Família do bebê de quatro meses foi avisada sobre erro e acredita que penteado possa ter distraído profissionais. Prefeitura reconhece falha e informou que bebê terá encaminhamento para infectologista priorizado.
Os pais do bebê Heitor de Sorocaba (SP), que ficou conhecido pelo grande volume de cabelo,
passaram por um susto durante a semana. O menino, de quatro meses, foi
levado para ser vacinado com Pneumo 10, que protege da pneumonia, mas no
lugar foi aplicada uma dose contra HPV, que combate o vírus que causa
câncer de colo de útero nas meninas a partir de 9 anos, e nos meninos
evita a transmissão.
De acordo com a mãe, Elaine Cerino Rodrigues, ela levou a criança em
uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no bairro Mineirão, e foi comunicada
sobre a falha por funcionários uma hora depois, quando já estava em
casa. Além da vacina errada, Heitor recebeu ainda outras duas doses: o
reforço contra a Poliomielite e a vacina Tríplice, que protege contra
sarampo, rubéola e caxumba.
“Eu fiquei desesperada e corri para ao médico. Como é uma vacina nova,
ninguém sabia o que podia acontecer e ele ficou em observação”, diz a
mãe, que registrou um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (27) com
um documento entregue pela UBS reconhecendo o erro. Unidade de saúde emitiu documento que confirma o erro na aplicação (Foto: Reprodução/TV TEM)
A mãe acredita que o cabelo inusitado do filho pode ter sido o motivo,
por ter tirado a atenção dos profissionais. "As enfermeiras que estavam
presentes ficaram eufóricas com o cabelo dele, porque chama a atenção.
Tiraram fotos, pegaram ele no colo e eu acredito que essa tenha sido a
distração no momento que causou a grande falha da vacina errada",
afirma.
Em nota ao G1,
a Secretaria da Saúde informou que os funcionários envolvidos com esse
tipo de atendimento são treinados e existe supervisão direta do
enfermeiro da UBS e existe um controle diário de estoque de vacinas e
das doses no sistema onde são registradas todas as vacinas aplicadas e
pacientes atendidos.
Ainda em nota, a prefeitura explica que Heitor terá um encaminhamento
para infectologista priorizado e a família orientada a observar sintomas
de qualquer alteração com o bebê.
A TV TEM
procurou um pediatra e infectologista que explicou que o vírus da
vacina é inativado e não consegue se manifestar no corpo depois da
aplicação. "Essa vacina não poderia ser aplicada nesta idade. Ela não
tem nenhuma função de proteção para essa idade. Fora isso, não vejo
outro problema porque a vacina é feita com um vírus inativado",
esclarece o médico Carlos Lazar.
No entanto, para evitar problemas os pais devem ficar atentos durante a
aplicação. “Deve ser visto a vacina, a data do lote, verificar a agulha
e a seringa. Isso faz parte da visualização dos pais ou dos
acompanhantes da criança que receberá a vacina”, aconselha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.