperar a indústria naval", disse
o ex-presidente, defendendo a manutenção da política de conteúdo local.
"Temos tecnologia, engenharia, gente capacitada", afirmou, criticando a
mudança de diretriz da Petrobras, que deveria, segundo ele, "continuar a
fazer investimento no Brasil, contratando obra e exigindo conteúdo
nacional". Caso contrário, a empresa passará a "engordar" estrangeiros,
provocando desemprego no país.
Para Lula, o país melhorou nos últimos anos e não pode
admitir o retrocesso. "As pessoas mais pobres têm de entrar no orçamento
da União." Ele sugeriu que o governador do Rio de Janeiro, Luiz
Fernando Pezão (PMDB), organize "prefeitos, deputados e sindicalistas",
além de eventualmente convidar o presidente Michel Temer "para sentir o
cheiro de um metalúrgico de estaleiro, de uma soldadora, para ele saber
que essas pessoas precisam trabalhar". "É preciso reagir enquanto é
tempo", acrescentou o ex-presidente, que participou de assembleia com
sindicalistas do setor metalúrgico e dos petroleiros, ligados a diversas
centrais sindicais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.